Na manhã seguinte, a escola estava diferente. O nome de Arthur ecoava pelos corredores como um sussurro proibido. Alunos cochichavam entre si, os alfas evitavam encontrá-lo diretamente, e até os professores pareciam notar a mudança na atmosfera. Arthur não precisava perguntar; ele sabia que sua demonstração de poder na noite anterior havia se espalhado.
Ele caminhou pelos corredores com passos calculados, os olhos analisando tudo ao redor. A escola ainda estava dividida: os alfas no topo, os betas flutuando entre neutralidade e submissão, e os ômegas no fundo, tentando não chamar atenção. Mas isso mudaria. Ele faria questão disso.
Clara o encontrou no final do corredor, encostada na parede com os braços cruzados. Ela não precisou falar nada para que Arthur entendesse que estava impressionada.
— A notícia se espalhou rápido — ela comentou, caminhando ao lado dele. — Você realmente acha que eles vão se dobrar tão fácil?
Arthur sorriu de lado.
— Eles não têm escolha. O medo é uma ferramenta poderosa. Mas ainda precisamos de mais.
— O que vem agora? — Clara perguntou, interessada.
— Organização — Arthur respondeu. — Poder sem estrutura não vale nada. Vamos transformar isso em algo maior.
A Reunião dos Rebeldes
Arthur passou o dia identificando quem poderia ser útil. Precisava de membros que não apenas seguissem ordens, mas que entendessem a importância do que ele estava criando.
Após o fim das aulas, ele e Clara foram até um dos galpões abandonados atrás da escola. Era um lugar esquecido, sem câmeras ou supervisão. Um local perfeito para encontros discretos.
Os primeiros a chegar foram dois ômegas e um beta. Gabriel, um ômega de olhar afiado, era conhecido por sua astúcia. Rafael, um beta alto e musculoso, tinha conexões com alunos influentes. E por último, Juliana, uma ômega que ninguém notava, mas que escutava tudo.
Eles entraram no galpão hesitantes, mas Arthur os recebeu com um olhar firme.
— Se vocês estão aqui, significa que sabem que este sistema não nos serve mais. A escola nos divide entre classes, entre dominantes e submissos, mas quem realmente manda? São aqueles que sabem jogar o jogo — Arthur começou, sua voz ecoando pelo espaço.
Os três se entreolharam, mas foi Gabriel quem falou primeiro.
— O que exatamente você está propondo?
Arthur cruzou os braços.
— Uma nova ordem. Uma estrutura onde ninguém aqui precise temer os alfas ou depender da boa vontade deles. Se ficarmos juntos, ninguém poderá nos tocar.
Rafael soltou um riso cético.
— Isso parece um sonho impossível.
Arthur se aproximou, sua presença pesada.
— E quem você acha que torna as coisas possíveis? Os que aceitam a realidade ou os que a moldam?
O silêncio caiu sobre o grupo. Clara observava de perto, percebendo como Arthur dominava a conversa sem esforço.
Juliana, que estivera calada até então, finalmente falou.
— Se formos criar algo assim, precisamos de um nome.
Arthur sorriu.
— A partir de hoje, somos a Nova Ordem.
A Primeira Missão
Uma coisa era falar, outra era provar. Arthur sabia que precisava de uma ação concreta para mostrar que a Nova Ordem era real.
— Nosso primeiro alvo é Leonardo — disse Arthur.
Leonardo era um alfa arrogante, sempre se aproveitando dos ômegas e betas mais fracos. Ele era influente, mas também descuidado.
— Ele gosta de jogar pôquer com apostas altas na sala dos fundos da biblioteca — Clara acrescentou.
Arthur sorriu.
— Então vamos fazer ele entender que a era dele acabou.
Naquela noite, eles puseram o plano em ação. Rafael e Gabriel foram à mesa de pôquer, enquanto Arthur e Clara observavam à distância. Leonardo ria alto, cercado por seus amigos.
— Apostem alto ou nem joguem! — ele debochava, jogando as cartas sobre a mesa.
Rafael jogou uma grande quantia. Gabriel fez o mesmo. A tensão aumentava conforme as apostas cresciam. Quando a última rodada veio, Leonardo sorriu confiante e revelou sua mão.
— Straight Flush. Acabou pra vocês.
Mas Gabriel apenas sorriu e jogou suas cartas.
— Royal Flush. Você perdeu.
A mesa ficou em silêncio. Leonardo olhou para as cartas, incrédulo.
— Isso é impossível…
Arthur se aproximou da mesa, colocando as mãos nos ombros de Leonardo.
— Nada é impossível, Leo. E agora, você nos deve.
Leonardo tentou protestar, mas Rafael e Gabriel já estavam de pé, bloqueando sua saída.
— Eu… eu pago depois… — Leonardo murmurou, tentando manter a compostura.
Arthur sorriu de forma calculada.
— Você paga agora, com sua lealdade. Ou nunca mais joga aqui.
Leonardo engoliu seco. Ele conhecia bem as regras da escola, e agora entendia que uma nova força estava surgindo.
— Tudo bem… o que querem?
Arthur deu um passo para trás, satisfeito.
— Apenas obedeça.
O Começo do Império
Quando Arthur e os outros saíram da biblioteca naquela noite, ele sabia que algo tinha mudado. Eles haviam conquistado sua primeira vitória, e a Nova Ordem começava a ganhar força.
A escola ainda pertencia aos alfas. Mas não por muito tempo.
Arthur estava apenas começando.
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Atualizado até capítulo 74
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