capítulo 15

Julia desceu as escadas com o coração acelerado, ainda sentindo o calor do banho que tentara acalmar seus pensamentos. Ao chegar à sala, viu Diogo de costas, com um copo de uísque em mãos, olhando para a vista panorâmica da cidade. A iluminação suave desenhava o contorno perfeito dos músculos dele, esculpidos e bem definidos, as costas largas e os ombros fortes, revelando-se sob a pele nua. Diogo vestia apenas um moletom escuro, o que destacava ainda mais a intensidade de sua presença, tão provocante quanto elegante.

Julia prendeu a respiração, sentindo o corpo reagir involuntariamente à visão dele. Diogo era um homem deslumbrante, de um charme meio sacana e sedutor, que contrastava com sua elegância natural.

Ele era do tipo que exalava masculinidade e confiança, o tipo de homem que intimidava e atraía ao mesmo tempo. E Julia, mesmo sentindo um frio na espinha, reuniu coragem para se aproximar dele, com o olhar desafiador.

— Então… senhor Ferraro — começou ela, tentando soar segura, mas sua voz tremeu levemente.

— Se não quis transar comigo porque sou virgem e acha que eu poderia me apaixonar por você, está muito enganado.

Diogo se virou lentamente, com um sorriso que era ao mesmo tempo perigoso e convidativo. Ele arqueou uma sobrancelha, intrigado com a coragem dela. Seus olhos castanhos a fitavam com uma intensidade que fazia Julia se sentir exposta.

— Senhor Ferraro? — Ele riu baixinho, com a voz rouca e envolvente.

— Depois de tudo o que aconteceu entre nós, acho que já passamos da fase das formalidades. Pode me chamar de Diogo.

Julia respirou fundo, tentando manter o controle. Queria parecer firme, mas o olhar dele a desarmava.

— Não vejo motivo para tanta intimidade — rebateu, a voz mais dura do que pretendia. — O que tivemos foi apenas parte de um acordo. Eu prefiro manter uma certa distância… senhor Ferraro.

Diogo deu um passo em direção a ela, os olhos percorrendo seu rosto, parando em seus lábios. Ele estava tão perto que Julia sentia o cheiro amadeirado de seu perfume, tão forte e envolvente que a fazia perder o fôlego.

— Parte de um acordo? — Ele riu, o som baixo e sensual.

 — Pois então me diga… essa parte do acordo inclui você me desafiar com esse olhar de onça brava,doida para me rasgar todo com suas garras ?

Ela se manteve firme, ainda que o olhar dele a deixasse com as pernas bambas.

— Eu só quero entender por que você me rejeitou, senhor Ferraro - Sua voz era um sussurro.

— Pensei que você fosse um homem como o senhor mesmo me disse, que soubesse aproveitar as oportunidades para ter o que deseja. E eu sei que você me deseja.

Ele inclinou-se levemente, a boca a poucos centímetros da dela, e seus olhos brilharam com um misto de desejo e provocação.

— Eu não rejeitei você, Julia — disse ele, a voz baixa e sedutora. — Eu lhe dei a escolha. Você é jovem e inexperiente. Eu não queria que você entregasse algo tão importante a alguém que não fosse especial para você,coisa que eu sei que não sou ,pois nos mal nos. conhecemos .

Ela sentiu as palavras dele como um tapa. Ele era ao mesmo tempo carinhoso e brutalmente sincero, como se quisesse envolvê-la e mantê-la à distância. Mas ela não recuou.

— Pois eu dispenso sua preocupação comigo senhor Ferraro . Não sou uma garotinha romântica. Sei exatamente o que eu quero — sussurrou, a voz trêmula de desejo e raiva.

— A verdade é que o senhor me atrai admito que no começo eu senti muito mal e ultrajada com sua proposta, mas sou mulher o bastante para admitir que eu quero mais do prazer que me fez sentir ,mais que isso eu o quero e eu sei que você também me quer.

Ele riu, um riso grave e rouco que fez seu estômago revirar.

— Você quer mesmo me provocar , Julia? Quer mesmo que eu lhe mostre que nunca deve se brincar com fogo porque pode acabar se queimando ,pequena -Ele se aproximou mais, tão perto que ela podia sentir o calor do corpo dele.

Ela não respondeu. Sua respiração estava acelerada, os olhos fixos nos dele, o coração martelando de nervosismo e desejo.

Diogo inclinou-se ainda mais, seu rosto tão próximo que ela podia ver cada detalhe de seu rosto lindo e másculo. Ele era perfeito ,forte, seguro, e cada movimento parecia calculado para seduzi-la.

___Sou bem grandinha para saber o que eu quero .Não acha ?

— Então me diga, onça brava, foi por isso também que veio até aqui? Quer que eu a ensine o que um homem de verdade pode fazer? Porque, se soubesse o que estou pensando agora, Julia, fugiria antes que eu fizesse o que quero fazer com você.

Ela segurou o olhar dele, embora por dentro estivesse completamente desarmada.

— Talvez seja isso que eu quero — disse, desafiando-o.

Ele soltou uma risada profunda, e algo sombrio brilhou em seus olhos.

— Você realmente não sabe no que está se metendo, menina. — A voz dele era baixa, quase um rosnado.

 — Eu poderia fazer você implorar para parar, para eu ir mais devagar, e ao mesmo tempo, te faria desejar cada segundo como nunca desejou nada na vida.

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