Capítulo 12

POV Rick

Tentei recusar, mas Sara mudou completamente de assunto e quando pensei que tinha esquecido essa história de me comprar um terno, já estávamos na loja.

Ela chegou e já foi dizendo ao vendedor que era um terno para mim e eles começaram a me medir, enquanto eu ficava constrangido.

— Qual cor você gosta? Prefere qual corte? Gosta dos italianos? E tecidos? Qual prefere? Gosta de estampados? — o vendedor dispara um monte de perguntas que eu não sabia responder.

— O quê, eu… eu não sei. Qual dos seus é o mais barato?

Peço e o vendedor diminui a empolgação e diz que vai buscar, que era para eu entrar em um provador enquanto isso.

Entrei e comecei a me preparar, odiava provar roupas, então preferia fazer isso rápido.

Tirei o blazer, a gravata e a camisa, quando ouvi passos do lado de fora.

— Estou aqui! — digo, avisando onde eu estava. Tudo ficou silencioso de repente, e fiquei um pouco confuso. — Sou eu, o Rick! Você encontrou o que pedi?

Digo, aguardando. Algum tempo depois ouvi mais passos e comecei a perceber que não era som de sapatos masculinos.

A pessoa parou em frente ao meu provador e ficou parada lá. Resolvi ficar em silêncio, pensando que talvez ela estava perdida.

— Olha, o meu nome é Rick e acho que não tem mais ninguém aqui. — digo e estranhamente a mulher continuava parada lá, até que joga as roupas por cima da porta.

— Eu não sei se você se perdeu, mas eu não estava sendo atendido por…

Antes que eu terminasse a porta se abriu e para minha surpresa era a senadora, ela entrou lá e fechou a porta imediatamente.

Ela ficou encostada na porta e eu fiquei sem reação.

Ela me olhou com cuidado e após se aproximou, dei um passo para trás e bati na parede, eu estava encurralado? Por uma mulher?

— Rick, você… — ela diz e passa lentamente o dedo pelo meu ombro. Eu fico arrepiado e não sei o que dizer. — Você é bem mais forte do que parece. — ela diz, olhando o meu corpo, após nos encaramos um pouco.

Aquele provador ficava cada vez mais pequeno e se ela não fosse quem era, eu não teria me segurado.

Seus lábios são extremamente atraentes e seus olhar poderia fazer eu me perder fácil e o seu corpo… eu poderia amar esse corpo por horas sem cansar.

— Eu já fui militar… — era a única coisa que consegui dizer. Estava tenso, segurando o turbilhão de sentimentos e desejo que sentia naquele instante.

Ela dá um sorriso de canto e diz:

— Humm… faz sentido. Você é tão misterioso e talvez eu vá gostar de descobrir seus segredos.

— Não acredito que vá gostar tanto.

— Você é um serial killer?

— Bem, creio que não… — eu nunca matei ninguém por prazer.

— Então não consigo imaginar quais segredos pode ter que eu passaria a odiá-lo. — ela se afasta e pega um dos ternos e me oferece. — Tome, experimente este!

Pego, respirando fundo, acalmando as emoções dentro de mim e dou uma analisada no terno.

— Isso me parece caro.

— Só experimente, depois verificamos o preço.

Dou de ombros e separo as peças e após algum tempo, percebi que ela ainda estava lá.

Olho para ela com a sobrancelha levantada e ela diz:

— Vamos igualar as coisas. Você me viu nua e agora é a minha vez.

— Ah, não! — digo acenando em negativo — Eu acho que isso é ilegal.

— Qual lei estamos ferindo, Rick! Não estamos matando ninguém!

— Você é uma senadora e provavelmente eu devo estar te assediando.

Ela gargalhou e após disse:

— Você me assediando? — ela revira os olhos e diz — Eu não sou só a senadora. Eu sou a Sara. Se a Sara, uma mulher normal invadisse o seu provador? O que você faria?

— Chamaria os seguranças.

Ela sorriu novamente e disse:

— Ok, eu admito… não sou muito boa nessas coisas. Não sei como as garotas normais fazem isso e acho que estou sendo invasiva. Enfim, vista o terno e depois me mostre. Vou esperar do lado de fora.

— Quais coisas que as garotas normais fazem e você não consegue?

— Flertar, sabe? Aqueles joguinhos de seduzir.

Sorri involuntariamente, ela se virou e abriu a porta e antes que saísse, eu disse:

— Sara!

— Sim? — ela responde se voltando para mim.

— Eu não chamaria os seguranças para você.

— Eu sei que não chamaria, Rick! — ela diz e dá uma piscadela.

Assim que ela fechou, eu me olhei no espelho, vendo que estava com um sorriso bobo no rosto.

Talvez não estava conseguindo disfarçar que existia uma atração entre nós dois.

Eu também não sou bom em flertar e… nem deveria. Eu ainda não cresci profissionalmente para dar boas condições de vida para minha mãe, muito menos posso dar a uma mulher.

Sara é um erro no plano e eu percebi que se nossos papéis estivessem invertidos e ela fosse a assassina, eu provavelmente já estaria abatido.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***