Na sala do comandam, Tez Sallene saboreava um café, da máquina de expresso. O Comandante, preenchia um alguns formulários em sua mesa. Duas batidas na porta, e ela se abriu, dando passagem para mais um homem.
Caio Langer: Com licença comandante.
O homem fez um gesto para o comandam, e olhou para Tez.
Caio Langer: Tez!?
O homem ergueu a sobrancelha, e sentou na cadeira ao lado de Tez.
Caio Langer: °Porque você não me disse que viria até aqui? Não acredito que visitou o último Maldonado?°
Tez: Porque a surpresa? Acaso esqueceu que não costumo dar uma prévia dos meus passos? E a propósito, Rufino Maldonado, está longe de ser o último.
Caio Langer: Ah, Claro que não, mas não consideramos mais a irmã. O Sobrenome, ela mesa tirou no cartório. Quem a chama assim é só por associação.
Tez: Já que você tem mais informações do que eu, poderia me dizer quando a Rayane tirou o sobrenome Maldonado? Foi antes ou depois do casamento?
Caio Langer: Vai investigar ela também?
Tez: Caio... Eu trabalho com você a pouco mais que um ano. Não confio em você ainda. Quanto menos peguntas me fizer, menos será considerado um suspeito, entende?
Caio Langer: Entendi, ok. Ela tirou o sobrenome no dia do casamento com Antônio West.
Tez: Obrigada Caio.
Tez se levantou, e caminhou para fora do local. Seu telefone, tocou em seguida.
Tez: Rodrigo?
Rodrigo: Chefe, preciso conversar sobre um caso, e algo que observei. Me encontra no café dourado?
Tez: Acabei de tomar um café, mas se tratando de café, nunca é demais. Chego em cinco minutos.
...
O letreiro dourado, com efeito brilhante era chamativo e elegante. O nome, combinava com o local, que há seis meses roubava as atenções da cidade.
Tez entrou, e encontrou Rodrigo em uma mesa, no canto mais afastado.
Rodrigo: Veio rápido mesmo.
Tez: Eu estava perto.
Rodrigo: Vai beber o quê?
Tez: Vou querer um capuccino tradicional, para variar um pouco.
Rodrigo fez o pedido ao garçom.
Tez: Então, como andam as suas investigações?
Rodrigo: Um pouco confusas.
Tez: Confusas?
Rodrigo: Bem... Como eu havia mencionado. Estou investigando, um assassinato. O nome da vítima, é Alcides Trammar. Ele tinha trinta e cinco anos, era Barman na boate Rosa Rasgada. Não tinha ficha criminal, históricos de drogas, ou qualquer outro conflito. Até uma semana antes de sua morte, onde teve um desentendimento, com um padeiro da padaria Trigo Perfeito, que fica na mesa rua da emissora West.
Tez: E esse conflito foi porque?
Rodrigo: Parece tão banal... O Alcides comprou um bolo de aniversário para a namorada, porém, quando eles foram comer o bolo, estava com o recheio azedo. Alcides foi trocar o bolo, e o próprio padeiro o atendeu. Disse que não daria reembolso, e nem trocaria o produtor, pois alega que o produto estragou á caminho do destino, devido ao calor que fez no dia. Eles discutiram, até que o gerente apareceu, e deu o reembolso para o Alcides.
Tez: Não. Eu também não acho que isso seria motivo para o padeiro assassinar ele. A menos que algo pior tenha acontecido após esse incidente. Ultimamente, as pessoas estão sem paciente, e com os ânimo abalados. Esse padeiro continua trabalhando?
Rodrigo: Sim. Como se nada tivesse acontecido, até depois de saber que o "cliente do bolo estragado" faleceu.
Tez: Estar muito tranquilo, abre suspeitas.
Rodrigo: Sim. Mas não consigo nada para ligar ele ao acontecimento. Ele tem álibi para o dia do crime. Outro fato confuso, é que o Alcides foi visto na rua da padaria, duas vezes no dia anterior a sua morte.
Tez: Alguma outra situação, onde os dois pudessem se encontrar em segredo?
Rodrigo: Isso poderia significar, que o Padeiro mentiu sobre tudo. E eles se encontrando em segredo, com certeza não é o caso de um bolo estragado.
Os cafés chegaram à mesa, e Tez começou a saborear o seu.
Rodrigo: Descartando o Padeiro. Alguém naquela rua pode ter ligação ao assassinato. E se eu expandir a investigação para rua toda... Posso chegar até a emissora West.
Tez: Parece um caso qualquer. Mas, se alguém da emissora West, tem ligação com esse crime...
Tez e Rodrigo: O crime foi planejado para parecer um caso simples.
Ambos deram uma pausa na fala, e focaram em suas xícaras. Enquanto o silêncio roubou a cena. Alguns minutos depois, Tez olhou para Rodrigo.
Tez: Rodrigo, eu não queria envolver você em uma situação. Mas, com essa sua investigação, tenho uma forte sensação que está tudo ligado.
Rodrigo: Tudo o que?
Tez: A caneta dourada, o acidente do Leyne, um vídeo que enviaram para a Rayane, e até o falecimento desse Barman, amigo do Ellis.
Rodrigo: Você ia esconder isso de mim porque? Acha que sou incompetente? Por acaso acha que não posso resolver, ou me defender? Você não toma mais decisões por mim. Não faça isso novamente!
Tez: Rodrigo, nos estamos bem novamente. Você está bem. Está feliz, é notável. E o Ruan, é uma pessoa realmente boa. E ele ama tanto você, que foi embora da cidade dele, largou a família, para ficar do seu lado. Quanto mais você se envolver em assuntos assim... Com esse peso do passado, vai correr o risco de ficar atormentado com isso novamente. Eu só queria te poupar.
Rodrigo: Atormentado... É, devo admitir que foi assim que me senti quando o Heide morreu... Eu vi uma pessoa mal intencionada, ligada há muitas coisas ruins, se arrepender e ganhar de recompensa, uma perseguição seguida de morte. Vi ele com medo, vi ele lutando para não morrer... E nada de bom aconteceu para ele. Eu sonhei com a morte dele por várias noites. O tempo todo, tudo se repetia na minha mente. Ele me ligava para pedir ajuda, eu corria a cidade para encontrar ele... Eu encontrando ele naquele estado. Os olhos assustados, demostrando felicidade e alívio ao me ver, como se já estivesse a salvo... Mas, morrendo no caminho do hospital.
Tez viu as lágrimas de Rodrigo, descendo pelo rosto, e sendo enxugadas rapidamente por ele, para tentar esconder.
Rodrigo: Eu sei que... acabei julgando você. Mas o que aconteceu com o Heide, me fez pensar no que você sentiu quando a minha mãe se foi. Isso me fez entender melhor as coisas. Eu também queria matar todos eles. Resumindo...
Rodrigo respirou fundo, e bebeu todo o restante de café em sua xícara.
Rodrigo: Eu não vou mais me perder. Minha cabeça, nunca esteve tão firme. Então, obrigada por dividir essa situação comigo. Tenho certeza que podemos resolver tudo juntos. Pode me inteirar da situação toda... Tio.
Tez sorriu satisfeito, ao olhar para o rosto de Rodrigo.
Tez: Então vamos lá. Quer anotar?
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Ana Lúcia
kkkkkkkkk viciado
2024-11-29
0
Edivania Gomes
mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais
2024-11-28
1