A noite foi longa, mas Arthur não pregou os olhos. Ele ficou sentado em seu quarto, analisando todas as possibilidades, todas as peças do tabuleiro. Se os pais dos alfas derrotados estavam por trás disso, significava que a guerra que ele começara na escola havia se expandido para um nível muito maior.
Mas isso só tornava tudo mais interessante.
O celular vibrou sobre a mesa. Uma mensagem de Miguel apareceu na tela.
"Consegui os nomes. Três grandes empresários estão envolvidos. Precisamos conversar pessoalmente."
Arthur sorriu de canto.
"Nos encontramos amanhã depois da aula."
Era isso. A confirmação que ele precisava. Agora, só restava decidir qual seria o próximo movimento.
Manhã Tensa
Ao chegar à escola no dia seguinte, Arthur percebeu que os olhares sobre ele estavam diferentes. Não era mais apenas medo ou respeito. Havia algo mais ali.
Expectativa.
Ele caminhou pelos corredores com passos firmes, ignorando os cochichos ao redor. Clara e Rafael apareceram ao seu lado, ambos sérios.
— Algo mudou — Clara murmurou.
— Sim — Arthur respondeu, sem desviar o olhar. — Eles sabem de algo.
Rafael assentiu.
— Acha que os pais desses alfas já começaram a agir?
— É provável — Arthur disse. — Mas quero ver como.
Quando chegaram à sala, a resposta veio mais rápido do que esperavam.
O professor de matemática, um homem alto e de expressão rígida, estava esperando por Arthur na porta.
— Arthur, a diretora quer falar com você. Agora.
Clara e Rafael trocaram olhares preocupados, mas Arthur apenas sorriu.
— De novo? Estou me sentindo especial.
O professor não respondeu, apenas esperou que ele o acompanhasse.
Arthur seguiu pelo corredor, sentindo que algo estava diferente dessa vez.
Ao entrar na sala da diretora, encontrou não apenas a mulher que já conhecia, mas também três figuras novas.
Três homens bem-vestidos, com expressões de desprezo e superioridade.
Arthur reconheceu os rostos imediatamente.
Os pais dos alfas que ele destruiu.
O Confronto
A diretora pigarreou e indicou uma cadeira.
— Sente-se, Arthur.
Ele obedeceu sem hesitar, cruzando as pernas e observando os três homens à sua frente.
— Me chamaram para uma reunião? Que honra.
Um dos empresários, um homem de terno azul e cabelos grisalhos, estreitou os olhos.
— Você pensa que pode fazer o que quiser sem consequências?
Arthur arqueou a sobrancelha.
— Interessante. Achei que o objetivo do ensino médio era ensinar responsabilidade e independência. Mas parece que alguns pais acham que precisam segurar a mão dos filhos até mesmo nas brigas deles.
O segundo empresário, um homem de expressão severa, bateu a mão na mesa.
— Você humilhou nossos filhos, Arthur.
— Eles se humilharam sozinhos ao acharem que podiam me desafiar — Arthur retrucou.
A diretora suspirou.
— Arthur, essas são pessoas influentes. Eu aconselho que você peça desculpas e encerre isso agora.
Arthur riu.
— Pedir desculpas? Por quê? Porque os filhos deles foram fracos demais para me enfrentar?
Os empresários se entreolharam, claramente irritados.
O terceiro homem, que ainda não havia falado, sorriu de forma fria.
— Você é esperto. Mas também é só um adolescente. Não pense que pode vencer um jogo jogado por adultos.
Arthur inclinou a cabeça, fingindo interesse.
— Ah, mas vocês estão errados. Eu não só posso jogar… como já estou vencendo.
O silêncio caiu sobre a sala.
Arthur se levantou lentamente, colocando as mãos nos bolsos.
— Vocês acham que podem me pressionar? Me assustar? — Ele sorriu. — Já passei por coisas muito piores do que reuniões com pais mimados que não sabem criar filhos fortes.
O empresário de terno azul apertou os punhos.
— Você não tem ideia de quem somos.
Arthur se inclinou levemente para frente.
— E vocês não têm ideia de quem eu sou.
O terceiro homem finalmente pareceu perder a paciência.
— Isso ainda não acabou.
Arthur riu de leve.
— Claro que não. Isso é só o começo.
E, sem esperar mais nada, ele se virou e saiu da sala.
Agora, a guerra estava declarada.
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Atualizado até capítulo 74
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