Capítulo Sete

A jornada de Selene e Lucian continuou, a noite já reverberação o ambiente e a lua acesa no céu, mostrando que os perigos da noite já estavam à espreita. A medida que avançavam mais, o caminho que Lucian disse saber, ia os enfiando mais para dentro da floresta, Selene desconfiou, já era para ter chegado.

Slene notou que Lucian começava a sugerir desvios desnecessários e pausas frequentes com a desculpa de que seu machucado o estava atrasando. Ela bufou, sua paciência começava a se esvair. Certa hora, Lucian encostou-se em uma árvore, um pouco ofegante e a mulher percebeu que ele estava fazendo um leve drama, quanto à sua dor.

"Por que estamos parando novamente?" Selene perguntou, sua voz carregada de frustração enquanto Lucian fingia recuperar o fôlego.

"Me desculpe, apenas descansando, meu corpo está cansado e esse machucado não ajuda." Ele levou a mão até o local, Lucian não sentia nada, mas franziu o cenho, falsificando uma dor.

"Faça isso logo!" Disse ela, ajeitando sua espada.

Lucian a encarou se virando de costas por um momento, ele sabia que não iria conseguir a atrasar por muito tempo. Selene era teimosa e insistente, quando queria algo, ia até o fim. Mas, apesar disto, ele sabia que o confronto dos caçadores contra os vampiros era uma armadilha criada por seu pai, Klaus. Ele enviou Malakai, seu soldado mais forte, juntamente com outros vampiros mais fortes para matar todos os caçadores que fossem ao seu encontro. Klaus esperava que Selene estivesse no meio deles, todos já sabiam que ela era uma caçadora de vampiros. A raça dos vampiros se sentia traída, mas o que eles não sabiam é que Selene nem tinha ideia do que era.

Lucian começou a avançar entre os galhos e folhas caídas, Selene o alertou desta vez. "Sem paradas desta vez." Ele assentiu, sorrindo.

A floresta parecia mãos escura à medida que Selene e Lucian continuavam caminhando. O silêncio entre eles estava carregado de tensão, cada passo um lembrete de que algo não estava certo. Selene já não confiava em Lucian — não completamente. As tentativas dele de atrasá-los haviam se tornado óbvias, e sua paciência já estava quase explodindo. Observava o caminho que já deveria ter chego ao fim.

"Você sabe que estamos indo na direção errada, não sabe?" Disse Selene, parando abruptamente e virando-se para o encarar.

Lucian, que estava ligeiramente atrás dela, ergueu uma sobrancelha, fingindo inocência. Decidiu ser levemente sincero. "Estou apenas tentando garantir que não nos metamos em problemas desnecessários."

Selene bufou, apertando o punho ao redor do cabo de sua espada. "Desnecessários para quem? Você parece estar fazendo de tudo para nos manter longe do que está acontecendo. Por quê?"

Lucian cruzou os braços, mas não respondeu imediatamente, ele parecia certo no que estava fazendo, o que a irritava ainda mais. "Talvez eu esteja tentando salvar sua vida."

"De quê? Vampiros? Já lido com eles há muito tempo." Selene estreitou os olhos, aproximando-se, a mão ainda no punho da espada. "E desde quando você se importa? Eu nem sei quem você é."

Lucian deu um sorriso enigmático, mas Selene viu algo em seus olhos — uma hesitação. "Talvez você devesse confiar em mim."

Selene soltou uma risada curta e fria, digna de o desprezar. "Confiar em você?" Aproximou-se ainda mais, encarando-o no fundo de seus olhos. "Um homem que aparece do nada, sabe meu nome sem eu dizer e, convenientemente está sempre onde eu estou? Acha mesmo que sou tão tola de acreditar em coincidências?"

Lucian suspirou, passando a mão pelos cabelos loiros, ele sabia que ela não seria fácil de manipular. "Entendo sua desconfiança, mas estou tentando te ajudar. O que está à sua frente não é algo que você queira enfrentar."

"Enfrento vampiros quase todos os dias, por que eu deveria ter medo desta vez?" Ela apertou mais sua mão contra o objeto.

"Porque desta vez está se tratando de uma armadilha de Klaus contra os caçadores e você é o alvo." Lucian deixou-se ser sincero. Encarou a mulher no fundo de seus olhos, soltando o ar.

Selene desembainhou a espada e apontou em sua direção. Lucian, despreocupado, sabia que ela era forte, mas ele era um vampiro velho e muito mais experiente. "Você parece saber demais. E não confio em ninguém que sabe mais do que deveria. Quem ou o quê é você, Lucian? Por que realmente está aqui?"

Lucian encarou a lâmina apontada em direção ao seu peito e deu um passo para trás. "Estou tentando evitar o massacre." Desviou da pergunta.

"Que massacre? O que mais você sabe que eu não sei?" Selene franziu o cenho, o coração acelerado.

A mulher o analisou por completo. Desceu seus olhos pelo pescoço, peito, e ao chegar onde dizia estar o machucado, percebeu o ferimentonque ele havia mostrado antes, parecia ter desaparecido completamente. Selene recuou perplexa. Ela viu algo em sua expressão que a fez hesitar, uma mistura de culpa e determinação. Voltou a encarar seus olhos, Lucian não estava ferido — pelo menos não agora. O rasgo que havia em sua roupa, mostrava que o corte havia desaparecido, não deixando sequer uma cicatriz.

"Seu ferimento..." começou ela, apertando os olhos. "Ele... sumiu?"

Lucian ergueu as mãos em um gesto de rendição. "Escute, Selene..."

Ela o interrompeu. "Você está mentindo?" Gritou ela, a voz cheia de raiva. "Desde o início, você mentiu?"

"Eu precisava de uma maneira de me aproximar de você." Admitiu Lucian, sua voz baixa. "Sim, eu menti sobre o ferimento. Mas minha intenção nunca foi te machucar."

Selene riu, um som amargo. "Você acha que isso ajuda? Por que sua pele se curou tão rápido? Que coisa você é?"

Lucian ficou em silêncio por um momento antes de dar um passo à frente, seu peito encostando na espada extremamente afiada, ele ignorava. "É melhor nem saber."

Selene subiu para o pescoço dele, o objeto encostava ao ponto de apertar a pele do homem. Seu instinto gritava que algo estava terrivelmente errado. "Lucian, eu te juro que se você não me contar a verdade agoga, vou acabar com você aqui mesmo."

"Já disse que preciso que confie em mim, Selene. Tudo irá ser esclarecido com o tempo." Disse ele, a voz mais suave, mas ainda cheia de autoridade.

"Confiança não é algo que você merece." Respondeu avançando coma espada.

Lucian desviou facilmente, agarrandono pulso dela com uma força que a surpreendeu, mas a mulher não desistiu. Com a outra mão, desferiu um soco em seu rosto, seguido de um chute que o fez a soltar. Ela continuou, entrando em uma luta corporal da qual Lucian apenas desviava e tentava a segurar. O homem não queria machucar Selene, ela era forte, mas ele era o vampiro mais velho da terra, depois de seu pai, Klaus. Em um outro golpe que tentou desferir contra lucian, ele a imobilizou contra uma árvore, a força dele era extremamente incomum. Seus corpos e rostos muito próximos, causando maior tensão.

"Você é forte," Ele disse, ofegante. "Mas eu sou mais."

Selene lutou contra o aperto dele, mas era como tentar se livrar de aço. "Você é um deles, não é?" Ela cuspiu tais palavras, os olhos queimando de fúria. "Você é um vampiro." Disse com desprezo.

Lucian hesitou novamente, sua expressão indecifrável. "Se eu fosse, você já estaria morta. Pense nisso." Mentiu.

Ele a soltou, recuando lentamente enquanto Selene o observava, tentando juntar as peças. Sua força, suas habilidades, a forma como se curou tão rapidamente e a maneira como ele parecia sempre estar um passo à frente. Ela sabia que havia algo mais, mas não podia provar. Os olhos dele não eram como os de um vampiro, a pele também não era extremamente gélida como a de um morto. Então, o que ele era?

"Eu vou descobrir." Disse depois de alguns segundos em silêncio, sua voz firme. "E quando descobrir, você vai pagar por cada mentira."

Lucian apenas a observou, sua expressão voltando ao enigmático. "Quando esse dia chegar, descobrirá mais do que o que eu sou. Descobrirá o que você é."

"E o que eu sou, Lucian?" Ela perguntou, cansada de ouvir enigmas.

Ele se virou, ignorando completamente sua pergunta. Com isso, Luciqn começou a caminhar novamente, desta vez, na direção certa. Selene ficou para trás alguns segundos, tentando raciocinar, mas logo ela o estava seguindo, ambos em silêncio.

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Ana Regina Fernandes Raposo

Ana Regina Fernandes Raposo

ELA TEM UMA PEQUENA CHANCE COM O LUCIAN. ESPERO

2025-01-02

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