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Em frente ao prédio alto, do lado de dentro, Leyne aguardava a chuva passar, ao lado dele, um homem se aproximou há alguns minutos. Seu nome era Nilson, um dos encarregados de setores da empresa. Um homem de trinta anos, bem vestido, e sempre usando o mesmo penteado, lambuzado de gel, e perfeitamente separado ao meio.
Leyne se demonstrou perplexo com a pergunta que o homem acabará de fazer.
Leyne: Me levar para casa? Você está pensando bem? Não tem motivo algum para eu querer pegar uma carona com você. Se coloque no seu lugar, e vá para sua casa de uma vez!
Nilson: Receio que tenha o ofendido de verdade dessa vez. Pelo seu tom de voz. Me perdoe. Eu entendi. O senhor tem que manter a sua imagem, e o que pensariam não é mesmo?
Leyne: Não tem nada a ver com a imagem! Tem a ver com o que poderiam ser as suas intenções!
Nilson se aproximou.
Nilson: É simples, você é muito atraente, se eu trabalho bem aqui nessa empresa, é unicamente por você. Eu penso em você todo o tempo. Eu penso em você no banho, somente enrolado em um roupão. Penso em você sentado á mesa do escritório... Você me inspira. E com isso, talvez entenda quais são as minhas intenções. Eu vou embora agora, porque me ordenou, mas não desistirei tão facilmente.
O homem saiu deixando Leyne irritado.
Leyne: Que babaca sem noção! Ridículo! Eu deveria mandar esse otário embora!
Esquecendo a chuva, devido a sua irritação, Leyne atravessou se molhando, até entrar no carro.
Leyne: Agora eu entendi tudo! Como posso ser tão burro... Depois de tudo o que eu passei? Esse cara está fazendo de propósito! O dia que invadiu a minha sala quando eu estava trocando a blusa. Quando ele encostou em mim no elevador... Esse olhar e essas risadas, e como pode dizer aquilo tudo para mim? Que horrível! E que nojento! Estou sendo assediado!!. Preciso contar tudo para o Tez...
Três batidas no vidro, mostraram uma silhueta do lado de fora, que não se podia observar bem, por causa das gotas de chuva que caiam. Leyne baixou o vidro, e se assustou.
Leyne: VOCÊ!?
O carro deu partida, e acelerou. Assim que passou o cruzamento, o veículo atingiu um poste.
°°°
No hospital o som dos sapatos de Tez Sallene ecoou enquanto ele entrava correndo. Seu olhar, alcançou um médico conhecido, então ele parou.
Tez: Ruan! Como ele está? O que aconteceu com ele?
No crachá do médico, podia se ler: Doutor Ruan Pontes.
Ruan: Calma Tez, não foi grave.
Tez: Não foi? Que alívio. Posso ver ele?
Ruan: Pode sim. Mas, depois fala com o Rodrigo. Ele estava em um bar investigando uma coisa do caso que ele pegou, na mesma rua. Escutou a batida, e reconheceu o carro do Leyne... Tez, o Leyne atravessou o cruzamento e não virou o volante. Estava em alta velocidade. E ele não está alcoolizado. Isso é muito estranho. O Rodrigo vai saber explicar melhor que eu. Então depois fale com ele.
Tez: Entendi, Obrigada.
Tez entrou no quarto, e já sentiu alívio ao ver Leyne olhando para ele.
Tez: Querido? O que houve?
Tez tocou o rosto de Leyne com cuidado, haviam alguns arranhões e pequenos cortes.
Leyne: Tez! Foi assustador! Eu achei que ia morrer. Mas eu ia morrer pensando em você. Porque queria muito te contar uma coisa, eu estava atormentado com isso sabe...
Tez: Leyne fica calmo. Você está muito acelerado. Tenha calma.
Leyne: Mas eu preciso te cobrar isso, é um absurdo!
Tez beijou a testa de Leyne.
Tez: Está falante como sempre, então não foi nada sério.
Leyne: Foi sim. Eu estou dolorido. Me dá atenção por favor. Me escuta, é um assunto sério.
Tez puxou a cadeira e se aproximou de Leyne.
Tez: Me perdoe querido, pode falar.
Leyne: Estou sendo assediado. Mas até então, eu não percebi. Tem um encarregado na empresa, o nome dele é Nilson. Um dia, eu derrubei café quente na blusa e fui para minha sala me trocar, sempre levo uma camisa extra, você sabe né? Esse homem entrou na minha sala e ficou me olhando. Bem, ele deu uma desculpa qualquer e foi embora. Uma outra fez no elevador, ele encostou as "Partes" em mim. Ele disfarçou e se afastou. O elevador estava cheio, mas até isso não era um acidente. Ele...
Leyne colocou a mão na cabeça de repente.
Tez: O que foi? Meu amor o que está sentindo?
Leyne: Um mal estar, e uma tontura. Mas já vai passar.
Tez: Eu sei que é muito difícil, mas você tem que ficar quietinho agora tá bom? Vou ver se posso levar você para casa. Só espera um pouco.
Leyne: Tá bom.
A expressão de Leyne foi como a de um cachorro abandonado. Tez foi para o corredor procurar Ruan, e o encontrou perto da recepção.
Tez: Ele está sentindo tontura. Isso é normal?
Ruan: Sim. Ele teve muita sorte Tez. O tranco do cinto de segurança o ajudou a não voar para fora do capô. E o poste amassou o lado do passageiro.
Tez: Então posso levar ele para casa?
Ruan: Pode sim. Qualquer coisa você me liga, eu saio daqui a três horas. Aqui, assinei a alta dele, entrega para o enfermeiro.
Tez: Obrigada.
Enquanto Tez voltava para o quarto de Leyne, notou uma moça no final do corredor olhando para ele. Ela tinha cabelos negros e bagunçados, e usava roupas rasgadas. A moça o encarou por alguns segundos, em seguida caminhou para longe da vista.
Tez: {Quem será essa menina? Com certeza queria alguma coisa.}
Leyne: Posso ir?
Tez: Sim.
Leyne: Você vai me escutar em casa?
Tez: Vou sim. Mas você tem que falar devagar ok? Respire, descanse, e depois fale.
Leyne: Eu vou tentar.
Tez beijou Leyne
Tez: Se não conseguir, vou ter que fazer alguma coisa, certo?
Leyne sorriu
Leyne: Certo. Desculpa por assustar você.
Tez: Está tudo bem.
Leyne: Quando você entrou, sua expressão era de muita procuração.
Tez: Imagino. Isso é porque eu não consigo nem imaginar viver sem você.
Leyne: E eu também não consigo, sem você.
Tez: Vem querido, devagar. Vamos para casa.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Onyxdacocada
ainda tô incrédula com a morte do Antonio West, deve ter sido bem pesado para a esposa, mesmo assim, ainda tô curiosa do por que o Leyne tá sendo tão perseguido
2024-11-02
3
Igor Araujo123
gentee oq q tá acontecendo antes era o Rodrigo e agora ele toma jeito Nilson ele n vai nmr com vc e tomara q o Tez te quebre na porrada
2024-11-07
0
Ana Lúcia
que abusado tomara que o Tez quebre seus dentes
2024-11-04
0