CAPÍTULO XVI

Nick acorda abraçado a Max. Olhando o rosto do parceiro adormecido, ainda não acredita no que aconteceu na noite anterior. “Será que ele estava bêbado e vai se arrepender hoje?” Com esse pensamento, retira devagar o braço de Max que estava sobre ele. Tentando se levantar sem acordar o amigo, se vira e é puxado para a cama novamente. Max o abraça pela cintura, fazendo-o deitar-se novamente a seu lado. Nick ri e acaricia o braço do parceiro.

Max – Onde você estava indo?

Nick – Bom dia! Eu ia ao banheiro.

Max – É muito urgente? Nick ri, negando com a cabeça. – Então fica aqui comigo mais um pouco. Max beija a nuca de Nick e o puxa mais para si.

Nick – Eu já volto! Ele se desvencilha do abraço apertado e vai ao banheiro. “Ele não estava bêbado! Mas e agora?” Nick se olha no espelho e ajeita o cabelo. Aproveita para escovar os dentes. Voltando ao quarto, encontra Max ainda deitado, parecendo dormir. Se deita ao seu lado, de frente para ele. Passa a observar o rosto daquele homem que há muito desejava. Com o indicador, passa a acompanhar os traços de seu rosto, passando por sua sobrancelha, nariz, lábios. Max o abraça, ainda de olhos fechados.

Max – Gosta do que vê?

Nick – Sim. “Sempre gostei.” Max sorri e o beija. Ele começa com um beijo suave, carinhoso. Mas aprofunda, passando para o desejo. Ele sobe em Nick, prendendo seus braços acima da cabeça.

Max – Também gosto do que vejo! Ele volta a beijar Nick, descendo pelo seu queixo, seu pescoço, seu peito. Max começa a “devorar” Nick com a boca e as mãos, deixando um rastro de calor e prazer na pele de Nick. Esse gemia a cada investida, rendido a “fome” que o consumia há dois anos. Max continua acariciando Nick, ainda o prendendo. Eles são interrompidos por batidas na porta.

Maya – Eii, acordem! Temos que nos preparar para o ensaio! Chega de dormir!

Max olha irritado para a porta. – Tá bem, não precisa derrubar a porta. Já vamos!

Maya – Dou cinco minutos, senão volto e tiro vocês daí.

Nick começa a rir e Max continua irritado. – Não acredito que ela teve o pior “time” para aparecer aqui.

Nick – O que vamos fazer?

Max o beija. – Eu quero continuar, mas ela vai voltar. Vamos lá! Mais tarde continuamos.

Max beija mais uma vez Nick e sai de cima dele. Nick está frustrado. Por ele, não sairia daquele quarto a semana toda. Eles se arrumam e encontram os amigos no quintal, tomando café na beira da piscina. A área está uma bagunça, com as latas e garrafas da noite anterior. Eles tomam o café e se dividem na tarefa para arrumar a casa antes do ensaio. Um tempo depois, estão na edícula ensaiando. Os dois tentam disfarçar, mas falham desastrosamente. Max tocava Nick em toda oportunidade que tinha e Nick sempre achava uma forma de se aproximar de Max, o que não passou despercebido para os demais.

Maya – Até que enfim fizeram as pazes! Já tinha passado da hora.

Andie olhando para Maya – Seu plano deu certo!

Dex – Você é um gênio do mal. Maya gargalha e todos riem.

Max passa o braço pela cintura de Nick, o puxando para mais perto. - Já estava na hora. Não conseguia mais ficar longe do meu amigo. Nick cora e sorri. Todos riem. Eles continuam com o ensaio até o início da tarde.

Maya – Vamos parar um pouco. Vamos comer alguma coisa e “pegar” uma praia. Todos concordam e seguem para preparar o almoço. A cozinha vira uma bagunça com os cinco. Nick expulsa Maya, Max e Dex que estavam atrapalhando e fica com Andie finalizando o almoço. Max e Maya preparam algumas bebidas e arrumam o cooler para levar para a praia mais tarde. Dex ajeita a mesa do lado de fora. O almoço segue com eles falando sobre as músicas escolhidas para entrar na gravação.

Max – Nick tem uma melodia que compôs faz um tempo, mas precisa de uma letra. É mais balada, acho que podemos incluir, se conseguirmos letrar.

Maya – Podemos tentar, mostra pra gente depois. Além dessa, precisamos de mais duas, pelo menos. Vamos gravar daqui a quatro dias. Será que conseguimos criar mais alguma coisa?

Max – Acho que sim, mas se não der, podemos incluir dois covers.

Andie – pode até ser... Não ficaria ruim...

Eles seguem almoçando e conversando. Após organizarem a cozinha, vão para a praia. Os meninos carregam o cooler e as garotas estão com as toalhas e o violão que decidiram levar. Escolheram um lugar mais deserto, onde não se via ninguém praticamente e arrumaram as coisas. Maya pegou o violão e começou a tocar, enquanto Dex e Andie entraram na água. Nick estava de pé, observando o local e Max o observava.

Max – Quer sair pra “explorar”? Nick olha para o parceiro e assente sorrindo. – Tudo bem pra você? Max diz, olhando para Maya.

Maya – Vão lá! Não tô muito a fim de me mexer agora.

Rindo, Max e Nick se despendem. Eles seguem pela areia, até chegarem a uma “muralha” de pedras, que escalam e passam a percorrê-las saindo do outro lado, para uma pequena praia deserta. Max olha a volta e não vê sinal de que possam ser interrompidos. Aproveitando, puxa Nick e o beija. Nick corresponde, abraçando o amigo. Max passa a acariciar as costas de Nick, descendo para sua bunda e apertando-a. Nick recua, alarmado.

Nick – Alguém pode nos ver!

Max – Não tem ninguém aqui. Voltando a abraçar e beijar Nick. – E se verem, não me importo. Max conduz Nick até uma pedra mais distante, que não tem visão direta de nenhuma das praias e se senta ali, puxando Nick para si. Ainda o beijando, tira sua camiseta, passando a acariciar e beijar seu corpo. Descendo de seu pescoço para seu peito, seu abdômen. Nick acompanha as carícias, beijando o corpo de Max. Ele desce do colo do parceiro, ainda beijando seu abdômen, segurando o cós do shorts. Dando uma última olhada ao redor, Nick tira o shorts de Max e passa a chupá-lo. Max geme alto quando Nick acelera e o para, puxando-o para si.

Max beija Nick – Assim eu vou gozar! Max volta a acariciar o parceiro, mas sem pressa, prolongando o prazer em cada beijo, cada mordiscada, cada apertada. Nick não aguenta e “monta” Max de uma vez, que geme. Nick passa a controlar o ritmo, primeiro indo devagar, enquanto beijava Max e, aos poucos, foi acelerando, conforme seu próprio desejo se intensificava. Apoiado no peito de Max, Nick passa a “cavalgá-lo”, com Max tentando se controlar. Nick acelera um pouco mais e Max passa a acariciar seu pau, fazendo Nick gemer alto. Nick goza e Max mantém o ritmo, gozando pouco tempo depois.  Nick se deita sobre Max, que o abraça, ficando assim por um tempo.

Depois de um tempo se refazendo, os dois retornam para o grupo de amigos, que estão sentados na areia, bebendo e conversando. Dex está com o violão e um papel e caneta, anotando uma composição que criou com Maya.

Maya – Nossa! Pensei que tivessem se perdido. Quase mandei um grupo de busca e resgate.

Max – Como você é exagerada. Maya ri e os demais a acompanham.

Nick – Estávamos andando por aí. Fomos até a outra praia, depois dessas pedras.

Maya – A “Praia dos Enamorados”. Diz isso maliciosamente.

Nick – Hãmm?!

Maya – Essa praia tem esse nome porque os casais costumam ir pra lá para transarem. Maya pisca para Nick, que ruboriza na hora. – O bom é que ela é deserta e seu acesso é restrito. Ou você chega nela pelas pedras, como vocês fizeram, ou tem que passar por uma propriedade que fica o ano todo fechada.

Max sorri e Nick ruboriza mais uma vez. Eles se sentam com os amigos e aceitam a bebida oferecida por Andie. Dex passa o violão para Max e mostra o que compôs até ali.

Dex – Dá uma olhada, o que você acha? Max toca os acordes escritos e já imagina o arranjo com a bateria e o baixo.

Max – Muito bom. E a letra?

Andie – Já pensei em algo. Andie entrega algumas estrofes para Nick, que as lê e as interpreta, conforme Max toca. Todos ficam em silêncio, ouvindo-o cantar. Nick pede para Max tocar mais uma vez, repetindo o refrão. Ao fim, todos estão gritando e Andie o abraça. – Ficou melhor do que eu imaginava!

Max – Ficou muito bom mesmo. Vocês arrasaram.

Maya – Mas a interpretação de Nick deixou ainda melhor. Nick cora e sorri para a amiga.

Dex – Podemos ensaiá-la mais tarde, o que acham?

Maya – Pode ser! Agora só falta letrar a balada e tentar compor mais uma.

Max – Eu já estou rascunhando algo. Quando estiver pronto, eu mostro. Nick olha para ele, com um ar de interrogação. – Quando estiver pronta te mostro. Max faz uma careta e Nick emburra, enquanto os demais riem da cena a frente.

Max entrega o violão para Maya e vai em sentido ao mar, mergulhando para atravessar uma onda. Nick observa aquela cena, o desejo voltando. Em um impulso, se levanta e entra no mar também, alcançando o amigo. Max o agarra, puxando-o para baixo e o beija sob a água. Nick se assusta, se engasgando ao emergir. Max o segura, ajudando-o a se recompor.

Max – Você está bem?

Nick – Você está louco? Eles podem nos ver.

Max – Por que você está tão preocupado com isso? Se verem, viram... Não tem nada demais.

Nick – É que...

Andie – Você está bem? Parecia que se afogou.

Nick – Estou bem, só me engasguei. Dex e Maya também se aproximam. Maya joga água em Max, que revida e eles começam a brincar. A noite começa a cair e eles resolvem fazer uma fogueira para ver o pôr do sol. Max e Dex voltam a casa para abastecer o cooler e trazem alguns salgadinhos para comerem. Maya acende o fogo com os gravetos que eles conseguiram recolher secos. Eles passam a noite em volta da fogueira, bebendo e conversando.

Os demais dias transcorrem parecidos. Quando não estavam ensaiando, estavam na praia, se divertindo. Todos os momentos em que Max e Nick ficavam a sós, eles aproveitavam. Nick não conseguia se afastar de Max, parecia que havia um imã que o puxava para perto dele. Max aparentava o mesmo, sempre que podia, estava abraçando Nick ou puxando-o para seu colo. Chegou o dia da gravação. Ainda não tinham todas as músicas, mas decidiram gravar as que tinham. Max estava finalizando sua letra para a música de Nick, mas ainda não mostrou para a banda. No final do primeiro dia de gravação, que mais parecia um ensaio, Maya e Max ficaram contentes com o resultado. Agora todos haviam guardado os instrumentos na edícula. Max e Maya ficaram conversando sobre a programação do dia seguinte. Eles tinham mais um dia para ensaiar e no outro gravariam. Maya conseguiu trocar a data, para que eles pudessem terminar as músicas. Nick estava esperando Max perto da piscina, mas os dois estavam demorando. Decidiu ir à edícula, ver o que estavam fazendo. Chegando perto, ele consegue ouvir a conversa e paralisa ao ouvir seu nome.

Maya – Então, o que tá rolando entre você e o Nick? Os amigos ficam um tempo em silêncio, sem que Max responda. – Você está sério com ele? Nick se aproxima da porta para dar uma olhada. Max está de costa, então não consegue ver seu rosto.

Max – Não é o que você está pensando. Então Max fica em silêncio. Maya o encara, ainda o questionando. – Não estamos sérios. É que...

Nick se afasta da porta. “Ele não quer nada comigo. Só estava se divertindo.” Nick sai dali, indo em direção a casa. Ele entra no quarto e começa a chorar. Não acredita que se iludiu a ponto de achar que Max queria ficar com ele. Não conseguindo controlar seus sentimentos, ele pega uma toalha e vai para o banho, para que ninguém o veja daquela forma. Após um longo tempo no chuveiro, onde chorou até se acalmar, Nick volta para o quarto, mas Max ainda não voltou. Ele resolve arrumar suas coisas. Quer sair dali, ir embora. Mas a essa hora não conseguirá transporte. Deixa suas coisas arrumadas, só o violão que está na edícula.  Então escreve um bilhete para deixar pra Max, pretende sair antes que todos acordem. Ele ouve Max e Maya conversando no corredor e se deita, fingindo que está dormindo.  Max entra no quarto e o checa. Pega uma toalha e sai. Nick chora mais uma vez, se sentindo um idiota por acreditar que poderia ter algo com o amigo. Max volta um tempo depois e se deita ao seu lado, o abraçando e beijando seu pescoço. Nick não se mexe, fingindo que está dormindo e Max adormece assim, abraçado a Nick. Algumas horas se passam, Nick não conseguiu pregar os olhos.  Ele se levanta, sem fazer barulho, pega as suas coisas e deixa o bilhete para Max. Sai do quarto e segue em direção a edícula, pegando seu violão. Nick consegue um táxi até a rodoviária, onde pega um ônibus para casa.

Ele chega em casa e desaba. Ainda não sabe o que fará, mas não quer ver Max ou o pessoal. Está confuso e magoado, o sentimento por Max é insuportável. Seu telefone toca e ele vê o número do amigo na tela. Não atende, não conseguirá falar com ele agora. Avisa sua mãe que, se Max ou alguém da banda o procurar, é para dizer que ele não está, que precisou ir para a casa de um parente. Ele volta para seu quarto e se tranca. No fim da tarde ele ouve a voz de Max. O amigo estava em sua casa, conversando com sua mãe. Ele ouve sua mãe dizer que ele foi para a casa de um tio. Max se despede e sai. Em seguida, seu telefone toca. Nick simplesmente deixa tocar até cessar. Alguns dias depois, ainda sem ter falado com Max ou os amigos, Nick resolve se mudar. Recebeu os resultados dos vestibulares e decidiu fazer a faculdade em outro estado. Sem se despedir, vai embora, para recomeçar.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***