11 - Algo a Investigar

As palavras da babá, devolveram a calma para a mulher.

[Babá: Senhora, ele está bem. Está brincando aqui comigo.]

Rayane West: Certo. Preste atenção, não deixe ninguém entrar na casa, verifique se todas as portas estão fechadas. Nem os outros funcionários devem entrar ok? Diga que dei o dia de folga para eles.

[Babá: Acredito que vão achar estranho. Podem até pensar que eu quero fazer mal ao menino, sei lá.]

Rayane West: Tem razão... Então diga que farei uma reunião. Que todos devem me aguardar na varanda da piscina. Você e o Anthony, vão para cima. Se tranque no meu quarto com ele.

[Babá: Senhora, não vai demorar para vir certo? Agora estou ficando assustada.]

Rayane West: Me desculpa, eu estou mesmo sem noção agora. Então, peço que encare como uma preocupação em exagerado de mãe.

[Babá: Está bem. Farei o que senhora me orientou.]

...

Ao desligar o telefone, Rayane olhou para Leyne.

Leyne: Deve ser uma armadilha. Queriam que saísse da empresa. Talvez até, sabiam a hora exata de mandar esse email. Dessa forma, iria sair sozinha ainda por cima.

Rayane West: Vamos ligar para o Tez! E eu vou para casa, Leyne você vem comigo.

Erick Sinter: Senhora eu posso dirigir para vocês. Ambos estão muito preocupados.

Leyne: Não é necessário Erick.

Erick Sinter: Ouvir você falando isso, depois de ter se acidentado no cruzamento da esquina da empresa, sem nenhuma razão plausível, e sequer se lembrar do seu "possível agressor" não faz de você uma segurança maior para a Rayane agora. Muito pelo contrário, eu diria.

Leyne: Ei!? Escura aqui, você fala comi...

Rayane West: Já chega de discussões, o que houve com vocês? Se eu só tenho os dois nesse momento, preciso realoca-los da forma que eu julgar melhor. Erick cuida da empresa! Leyne vem comigo.

Leyne deu uma olhada para Erick, com um sorriso debochado.

Erick Sinter: Certo.

Leyne entrou no carro com Rayane, e no mesmo instante discou para Tez.

[Tez: Querido, tudo bem?]

Leyne: Mais ou menos. A Rayane recebeu um e-mail com imagens do menino e da babá. Imagens da casa dela! Eu já te encaminhei o email. Ela queria sair correndo, mas consegui evitar isso. Ela ligou, e eles estão bem.

Rayane West: Me deixa falar com ele, por favor Leyne.

Leyne: Claro.

Leyne ligou o viva voz.

Rayane West: Tez... O que pode ser isso? Acha que é uma tentativa de sequestro?

[Tez: Rayane, mesmo que também seja uma coisa ruim, gostaria de poder te dizer que sim. Nesse caso... Acho que; Até podemos estar enfrentando o mesmo inimigo.

Rayane West: Que droga! O que eu faço Tez? Será que pode ser o meu irmão? Ou a família da Jiulane novamente? Eu... Só não quero que ameacem o meu filho de novo.

[Tez: Primeiro deve manter a calma. Se esforce ao máximo para isso, porque não vamos conseguir pensar e nem prever os passos do nosso inimigo, se entrarmos em desespero. Vamos descobrir o que está acontecendo. Tenho uma pista que pode ser útil, e já começaremos a investigar. Fique em casa por esses dias. A sua parte é se lembrar de tudo que pareça estranho, ou suspeito nos últimos meses. Vou reforçar a sua segurança, ok?]

Rayane West: Tez... E a morte do Antônio? Isso é estranho não é? Para mim, e para você, que eu sei. No meu caso, por manter as esperanças do retorno do homem que eu amo. E você... Você é um Polícia experiente. Tenho certeza que não aceitou a ausência do corpo, e a cauda do avião.

[Tez: Você é inteligente. Sim Rayane, pensando o mesmo. A minha prioridade é manter você o bebê e o Leyne seguros. Mas, não ignorei os seus pensamentos de forma alguma.]

Leyne: Amor, estamos quase chegando. Eu espero você lá.

[Tez: Pode deixar.]

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Em casa, Rodrigo estava no computador trabalhando, quando Ellis entrou se aproximou.

Ellis: Oi

Rodrigo: Oi, você está bem? Quer alguma coisa?

Ellis: Estou bem mas... Gostaria que você não se comportasse assim todas as vezes que eu te chamo.

Rodrigo: Desculpa. Eu só fico preocupado. Estava muito concentrado aqui, e só agora percebi que sequer ofereci uma refeição da tarde para você.

Ellis: Eu peguei o que precisava. Obrigada.

Rodrigo: Que bom.

Ellis: O Ruan está de plantão?

Rodrigo: Sim.

Ellis: Então ele só volta amanhã bem cedo não é?

Rodrigo: Acho que sim. Mas se quiser algo específico, você me fala, eu mando uma mensagem para ele.

Ellis: Não. Eu quero passar um tempo só com você mesmo. Podíamos assistir um filme, quando você terminar aí.

Rodrigo: Tudo bem. Vá escolhendo algum. Eu sou péssimo para isso. Estou finalizando, e já vou para sala com você.

Ellis: Certo.

Ellis animado, saiu do quarto de Rodrigo, e foi até a sala. Ele pegou o controle, e começou a folhear a lista de filmes na televisão.

Ellis: GOSTA DE AÇÃO?

Rodrigo: PODE SER!

Ellis: Ok, então acho que esse deve ser interessante. Vou fazer pipoca de microondas. Eu vi que ainda tem uma.

Rodrigo terminou o que fazia e desligou o computador, em seguida foi para a sala.

Rodrigo: Tô aqui já!

Ellis: ESTOU INDO!

Segundos depois, Ellis entrou na sala com uma bacia de pipocas.

Ellis: Prontinho! O que acha?

Rodrigo colocou uma porção de pipocas na boca.

Rodrigo: Tá gostosa. Tem gosto de pipoca.

Ellis riu.

Ellis: Seu engraçadinho!

Após alguns minutos assistindo o filme, Ellis colocou sua mão e apoiou em cima da mão de Rodrigo.

Ellis: Estou contente por podermos ter um momento descontraído assim.

Rodrigo puxou sua mão.

Rodrigo: Ellis, não misture as coisas. Eu gosto de você sim. Como um amigo. Quero te ajudar, ver você curado. Não quero que fique nenhum mal entendido entre nós. Hoje, o Ruan é a única pessoa para mim. O Ruan, tirou o Leyne de mim por completo. E é a pessoa mais generosa e bondosa que eu já conheci.

Ellis: Tá... Eu entendi. Não está fazendo nada de mal, mas já que você está falando isso... Receio que eu deva me afastar agora.

Ellis saiu irritado. Enquanto Rodrigo escutou o barulho da porta batendo.

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Reunidos há pouco mais de uma hora, Tez, Leyne e Rayane entraram no escritório, e fecharam a porta.

Rayane West: Bem, eu dispensei todos os meus empregados da casa. Não posso confia em ninguém.

Leyne: Será que não foi muito drástico? Eles podem não ter envolvimento nisso.

Tez: Ela fez o correto querido. Eu trabalhei por anos, com um homem que era como um Irmão mais velho, talvez até um pai. Eu conheci a vida dele, sabia tudo sobre ele. E no final de tudo... Ele fazia parte do inferno que vivi.

Rayane West: Infelizmente... Bem, vamos ao assunto Tez. O que vamos fazer agora?

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