10 - Segundo Susto

Após dois dias de descanso em casa, para se recuperar do susto do acidente que sofreu, Leyne Sallene, parou em frente ao prédio que trabalhava, a empresa emissora West. Antes de sair do carro, ele beijou o marido.

Leyne: Quem sair primeiro avisa o outro?

Tez: Isso mesmo.

Leyne: Beleza, então até mais tarde. Sabe... Queria comer siri no jantar, acha que a gente encontra?

Tez: Se nenhum restaurante tiver no cardápio. Eu pulo no mangue perto do barco Tenência, só passa pegar eles para você.

Leyne: Você é maravilhoso sabia?

Tez: Sim, eu sei.

Leyne: Convencido...

Leyne foi saindo do carro.

Tez: Querido, espere um pouco.

Leyne: O que foi?

Tez: A partir de agora, todas as pessoas nessa empresa são suspeitas. Observe atentamente tudo o que está ao seu redor. Todas as conversas e todas as coisas fora do comum ok? Em qualquer momento, se sentir que está em perigo, me chame. Se eu demorar, use o que te dei.

Leyne: Sim senhor! Pode deixar, agora eu estou muito mais do que treinado. Confia em mim, você tem o melhor parceiro do mundo.

Tez: Bom trabalho.

Leyne: Para você também.

Assim que entrou no prédio, Leyne percebeu que alguns setores ficaram desorientados. Haviam funcionários no corredor conversando. Entre outros coisas não comuns, no decorrer do dia. Por não entender o motivo da desordem, ele não conseguiu trabalhar por muito tempo, então, caminhou até a sala de Rayanne West.

Erick Sinter: Olá Leyne, pode entrar.

Leyne: Erick? Porque está aqui? Onde está a Rayane?

Erick Sinter: Ela já deve estar chegando. Avisou que se atrasaria porque o filho estava meio febril.

Leyne: Entendi. Escuta Erick, quem sabe pode me ajudar. O Setor três está parado. Literalmente, todos os funcionários estão de braços cruzados. E quanto ao pessoal das entregas e instalações de antenas, não querem ir para o caminhão. O setor oito, só de fofoquinhas no corredor. Sabe o que está acontecendo?

Erick Sinter: Sim. Infelizmente o Nilson pediu a conta. Ele organizava os setores. Estão perdidos sem ele. E acredita que foi assim, "do nada"?

Leyne: Eu não me importo que ele queira sair da empresa, só acho que deveria ser mais profissional e cumprir o aviso. Assim poderíamos nos preparar para colocar outra pessoa no lugar dele. Que transtorno! E os encarregados dos setores? Eles não sabem tomar decisões? Não tem um mapa que podem seguir?

Erick Sinter: Leyne, você... É sério? Não se importa?

Leyne: Eu deveria?

Erick Sinter: Bem, você não se pergunta nem ao menos o motivo? Porque um profissional como ele, quer sair da empresa?

Leyne: A vida é dele Erick! Ninguém é insubstituível. O que aconteceu foi que nos deixou com um problema nas mãos e temos que resolver agora. Por favor, reorganize o pessoal.

Erick Sinter: O quê? Eu?

Leyne: Sim. Essa era a sua função antes do Nilson assumir. É o que a Rayane falaria. Pode ir agora, assim quando ela chegar, já resolvemos tudo.

Erick Sinter: É... Tem razão. Melhor eu ir mesmo. Ela não precisa de mais preocupações.

Leyne: Obrigada Erick.

Fechando a porta atrás de si, do lado de fora da sala, Erick se demonstrou bastante irritado.

Erick Sinter: Pessoal! Quero todos voltem aos seus afazeres!

...

Enquanto Erick controlava a situação, Rayane West chegou a empresa, e rapidamente, subiu se juntando á Leyne em sua sala.

Rayane West: Leyne, você consegue verificar as últimas transferências por favor? Céus! Estou tão atrasada e tem tantas coisas para fazer.

Leyne: Sim, claro.

Rayane West: A repórter do canal nove pediu a conta. Acredito que agora, o diretor do programa vai cancelar tudo. Teremos uma vaga, não tinha um pessoal na lista?

Leyne: Tinha sim. Inclusive um chef novo na cidade, que quer um programa culinário.

Rayane West: Chama ele para gente conversar.

Leyne: Certo. Posso marcar amanhã nesse horário?

Rayane West: Sim. Parece bom. Sabe...eu era contra o Antônio, em relação a expandir a emissora sabe?

Leyne: Era contra? Porque?

Rayane West: Pelo que está acontecendo agora. Estamos crescendo, e temos muitos problemas... Isso faz perdermos muito tempo aqui, ao envés de estarmos em família. Tenho que escolher muito bem as pessoas ao meu lado, para poder confiar que cuidem corretamente das coisas aqui, porém, sempre vai ter situações que só eu posso resolver. Vai ser assim sempre, a menos que ele voltasse.

A mulher suspirou.

Leyne: Você...

Rayane West: Sei o que vai dizer, é o que todos me falavam. Ninguém sobreviveria àquela queda. Mas não me conformo com o fato da cauda do avião não ter sido encontrada. E muito menos nada com o DNA do Antônio...

Leyne: O Tez pensou a mesma coisa no começo Ray. Ele estava disposto a ir no local da queda e ele mesmo procurar. Mas a equipe que fez a varredura do acidente, tem muitos anos de experiência. E eles conseguiram convencer o Tez. Ter esperanças é bom, mas não em excesso, para não se frustrar.

Rayane West: Eu sei... São muitas coisas que passam na minha cabeça, sabe? Quando invadiram nossa casa, e o Tez salvou nosso bebê, naquela ocasião... Eu poderia nem estar viva hoje. Sem o Antônio.... Sei lá, se não fosse pelo meu filho eu...

Naqueles momento, Erick Sinter chegou na sala, e parou na porta para escutar a conversa.

Leyne: Rayane, não fale isso.

Rayane West: Está certo Leyne. Então, chega de histórias tristes. Vou me concentrar aqui. Obrigada por sua ajuda. Ficou muito feliz de ter você trabalhando comigo. O Antônio viu seu potencial, e sorte a minha por isso. Porque também ganhei uma amigo.

Erick Sinter: Com licença, senhor Leyne, eu já reorganizei os setores.

O homem virou-se para Rayane.

Erick Sinter: Eu estava fazendo o trabalho do Nilson.

Leyne: Ah, sim. Rayane o Nilson pediu a conta.

Erick Sinter: Posso ajudar a senhora?

Rayane West: Erick, por gentileza, fique no lugar do Nilson até arrumarmos outro. E verifica se alguém da empresa, tem perfil para ocupar o cargo dele. Se tiver alguém, vai ser ótimo! Podemos promover alguém daqui mesmo.

Novamente, o desgosto estavam estampado na feição de Erick, e Leyne percebeu.

Leyne: Vai ser só por um tempo. Já encontramos alguém para o lugar do Nilson, não precisa ficar chateado.

Erick Sinter: Chateado!? Não. Isso é uma honra para mim. Uma vez que já foi o meu setor...

Rayane West: Leyne, vem aqui, olha esse email estranho.

Leyne ignorou Erick, e se aproximou de Rayane.

Leyne: Estranho mesmo. O destinatário é ninguém?

A mulher clicou para abrir o e-mail.

De repente, fotos do menino pequeno, e da babá foram apresentadas em um vídeo.

Rayane West: LEYNE! ESSE É MEU FILHO!

A mulher pegou a chave do carro, e foi para a porta.

Leyne: NÃO! Se acalma! Liga para sua babá para ter certeza. Isso pode ser uma armadilha.

Erick Sinter: Senhora, eu posso te levar para sua casa...

Leyne: Não sem saberemos se é uma armadilha! Me escuta!

Rayane West: Tá... Tá certo.

A mulher pegou o celular e discou.

Rayane West: Willa, está tudo bem? O meu filho, onde ele está?

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Comments

Ana Lúcia

Ana Lúcia

ai tez você é o máximo faz qualquer coisa pelo seu bebê kkkkk

2024-11-19

0

Onyxdacocada

Onyxdacocada

Tomara que o António tenha planejado tudo e não tiver morrido, te odeio Erick, quem for que seja eu vou matar quem triscar no bebê da Rayanne

2024-11-12

0

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