O flagelo

Acordo e Simba não estava mais na cama. Quando me viro ao meu lado, na cabeceira há um bombom, uma rosa e um bilhete.

"Tenha um ótimo dia! Nos vemos a noite. Ass. Simba"

Me levanto, desço para tomar café. Na verdade é um almoço, já que tem arroz, feijão e frango. Ainda não me acostumei a comer comida forte pela manhã. Então peço a Zuri um ovo e café.

Como não tenho nada para fazer, vou até a biblioteca, escolho um dos livros e fico deitada no sofá lendo. Até o horário do almoço.

Após o almoço fico no quarto esperando do tempo passar. Quando escuto uma voz falando alto. Desço para ver quem era. E para minha surpresa encontro com Frank.

É incrível como as pessoas dessa família simplesmente chegam, não avisam e nem perguntam se podem vir. Simplesmente aparecem.

- Princesa! Ele grita ao me ver.

- Venha dar um abraço em seu primo favorito. Ele diz e vem em minha direção.

- Não! O que você deseja Sr. Frank. Simba ainda não chegou. Eu digo.

- Eu sei. Ele está na refinaria. Eu vim para falar com você e não com ele.

- Não temos nada para falar. Vá embora! Eu digo e viro as costas.

- Princesa não haja assim. Eu sei o seu segredo. Ele diz.

Eu paro de andar e me viro para ele.

- Eu não tenho segredo. Mas adoraria ouvir o que você inventou. Eu digo.

- Sei que você é prostituta e Simba te conheceu lá. Quanto ele pagou para terem esse casamento de mentira?

Eu respiro fundo e digo:

- Sr. Frank está me ofendendo. Mas se quer saber sobre o nosso relacionamento sugiro que fale com Simba. Eu digo com seriedade e viro as costas.

- Não se engane Princesa. Simba não é nenhum bonzinho. E assim que contraria - lo irá descobrir.

- Boa noite Sr. Frank. Boa viagem de volta...para...sei lá, de onde você veio. Eu digo.

- Zuri ligue para o seu patrão diga. Que eu estou o aguardando enquanto faço companhia para a linda princesa.

- Não quero a sua companhia. Eu digo e volto para meu quarto.

Eu escuto o som do motor do carro de Simba, que chega acelerando. Quando de repente a porta do quarto se abre e Frank entra.

- Ficou louco! Sai daqui. Eu digo.

- Princesa eu posso te dar muito dinheiro! Só precisa se separar do principe. Ele diz.

- Você enlouqueceu! Eu digo.

Ele vem e tenta me beijar, me segurando e me forçando.

- Me solte! Simbaaa!! Eu grito e Simba abre a porta furioso. Puxa Frank pelo cabelo o jogando para fora do quarto. Sobe em cima dele e lhe dá diversos socos com muita raiva.

- Você não vai fazer isso de novo. Simba grita enquanto bate sem pensar.

Os seguranças se aproximam, e tiram Simba de cima de Frank.

- Me soltem! Eu vou matar esse maldito. Simba grita. Enquanto os homens o seguram.

Frank ri, orgulhoso e satisfeito, com o rosto ensanguentado.

Simba olha para mim, com ódio e grita:

- Você me paga. Vai apanhar como nunca imaginou ser possível. Sua puta! Ele grita com raiva.

Eu olho para Zuri e seu olhar era de pânico e tristeza. As palavras de Simba eram reais. Eu sem pensar muito, corro.

- Me soltem! Estou mandando! Simba grita.

Eles soltam Simba e ele corre atrás de mim. Ele me pega no fim da escada. Me joga sobre os seus ombros e me leva para o velho celeiro.

Eu estou chorando, morrendo de medo.

Simba me prende de costas, em pé em um tronco de madeira. Um tronco onde provavelmente prendeu muitos escravos.

- Eu te pedi...tem que me respeitar. Eu chego e encontro a minha mulher abraçada com outro homem no nosso quarto...se demoro um pouco mais te pego na cama com ele. Simba diz com raiva.

Simba rasga meu vestido, deixando as costas de fora.

- Simba eu posso explicar...não aconteceu nada. E eu não tive culpa...

- Aiii!! Simba puxa meu cabelo, fazendo minha cabeça se inclinar para trás.

- Não quero ouvir nada! E te aconselhor a calar a boca. Ou vou te obrigar a calar. Ele diz com grosseria e solta meu cabelo empurrando minha cabeça para frente com violência.

Percebi que ele está cego e nada do que eu fizer ou disser irá acalma - lo. Por isso decidir ficar calada e torcer para o melhor.

- Sr. Umar não faça isso! Ouço a voz de Zuri mas não a vejo. Ela está atrás de mim.

- Zuri não se intrometa. Isso é assunto de marido e mulher.

- Sr não faça isso. A princesa é Oyinbo. Não irá suportar...não lhe faça esse mal, ela não merece. Zuri diz e sua voz tem muita emoção.

- Não merece? Ela estava trocando caricias com Frank. Na minha casa! Ele grita.

Eu começo a chorar, mas não digo nada.

- Sr. sei que tem uma explicação. É um mal entendido. E tem mais, é o Frank, ele é mentiroso e manipulador Sr. Ela diz.

- Vá embora Zuri. Eu já me decidi.

"Vlap"

- Aaaaaaaaaahh!! Eu grito ao sentir uma dor dilacerante ao ser chicoteada com algo muito afiado. Sinto o sangue escorrer pelas minhas costas.

Eu choro inconsolada, pois não tenho saída.

- Sr Umar. Pare com isso! Ela diz.

- Fale mais uma vez e eu te coloco no lugar dela.

- Me coloque Sr. Eu suporto o flagelo. A princesa não irá suportar...o Sr vai mata - la. Ela diz com uma voz cheia de urgência.

Meu coração dispara, não sei quem é Simba. Como tudo muda tão rápido com ele. Porque vim parar nesse lugar, eu só quero voltar para casa.

"Vlap"

- Aaaaaaaaaahh!! Eu grito e choro desesperada. Tento me soltar, mas não consigo.

- Sr tenha misericórdia! Ela diz.

- Porque está defendendo essa prostituta traidora.

- Por que ela não é nada disso. O Sr está cego de ciúmes. Irá se arrepender depois.

- Você está errada. Não me arrependo de nada.

"Vlap"

- Ahhhhh!! Sinto que o ferro se prende as minhas costas. Ele puxa com mais força, e ele se solta. Mas junto deve ter levado uma parte de mim. A dor é dilacerante.

Minhas pernas falham, e fico pendurada pelos braços.

- Sr chega!

"Vlap"

Eu não consigo mais gritar. Fecho os meus olhos e peço que a morte chegue mais rápido.

"Vlap"

A dor é ainda mais intensa e eu desmaio...

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