2 - O Trabalho

Após estacionar o seu carro na vaga lateral ao prédio, Tez Sallene entrou pela porta larga de madeira. No salão de recepção, várias baias com oficiais em cada uma delas. No final, na lateral direita, ele passou pela segunda porta de madeira, que o levou a frente a sua sala, o ambiente era decorado com plantas e tinha grandes janelas de vidro. Ao lado do computador uma foto do casamento e uma outra, mostrando ele e um jovem.

Havia um homem sentado na cadeira ao lado da mesa. O homem de cabelos castanhos, barba rala. Ele estava usando moleton verde escuro e um distintivos pendurado em um cordão.

Caio Langer: Tez!!! Eu estava esperando você.

Tez Sallene: Problemas?

Caio Langer: Sim. E é nosso.Temos que resolver o mais rápido possível.

Tez Sallene: Porque não me ligou?

Caio Langer: Porque sabia que você já ia vir. Temos que resolver rapidinho, mas isso não significa que tenho que o obrigar a largar a sua refeição em família.

Tez sentou no seu lugar, e ficou de frente ao homem.

Tez Sallene: Vamos, explique-me.

Caio Langer: O Reginaldo Jenin, conseguiu de alguma forma se liberar da pulseira. A última vez que o vimos, ele roubou salgadinhos de uma loja no quarteirão da casa dele.

Tez Sallene: Certo...

Tez pegou uma pasta preta ao lado, e começou a folhear.

Tez Sallene: Eu peço para eles fazerem relatórios diários...

Caio Langer: Ham? Relatórios?

Tez Sallene: Sim. Para os infratores que controlarmos em condicional, precisamos saber tudo sobre eles. O que fizerem, quem visitaram, onde fizeram comprar e qualquer evento aleatório. Com isso, teremos uma noção de como eles estão levando a liberdade. Alguns, infelizmente, só pensam em vingança. Uma amigo que dedurou, uma namorada que resolveu seguir em frente com outro, um pai que não deu compreensão e nenhum suporte durante esse período. A única coisa que eles querem, é ver essas pessoas pagarem.

Caio Langer: Então... Acontece com frequência?

Tez Sallene: Não aqui na nossa cidade. Ainda mais com a implantação nova. Mas, é o nosso dever ficar de olho... E veja aqui, achei uma coisa interessante. Ele comprou um buquê de rosas vermelhas no dia oito.

Caio Langer: Isso foi antes de ontem.

Tez Sallene: Correto. Talvez seja constrangedor um encontro, com uma pulseira eletrônica no pé. Pode ser uma boa ideia para criar um incentivo.

Caio Langer: Certo, e agora?

Tez Sallene: Vamos procurar as últimas imagens de câmeras, para poder ver alguém a quem poderia se destinar àquelas flores. Depois podemos relatar tudo, e pedir autorização para ir atrás dele.

Tez começou a digitar no seu computador.

Caio Langer: O senhor não sente falta de ser o Chefe geral? Sabe, o xerife ou algo assim?

Tez Sallene: Não.

Caio Langer: Não!? Assim curto e grosso?

Tez Sallene: Não sinto Caio. Antes eu tinha uma responsabilidade muito grande. Claro que eu dava tudo de mim para fazer o meu melhor. Mas, eu tenho um esposo em casa, ele mais novo, exige muita atenção. Gosto de ter tempo para ele.

Caio Langer: Sim eu sei. O Leyne. Ele é muito legal, me deu um suster no natal. Mas como vocês tem tempo juntos? Ele trabalha também né? Na emissora West e...

Tez parou de teclar e baixou a cabeça.

Caio Langer: Céus!! Me perdoe Tez. Eu falei sem pensar. Esqueci completamente do que houve.

Tez Sallene: Tudo bem Caio. Essa é uma coisa que eu também queria esquecer. É doloroso, e eu ainda não me conformei com isso.

Caio Langer: Os peritos confirmaram que foi falha mecânica no avião.

Tez Sallene: Eu sei... Mas é difícil de acreditar de qualquer maneira. Ainda espero ele me ligar com àquele humor único. Foi um ótimo amigo.

Caio Langer: Tenho pena da esposa do menininho.

Tez Sallene: Eu também. Ela parece que morreu com ele. Pobre Rayssa... Encontrei as últimas imagens! Acho que sei onde ele está, vamos?

Caio Langer: Vamos lá agora?

Tez Sallene: Sim, não podemos perder tempo. Ele pode fazer alguma coisa errada. Vou pedir autorização no caminho.

Os homens saíram da sala rapidamente.

...----------------...

No centro da cidade, Leyne acompanhado de um grupo de funcionários, entraram num restaurante de massas. As mesas se juntaram para atender onze pessoas. Alguns deles, seguravam pranchetas, outros tablets.

Márcio Erineu: Senhor Salene, eu queria agradecer por ter levando em conta a minha ideia na semana passada. A Diana substitui muito bem a garota do tempo fixa.

Leyne: Você tem toda a razão. Ela fez um ótimo trabalho. E o quadro do clima não sofreu cortes. Mas a ausência da Gabriela, no bloco dela ainda é um problema para nós. Prestem atenção em mim.

Os presentes pararam de conversar e olharam para Leyne.

Leyne: Quero que saibam que estamos cientes dos comentários espalhados. A administração não escolhe bem os protagonistas? Não dá oportunidades? Favorecem os que puxam o saco? É isso mesmo que vocês acham?

Todos: Não.

Leyne: Ótimo. Porque não é o que acontece. Mesmo se a dona, Rayane quisesse escolher a dedos quem ela gostaria de ter em sua empresa, coisa que poderia sim fazer. Nós valorizamos o esforço, o trabalho duro e a dedicação. Sei que esse comentário foi espalhado para afetar alguns. E nesse caso, como todos aqui são porta voz dos seus setores, eu vou dizer uma coisa para repassarem; Àqueles que estiverem descontentes, eu os convido a visitarem o Rh. Os que tiverem assuntos para esclarecer, podem me procurar. O restante mantenha o foco! Bons profissionais não precisam expor ou desmotivar outros, porque eles sabem o quanto são bons!

Após as palavras de Leyne, o pedido de comida veio e o grupo começou a comer e beber, aliviando o clima tenso. Quando a reunião acabou, todos se dispersaram na frente do restaurante. Leyne, ficou parado na porta, quando percebeu que começou a chover.

Leyne: {Melhor eu aguardar, não estou querendo me molhar. Acabei de me recuperar de uma gripe forte.}

Erick Sinter: Leyne?

Leyne: Oi?

Erick Sinter: Quero agradecer por aquelas palavras. Sei que queria me defender, obrigada.

Leyne: Não foi só por você. A Rayane o promoveu porque confia no seu trabalho. Comigo também foi assim. O Antônio me ofereceu emprego porque me conhecia, e confiava em mim. Eu cheguei aqui, passando na frente de uns, e por cima de outros, e foi difícil me adaptar. Se eu desse ouvido aos comentários, não teria dado o meu melhor, à eles. O casal que me apoiou.

Erick Sinter: Soube que depois da morte do Senhor West ela não voltou para a empresa. Teve depressão é isso?

Leyne: Sim. Imagine você ficar sem o amor da sua vida, e ainda ter um bebê para cuidar sozinho? Fazem três anos, e ela só voltou para empresa à pouco tempo.

Erick Sinter: Agora eu entendo porque me chamaram de "sortudo".

Leyne: Ignore.

Erick Sinter: Obrigada... Quer uma carona?

Leyne: Não precisa, eu vim de carro. Só não quero me molhar muito até chegar nele. Eu não tenho uma saúde muito boa.

Erick Sinter: Beleza, então... Até amanhã.

Erick Sinter tinha trinta e dois anos, e cabelos bem cortados. A sua postura um tanto oficial, demonstravam seriedade. Antes de entrar no carro, ele chamou a atenção de Leyne, ao bater os pés no chão.

Leyne Salene: {Esse pelo visto deve ter vício de limpeza}

Distraído por alguns instantes, Leyne se assustou ao sentir a mão de alguém em tocando o seu ombro. Ao se virar para ver quem era, o semblante de Leyne não pareceu confortável. Ele deu um passo para trás, e encarou o homem.

Leyne: Nilson... O que você quer?

Nilson: Quero te levar pra casa hoje. Por favor, será que só hoje você aceita?

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Comments

Carla Santos

Carla Santos

Tez é o que polícial tenente delegado sargento qual função ele exerce hum esse mistério com a morte desse amigo estou começando achar que já começaram as manipulação através desse pergaminho que estava dentro da caneta dourada

2024-11-02

1

Juniper164.2

Juniper164.2

Deve ser Detetive.

2024-12-28

0

Ana Lúcia

Ana Lúcia

não ele não aceita

2024-11-04

1

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