O silêncio que pairava sobre a escola era quase ensurdecedor. Arthur caminhava pelos corredores como um fantasma, mas todos sabiam que ele estava ali. Seu nome não era mais dito em tons de deboche ou desprezo. Agora, era falado com respeito… e medo.
A Nova Ordem havia vencido, mas a guerra ainda não havia terminado. Arthur sabia que manter o poder era tão importante quanto conquistá-lo. Se deixasse um único erro acontecer, tudo poderia desmoronar.
Ele precisava estabelecer regras.
A Primeira Reunião Oficial
No final da tarde, Arthur reuniu seus aliados no galpão abandonado. Dessa vez, além do núcleo principal—Clara, Rafael, Gabriel, Juliana, Leonardo e Henrique—outros alunos começaram a aparecer. Ômegas que antes se escondiam, betas que nunca tiveram voz e até alguns alfas que entenderam que resistir seria inútil.
Arthur olhou para todos com um olhar frio e calculista. Cada pessoa naquele galpão agora fazia parte da Nova Ordem, quer tivessem medo ou respeito por ele.
— A partir de hoje, a escola segue novas regras — começou, sua voz ecoando no espaço silencioso. — Não importa se você é alfa, beta ou ômega. Aqui, todos têm um papel. Mas lembrem-se, não há espaço para fraqueza.
Os olhares atentos mostravam que estavam absorvendo cada palavra.
— Primeira regra: ninguém toca nos nossos. Se alguém mexer com um membro da Nova Ordem, estará declarando guerra contra todos nós.
Leonardo sorriu satisfeito. Ele sabia que essa regra era necessária. Muitos alfas ainda achavam que poderiam continuar oprimindo os ômegas sem consequências. Agora, isso mudaria.
— Segunda regra: respeito não é exigido, é conquistado. Quem for fraco e se esconder atrás dos outros não terá nosso apoio. Quem for forte e mostrar lealdade terá proteção.
Rafael assentiu. Ele entendia o peso dessas palavras. Arthur não queria seguidores cegos, queria aliados que entendessem a importância da força e da disciplina.
— Terceira e última regra: se quiserem fazer parte disso, precisam estar prontos para sujar as mãos. Não há espaço para covardes.
Um silêncio pesado caiu sobre o galpão. Essa era a maior diferença entre a Nova Ordem e qualquer outra estrutura de poder que já existiu na escola. Não havia espaço para quem quisesse apenas receber proteção sem dar nada em troca.
— Alguma objeção? — Arthur perguntou, seus olhos percorrendo cada rosto ali.
Ninguém se atreveu a falar.
Um Desafio no Horizonte
A reunião terminou, e a Nova Ordem estava oficialmente estabelecida. Mas Arthur sabia que a paz não duraria muito. O verdadeiro teste viria quando alguém desafiasse sua autoridade.
E ele não precisou esperar muito.
Na manhã seguinte, um grupo de alfas veteranos apareceu na escola. Eles não eram alunos comuns. Eram repetentes, conhecidos por sua brutalidade e falta de respeito por qualquer autoridade.
O líder deles, um alfa chamado Diego, era alto e musculoso, com cicatrizes nos punhos de tantas brigas que já havia vencido. Ele nunca se preocupou com regras ou hierarquias. Para ele, a única coisa que importava era a força bruta.
E agora, Diego queria testar Arthur.
Durante o intervalo, ele e seus capangas cercaram Arthur perto dos armários. Os corredores ficaram em silêncio. Todos sabiam que um confronto estava prestes a acontecer.
— Então, você é o ômega que acha que manda aqui? — Diego debochou, cruzando os braços.
Arthur não recuou. Ele simplesmente olhou para Diego com indiferença.
— E você é o idiota que acha que pode me desafiar?
Os alfas ao redor riram, mas Diego não achou graça.
— Você pode ter feito alguns alfas abaixarem a cabeça, mas eu não sou como eles. Eu sou um verdadeiro alfa.
Arthur suspirou, como se estivesse entediado.
— Verdadeiro alfa? Então me prove.
A provocação foi direta, e Diego não perdeu tempo. Ele avançou com um soco direto ao rosto de Arthur. Mas antes que o golpe o atingisse, Arthur se moveu.
Rápido como uma sombra, ele desviou para o lado e segurou o pulso de Diego com força surpreendente. Antes que o alfa pudesse reagir, Arthur torceu seu braço e o derrubou no chão com um movimento seco.
O impacto ecoou pelos corredores. Diego grunhiu de dor, surpreso por ter sido derrubado tão facilmente.
Arthur se ajoelhou ao lado dele, segurando seu pulso com firmeza.
— Você achou que força bruta seria suficiente? — ele sussurrou. — Eu já morri uma vez. Você acha que me assustaria?
Diego tentou se soltar, mas Arthur pressionou ainda mais, forçando-o a gemer de dor.
— Lembre-se disso da próxima vez que pensar em me desafiar — Arthur disse, soltando Diego e se levantando.
O alfa ficou ali, caído no chão, humilhado diante de toda a escola.
E naquele momento, qualquer dúvida sobre quem governava ali foi destruída.
A Nova Ordem não era apenas um grupo. Era um império.
E Arthur era seu rei absoluto.
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Atualizado até capítulo 74
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