4 - Atentado

De volta em casa, Tez acomodou Leyne na cama.

Leyne: Posso contar tudo agora?

Tez: Sim, pode me contar.

Tez se sentou na cama, ao lado de Leyne.

Leyne: Então, vou resumir... Eu estava saindo da empresa, aí começou a chover. Eu fiquei parado na porta esperando dar uma trégua para que eu pudesse entrar no carro. Então, conversei com um funcionário lá. Sabe, um homem que tem ajudado muito, e que a Rayane promoveu. Ele me agradeceu, porque eu disse algumas palavras na reunião, que foram boas para ele. Ele foi embora, e quase em seguida, aquele Nilson apareceu. Ele chegou bem perto, para falar quase no meu ouvido. Ele me disse que pensa em mim sem roupa, e outras besteiras. Eu respondi a altura para ele. E acredita que ele disse que não vai desistir? Só Depois disso eu criei coragem, enfrentei a chuva, e entrei no carro. Antes de dar partida, alguém bateu no vidro... Eu não sabia quem era, não dava para ver. Aí eu abri o vidro e...

De repente Leyne se calou, com a expressão assustada.

Tez: Querido? O que aconteceu quando abriu o vidro.

Leyne: Eu... Fiquei com medo... Fiquei tão assustado que acelerei para sair de lá, e acho que foi assim que bati.

Tez acariciou o rosto de Leyne.

Tez: Não lembra do rosto de quem bateu na janela?

Leyne: Não. Não consigo me lembrar. Eu... Não acredito que não consigo me lembrar, e só senti medo... Essa sensação, é ruim.

Leyne puxou o braço de Tez para si.

Leyne: Me beija?

Tez: Você sabe que a gente não para em um beijo, ainda mais estando na cama. Você está ferido, é melhor descansar meu amor.

Leyne: Estou tenso, e incomodado. Não vou conseguir dormir assim... E aí...

Leyne se levantou, e passou uma das pernas por cima da cintura de Tez, sentando sobre as coxas dele.

Leyne: Você não nunca me nega nada que eu peço...

Tez: {Ele aprendeu a me dominar. Eu realmente não consigo negar nada para ele, ainda mais algo como isso.}

Convencido de aceitar ceder às vontades de Leyne, Tez deslizou a mão pelas pernas dele, o tocando atrás.

Leyne: Tira a roupa logo!

Impaciente, Leyne puxou a camisa de Tez, enquanto sua cintura se movimentava suavemente, sobre a frente de calça jeans de Tez. Alguns segundos depois, Leyne se afastou, para tirar as peças de roupa que ainda atrapalhavam. Ele se apoiou nas pernas de Tez e abriu o zíper, puxou a calça para baixo, e se posicionou no meio. Seu olhar fixo, encarou Tez, e foi descendo como se acaricasse sua pele, até para no meio, onde ansioso, ele o envolveu com a boca.

Tez: °Leyne°

Tez olhando para baixo, via o rosto de Leyne se movimentando, deslizando. Com a boca ocupada, ele de vez em quando olhava para Tez, até o fazer estremecer.

Tez ainda sentado na cama, mal havia se movido, por estar totalmente a mercê das vontades de Leyne. Em um certo momento, ele segurou a mão de dele, e puxou de leve para cima. O olhar de Tez, se comunicou perfeitamente com Leyne, e quase no mesmo instante, ele subiu, e envolveu seu corpo. Passando os braços sobre o pescoço de Tez, moveu a cintura, incendiando o prazer para ambos.

•••

Algumas horas depois, O Homen desceu as escadas e entrou em seu escritório, o lugar rodeado por janelas de vidro, onde as suas coleções também ficavam. Tez olhou a caneta dourada sobre a mesa, e em seguida pegou o seu celular.

Tez: Boa noite Rodrigo, o Ruan me disse para falar com você, sobre o acidente do Leyne.

[Rodrigo: Boa noite. Sim. Mandei toda a situação para análise de um perito. Porém, somente para confirmar. O Leyne contou para você o que aconteceu?]

Tez: Acho que ele sofreu um choque, não consegue se lembrar do rosto que viu na janela do carro. Isso com certeza o perturbou, ele demorou bastante para relaxar.

[Rodrigo: Bem, se ele lembrar do rosto talvez possamos prender esse criminoso.]

Tez: Criminoso? Até onde entendi, o homem assustou o Leyne, não podemos prender ele só por isso.

[Rodrigo: Chefe, O carro foi sabotado. O acelerador estava travado. Leyne não conseguiu virar o volante, porque sequer teve tempo.]

Tez sentiu a pele queimar de repente, e ficou completamente raivoso.

Tez: Você está dizendo que tentaram matar ele? É isso?

[Rodrigo: Talvez, seja isso.]

Tez: Entendo... Vou fazer uma visita a empresa do meu falecido amigo Antônio amanhã.

[Rodrigo: Acho que não preciso falar para ser discreto não é? Se você alarmar, o culpado vai fugir. Quando o assunto é o Leyne, você... perde a razão às vezes .]

Tez: Sim. Quando o assunto é você também! Quando for com qualquer pessoa que eu amo, sim, eu perco a razão.

[Rodrigo: É... Eu sei. Por isso, agora temos que agir sem emoções. Se quiser eu posso investigar isso com cautela. Estou trabalhando em um caso; um Barman amigo do Ellis, que foi assassinado. Soube que ele tinha uma rixa com um padeiro, estou trabalhando justamente na rua da empresa do West.]

Tez: Certo. Pode investigar. Mas eu vou até lá mesmo assim. Tem um assunto direto para mim lá.

[Rodrigo: Beleza.]

Tez: Rodrigo... Como o Ellis está?

[Rodrigo: Começou o tratamento, mas é bem sofrido. Ele está muito fraco. Temos que ajudar ele até no banho as vezes.]

Tez: Entendi, pobre garoto. Aproveitando o assunto, eu gostaria de perguntar mais uma coisa. Não responda se não quiser, eu só estou preocupado com você.

[Rodrigo: Perguntar o quê?]

Tez: Você, o seu noivo e o ex namorado... Como você está vivendo com eles? Será que o Ruan está mesmo bem, com tudo isso?

[Rodrigo: Eu me apaixonei pelo Ruan, porque é a pessoa mais boa, e mais pura que eu já conheci. Ele deu a ideia de trazer o Ellis para casa, para cuidarmos melhor dele. Eu acho que está tudo bem.]

Tez: E o Ellis entendeu isso? Ele aceitou que você tem um noivo, que você vai se casar em breve?

[Rodrigo: O Ellis... Você sabe. Foi ele quem me deu um fora. Acho que nem tem direito de ficar chateado]

Tez: O Ellis é bonito. E ele sabe como seduzir os homens sem esforço. Se você cair, pode perder o Ruan. Ele pode ser a pessoa mais boa e pura que você já conheceu, mas pelo pouco que sei dele, ele é correto, e não vai aceitar ser enganado.

[Rodrigo: É... Eu sei. Mas isso tudo... É bem mais complicado do que você pensa.]

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