7 - Incomodo

Tez ficou em silêncio até chegar em sua casa. Quando ambos entraram, ele parou em frente a Leyne e segurou os braços dele.

Tez: Eu preciso que me conte Leyne. Só me dizer que ficou com medo, sozinho em casa não será o suficiente.

Leyne: Não consigo falar sobre isso agora... Até porque... Não me lembro daquele rosto, mas todas as vezes que me esforço para lembrar... Vejo o rosto de alguém que não pode ser.

Tez: Leyne? Que alguém?

Leyne: Não Tez... Por favor me dê um tempo.

Tez soltou Leyne.

Tez: Está bem. Não pense que vou ficar bem com isso. Mas, vou respeitar você. Vou fazer o jantar e levar lá em cima para você. Tome banho, e descanse está bem?

Leyne: Tá bom.

Tez foi até a cozinha e começou a preparar a refeição. Colocando toda a sua concentração no que estava fazendo, ele caprichou em uma bandeja, com um prato de comida e um copo de suco. Antes de subir as escadas, o homem pegou o seu celular.

Tez: Caio?

[Caio Langer: Boa noite Tez, tudo bem?]

Tez: Na verdade não. Estou muito incomodado, para não dizer, irritado e não acho que vai passar até eu tomar alguma providência. Preciso de um favor, eu pago você por fora.

[Caio Langer: Pode falar. Estou a disposição.]

Tez baixou o tom de sua voz.

Tez: Pode ficar de guarda na minha casa?

[Caio Langer: Sim. Com prazer. Algo específico para prestar atenção?]

Tez: Qualquer invasor, e qualquer sinal de perigo com o Leyne. Conto com você. Fique invisível. É importante que nem o Leyne saiba que você está de guarda, a menos que seja necessário. Eu volto assim que terminar uma coisa. Não acho que vou levar muito tempo para resolver isso.

[Caio Langer: Certo. Quando?]

Tez: Daqui à uma hora.

[Caio Langer: Estarei aí.]

Tez pegou a bandeja após guardar seu celular no bolso. Subiu as escadas e entrou no quarto. Leyne secava os cabelos. Automaticamente, Tez colocou a bandeja na cama, e pegou o secador para auxiliar ele.

Leyne: Obrigada.

Tez: Por favor, coma tudo ok?

Leyne: Como sim. Não se preocupe.

Tez: Até mesmo as ervilhas.

Leyne: Ah, serio? Eca!

Tez: Você não é criança, por favor, coma tudo.

Leyne: Sim, eu estou só brincando. E expressando a minha vontade de comer ervilhas. Eu não gosto, mas depois de passar fome e ficar doente, desnutrido... Se você falar para eu comer pedra eu como.

Tez: Isso. Assim que eu gosto.

Após secar os cabelos de Leyne, Tez tirou a camisa.

Leyne: É... Você vai tomar banho?

Tez: Sim.

Leyne: Porque não veio junto comigo? A gente sempre toma banho juntos.

Tez: Porque eu ia fazer o jantar.

Leyne: Mas poderia fazer depois... Não?

Tez: Hoje não. Temos outras prioridades querido. Vá comer antes que esfrie.

Leyne: Tá bom.

Leyne sentou na cama, e pegou a bandeja.

Leyne: Sabe... A Rayane é muito atenciosa sabe? Ela percebeu que eu não estava muito bem. Parecia uma irmã mais velha falando comigo... Tá me escutando?

Tez: Sim.

Leyne: Então... Eu não entendi nada da reunião. Mas, acho que foi tudo bem... Hmm, amor está ótimo! Até as ervilhas estão maravilhosas. Só você consegue fazer isso.

Tez saiu com a toalha enrolada na cintura, e foi para o espelho pentear os cabelos.

Leyne: Você... Vai sair?

Tez: Por agora não. Saio e volto antes de você perceber.

Leyne: Tá bom. Vou tentar dormir logo. Mas é difícil, ainda são sete horas da noite. Você vai deitar comigo?

Tez: Depois que eu jantar.

Após ver Tez se vestir, Leyne o esperou e acabou pegando no sono. Como já esperava por isso, Tez subiu, pegou o casaco preto de couro, e a bandeja que deixará no quarto. No andar de baixo, antes de sair da casa, ele examinou os arredores, para garantir que estava tudo seguro. Passando novamente em frente sua sala de coleções, ele viu a caneta dourada.

Tez: {Amanhã eu vou descobrir o que está escrito nessa mensagem.}

...----------------...

Uma casa no centro, em uma das ruas mais desertas, Tez parou seu carro. Caminhou pela calçada até a porta, e bateu algumas vezes.

Um homem de cabelos bem penteados e separados ao meio abriu a porta.

Tez: Olá, é o senhor Nilson?

Nilson: Sim. Pois não?

Tez: Oi, eu sou o motorista do senhor Leyne Sallene, tudo bem?

Nilson: Ah, sim. Aconteceu alguma coisa?

Tez: Sim. Nosso carro principal quebrou. Ele está lá sozinho. Disse para eu procurar o senhor, para pedir ajuda.

Nilson: Sim, claro... Pode trazer ele para dentro. Amanhã nós damos um jeito nesse carro.

Tez: É melhor o senhor mesmo dizer isso a ele. O senhor Sallene é muito orgulhoso e não gosta de dar trabalho para ninguém. Ele vai dizer para eu negar.

Nilson: Tem razão. Ele é bem difícil de convencer. Bem, deixe me ao menos calçar os sapatos.

Tez: Claro.

Um minuto depois, o homem saiu, e foi acompanhado Tez até o carro. De repente, ele parou na calçada.

Nilson: Não estou vendo ele no... Carro.

Tez: Não.

Tez encostou a ponta de uma Adaga adiada nas costas de Nilson.

Tez: Vamos dar uma voltinha.

Nilson: Espera... Espera! O que quer? Dinheiro é isso? Eu te dou. Por favor me solte.

Tez: Primeiro entre no carro. Depois eu digo a você o que eu quero.

Assustado, o homem obedeceu, se sentando ao lado do motorista.

Nilson: Isso é um sequestro?

Tez: Não.

Tez deu partida no carro.

Nilson: Então o que é? Fale de uma vez, seu criminoso!

Tez: Criminoso...

Tez riu.

Nilson: Qual é a graça?

Tez: Deixa eu me apresentar corretamente. Sou Tez Sallene, terceiro chefe de polícia. Também conhecido como o antigo primeiro chefe, que perdeu a cabeça, e assassinou vários membros de uma família, buscando vingança. Sério que você nunca ouviu falar de mim?

Nilson: Na... Não. É... O que? Bem, o que quer comigo?

Tez: O que quer com o meu esposo?

Nilson: Ah!? Nada. Não quero nada com ele!

Tez: Se você soubesse como eu odeio mentiras, não arriscaria tanto a sua vida.

Nilson: Seja lá o que for... Foi um engano. Ele pode ter entendido tudo errado.

Tez: É mesmo?

Tez parou o carro. Abriu a porta do lado, e puxou o homem para fora. Ao perceber que estava em cima de uma ponte, o homem começou a tremer de medo.

Tez: Agora sim, vamos conversar direito.

Nilson: Espera, eu não fiz nada!

Tez: Se você falar a verdade, terá uma chance maior de ne deixar comovido.

Nilson: Estou falando a verdade. Eu não quero nada com o Leyne.

Tez: Sério? Não pensa nele sem roupas? Não quer sair com ele?

Nilson: Eu... Eu disse coisas a toa. Não era verdade, era só brincadeira.

Tez: Que brincadeira impensada ham? E agora? Sabe acaso o que vai acontecer com você?

Nilson: Não! Não... Por favor, eu faço qualquer coisa. Eu juro! Eu nunca mais olho para ele.

Mais populares

Comments

Ana Lúcia

Ana Lúcia

oh meu bebê tadinho /Sleep/

2024-11-19

0

Ana Lúcia

Ana Lúcia

😂😂😂😂😂 aí leyne

2024-11-08

1

Onyxdacocada

Onyxdacocada

Isso Tez mostra pra ele que ninguém mexe com seu bombom😍

2024-11-07

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!