Sr. Umar

Bom dia Srta. Zuri diz ao entrar no quarto e me acorda.

- Srta vá tomar o seu banho, para tomar o seu café e iniciarmos os preparativos para cerimônia. Ela diz sorrindo.

Eu me levanto, cheia de medo e preocupação. Era como se eu estivesse indo para ser executada com pena de morte.

Eu não faço ideia de quem seja esse homem. Se ele será bom ou ruim, nem se é novo ou velho. Tudo aqui é incerto e assustador.

Vou para o chuveiro, tomo o meu banho e saio apenas de toalha.

- Sente - se, Srta. Vamos começar os preparativos.

- Não vou me casar Zuri! Ela sorri.

- Srta compreendo o seu medo, mas...

- Não é medo! Eu não quero. Não sei quem esse maluco é. E nem quem ele pensa que é.

- Srta não faça isso. Não provoque a ira do seu marido.

- Eu quero que ele se foda! Eu grito.

- Anda Srta sente - se! Me deixe arruma - la.

- Não me obrigue a ser grossa com você. Eu não vou me casar e ponto final. Se ele quiser ele que me arraste até o maldito altar. Porque andando eu não vou! Eu digo determinada.

- Srta...

- Eu já falei. Pode avisar o seu chefe.

- Ok Srta. Ela diz e sai do quarto.

Eu olho pela janela para ver ser tem alguma forma de escapar. Mas nem as janelas abrem.

Ouço os passos firmes pelo corredor.

Deve ser o tal Sr. Umar. A porta é destrancada e finalmente ele entra.

- Finalmente posso ver melhor o meu prêmio. Ele diz e começa a sorrir.

- Você é o Sr Umar?

- Meu nome é Simba Umar. O que está acontecendo aqui?

- É óbvio. Eu não quero me casar com...com você.

Ele respira fundo e seu lindo sorriso desaparece.

- Srta eu não perguntei se você quer! Aliás...você não tem opção de escolha. Você é minha e vamos nos casar. Ele diz com tranquilidade.

- Só se você me arrastar até o altar. Eu digo.

- Eu adoraria fazer isso! Mas meus convidados não irão achar tão divertido. Vou deixar essa parte para a nossa maravilhosa lua de mel. Ele diz.

- Você é doente! Nojento! Eu digo.

- Srta Zuriii!! Ele grita.

- Sim Sr? Ela logo aparece.

- Pode terminar de arrumar a minha...querida esposa. Nós vamos acertar os pontos na lua de mel. Ele diz e sorri para mim.

- Se ela se aproximar de mim, vou machuca - la. Você entendeu? Eu digo.

- Akin! Ele grita e um outro homem aparece.

Ele estende a mão e o homem entrega a ele um celular.

- Você precisa de um incentivo? Aqui!

Ele mostra um vídeo. Vejo Ana e Flávia amarradas em algum lugar. E alguém batia nelas.

As lágrimas rolam no meu rosto.

- Suas amigas são lindas! Seria uma pena ver elas sendo abusadas por vários homens em uma casa de prostituição.

Eu olho para ele.

- Por que está fazendo isso? Pergunto chorando.

Ele passa a mão no meu rosto secando as lágrimas.

- Não leve para o pessoal querida. São apenas negócios. Ele diz e sorri.

- Vamos fazer uma troca! Eu digo.

- Eu, por elas. Solte elas, deixe elas voltarem para o Brasil e eu me caso com você. Eu digo com angústia.

- Ha Ha Ha! Isso não é uma troca. Ele diz.

- É sim! Não sou eu, quem você quer? Fique comigo e liberte elas.

- Não é uma troca! Vocês três estão sob o meu controle. As três me pertencem. Ele diz.

- Até porque eu paguei pelas duas amiguinhas brasileiras. Elas podem me trazer um bom lucro, se eu desejar. Ele diz.

Eu solto a toalha que estava enrolada no meu corpo. E fico nua! O outro homem vira o rosto para não olhar.

Mas Simba, olha tudo. Inclusive lambe os lábios.

- Não é isso que você quer? Seja homem e faça essa troca.

- Se cubra Srta. Ele diz.

- Temos um acordo? Ele se aproxima e pega a toalha do chão.

- Temos outro homem aqui. Se cubra agora! Ele diz com grosseria. Eu pego a toalha e me cubro.

- Como eu estava dizendo...isso não é uma troca. Ele diz e leva a mão no meio das minhas pernas e toca o meu sexo. Eu dou um pulo me afastando.

- Isso já é meu! E elas também. Você não tem nada para me oferecer que possa valer a pena a troca. Ele diz.

As suas palavras me deixam em desespero. Olho para o outro homem e vejo uma arma na sua cintura. Eu jogo a toalha novamente no chão e ele vira o rosto exatamente como eu previa. Eu então pego a sua arma. E me afasto.

- O que está fazendo? Simba grita.

O rapaz tenta se aproximar.

- Não olhe para minha mulher. Simba grita com raiva e ele vira de costas.

- Me dê essa arma Srta Amélia.

Eu coloco a arma na minha cabeça e destravo o gatilho. Por sorte eu já havia manejado uma arma na casa de uma amiga cujo o pai era policial.

- Se é assim que será...prefiro morrer. Eu digo.

- Nãããoooo!! Ele grita.

- Srta! Diz Zuri

- Ok! Eu faço como está me pedindo. Ele diz.

Eu não esperava que ele fosse ceder. Pensei que não se importaria.

- Temos um acordo. Agora entendi o quanto você gosta das suas amigas. Eu soltarei elas.

- Nãooo!! Eu grito.

- Não entendi! O que você quer então?

- Quero vê - las. E quero que devolva os seus documentos e as coloque no avião de volta. Depois disso cumpro o meu acordo.

- O casamento será hoje. Deixarei você ver as suas amigas. Mas o restante terá que confiar em mim. Tem a minha palavra.

- Acha que sou ingênua. Não vou acreditar em um homem que sequestra mulheres.

- Eu não sequestrei ninguém! Eu apenas comprei!

- Ha Ha Ha! Você é louco! Se não tivesse malucos como você que compram mulheres sequestradas. Nós não seriamos sequestradas. Você financia essa merda! Eu digo com raiva.

Ele respira fundo.

- Você não sabe como as coisas são. Acredite! Eu salvei a sua vida. Ele diz.

- Com certeza! Eu digo com ironia revirando os olhos.

- Srta terá que confiar em mim. Ou pode se matar e não ajudar nem a você e nem as suas amigas. O que prefere? Ele pergunta.

Eu respiro fundo e digo:

- Vou te dar esse voto de confiança. Eu digo.

- Escolheu o certo! Me entregue a arma. Ele diz e estende a mão para pegar.

Eu abaixo devagar e lhe entrego a arma. Ele pega a arma e coloca na cintura.

"Pah"

Com o lado de fora da mão, ele dá um tapa no meu rosto. Eu me assusto, levo a mão ao rosto e começo a chorar, pois não sei como reagir.

- Nunca mais faça isso! A sua vida me pertence. E nunca mais fique nua na frente de outro homem.Você entendeu? Ele pergunta com seriedade.

Eu apenas aceno com a cabeça concordando.