A vitória sobre Diego consolidou ainda mais a posição de Arthur. Agora, não havia mais dúvidas sobre quem estava no controle da escola. Os corredores estavam mais silenciosos quando ele passava, e até mesmo os professores pareciam hesitar antes de chamá-lo para qualquer coisa.
Mas Arthur sabia que a verdadeira guerra ainda não havia começado. Derrotar alfas impulsivos e brutamontes era fácil. O verdadeiro perigo vinha daqueles que não mostravam suas intenções.
E ele sentia que algo estava se movendo nas sombras.
Uma Mensagem Misteriosa
No fim da tarde, Arthur estava no galpão, discutindo as próximas estratégias com Clara, Rafael e os outros. Leonardo e Henrique estavam ocupados organizando o controle das apostas clandestinas dentro da escola, enquanto Juliana cuidava da coleta de informações sobre possíveis ameaças.
No meio da conversa, Gabriel entrou apressado.
— Arthur, você precisa ver isso.
Ele entregou um pequeno envelope preto. Não tinha remetente, nem nenhuma pista de quem o havia deixado. Apenas seu nome escrito à mão em uma caligrafia elegante.
Arthur abriu o envelope e encontrou uma única frase escrita em um pedaço de papel branco:
"Você acha que já venceu? O verdadeiro jogo está apenas começando."
Clara franziu a testa ao ler a mensagem.
— Isso é uma ameaça?
Arthur girou o papel entre os dedos, pensativo.
— Não… é um aviso.
Rafael bufou.
— Alguém está tentando te assustar. Não passam de covardes.
Arthur sorriu de canto.
— Talvez. Ou talvez seja alguém que sabe jogar o jogo melhor do que nós.
O silêncio caiu sobre o grupo. Pela primeira vez, eles perceberam que talvez não fossem os únicos estrategistas nessa guerra.
O Primeiro Ataque Real
Na manhã seguinte, a escola estava diferente. Havia um clima estranho no ar, como se todos estivessem esperando algo acontecer.
E aconteceu.
Quando Arthur chegou ao seu armário, encontrou-o arrombado. Dentro, havia um único objeto: uma foto.
Era uma imagem dele, tirada de longe, enquanto saía do galpão abandonado na noite anterior.
Clara, que estava ao seu lado, pegou a foto e examinou.
— Alguém está nos observando.
Arthur analisou a imagem. A qualidade não era excelente, mas o suficiente para deixar claro que estavam sendo vigiados.
— Isso não foi só para me assustar — ele disse. — Isso é um desafio.
Ele guardou a foto no bolso e olhou ao redor. Seus olhos analisavam os alunos, tentando encontrar qualquer pista de quem poderia estar por trás disso.
Era alguém esperto. Alguém que sabia exatamente como agir sem ser notado.
E Arthur adorava um bom jogo.
Rastreamento nas Sombras
Durante o intervalo, ele se reuniu com Juliana e Henrique.
— Quero saber quem está por trás disso — ele ordenou. — Ninguém faz algo assim sem deixar rastros.
Juliana sorriu.
— Já estou no caso. Dei uma olhada nas câmeras da escola. Há alguém que sempre está por perto, mas nunca parece fazer nada.
Ela mostrou no celular uma sequência de imagens de um aluno que Arthur nunca prestou muita atenção antes.
Um beta.
Magro, óculos discretos, roupas comuns. O tipo de pessoa que se mistura com a multidão e nunca chama atenção.
— O nome dele é Miguel — Henrique disse. — É um dos alunos mais inteligentes da escola. Sempre fica quieto, nunca se envolve em nada.
Arthur riu.
— E exatamente por isso ele é perigoso.
Miguel poderia não ter força física, mas tinha inteligência. E se estava desafiando Arthur, significava que acreditava ter algo que pudesse virar o jogo.
O Encontro com Miguel
Arthur não perdeu tempo.
Durante a saída da escola, ele e Clara interceptaram Miguel no corredor. O beta parou ao vê-los, mas não demonstrou surpresa.
— Arthur — ele cumprimentou calmamente.
— Miguel — Arthur respondeu no mesmo tom. — Acho que precisamos conversar.
Miguel ajeitou os óculos e deu um pequeno sorriso.
— Eu também acho.
Arthur percebeu naquele momento: Miguel não tinha medo dele.
Isso tornava as coisas muito mais interessantes.
O Verdadeiro Jogo Começa
Arthur levou Miguel até um canto mais reservado da escola. Clara ficou de guarda, garantindo que ninguém interferisse.
— Você me mandou uma mensagem — Arthur foi direto. — E deixou uma foto no meu armário.
Miguel cruzou os braços.
— Você dominou a escola muito rápido, Arthur. Isso me deixou curioso.
Arthur estreitou os olhos.
— Curioso?
— Sim. Você é diferente de qualquer ômega que eu já vi. Mas, mesmo sendo esperto, cometeu um erro.
Arthur arqueou a sobrancelha.
— E qual seria?
Miguel sorriu.
— Você acha que controlar os alfas te dá poder. Mas poder de verdade não vem da força. Vem da informação.
Arthur analisou cada palavra.
— E você tem essa informação?
Miguel assentiu.
— E estou disposto a negociar.
Arthur sorriu lentamente.
Ele adorava um bom jogo.
E agora, a verdadeira partida havia começado.
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Atualizado até capítulo 74
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