Ruan com o rosto sereno, falou em voz alta:
"Eles Irão Retaliar"
Rodrigo: Retaliação!? Mas que merda é essa agora? Isso... Tem a ver com quem tio?
Tez: Acredito que isso tenha vindo dos contrabandistas que dissolvemos faz oito meses.
Rodrigo: Como assim contrabandistas? O seu setor não é mais de recondicionamento? É sério que está pensando que é isso?
Tez: Sim. Eles usavam uma fábrica antiga, que inclusive, produziam canetas.
Rodrigo: Soube do caso da fábrica de canetas.
Ruan: Faz sentido. Talvez, se o senhor descobrir quem mandou o recado, pode ter mais informações. Afinal, esse recado diz "Eles". Nesse caso me parece um aviso, e não uma ameaça.
Tez: Sua observação está correta. Tem certeza que não quer mudar de profissão?
Ruan sorriu.
Ruan: Não. Esse é só o meu lado detetive, que eu desenvolvi por conviver com um. Estou muito feliz na minha profissão.
Tez: Certo. Porque não ficam para o almoço?
Ruan: Vamos ter que recusar senhor Tez. O Rodrigo fez reservas no Linguado Gourmet.
Tez: Ual! É um restaurante maravilhoso. Então, aproveitem.
Rodrigo: Me informa o que quer fazer. Não comece nada sem mim.
Rodrigo olhou para Tez, sério.
Tez: Eu o avisarei se houver necessidade. Essa mensagem pode ser apenas um blefe.
Ruan e Rodrigo saíram da casa, deixando Tez e Leyne a sós.
Leyne: Eu conheço você. Não falou exatamente o que está pensando não é? Pensou o mesmo que eu... Maldonados, certo?
Tez: Sim eu pensei. Mas não quero o Rodrigo envolvido nisso. Ele está muito bem agora. E esse rapaz, o Ruan, é um equilíbrio perfeito para ele.
Leyne: Concordo. Mas isso significa...
Leyne ficou parado, olhando para o nada.
Leyne: Que novamente... perderemos a nossa paz.
Tez: Não querido. Eu vou resolver isso mais rápido do que você pensa. Por hora, não saia de casa sem mim, ok?
Leyne: Eu não me importo de ir e voltar para o trabalho com você, mas como faremos isso? Alguma hora, nossos horários vão nos separar.
Tez: Não se preocupe demais. Eu vou pensar em alguma coisa.
Leyne: Sim. Eu sei disso. E o que me tranquiliza é saber que eu tenho você ao meu lado. E agora, eu também posso lutar.
Tez riu.
Leyne: Nem vem com essa! Eu vou lutar sim. Para quê me ensinou tantas coisas, se não for para eu ser o seu parceiro?
Leyne saltou nos braços de Tez, e o beijou.
Leyne: Eu te amo Grandão. Essa "Retaliação" já está frustrada.
Tez sorriu e beijou Leyne. Embora estivesse satisfeito por ver seu amado bem, e pronto para luta, Tez guardava para si, o receio de algo ruim acontecer.
...----------------...
Na empresa West, naquele mesmo dia, às quatro horas da tarde, todos ficaram olhando o homem que entrará afobado, ignorando todos os outros a sua volta, que tentavam o cumprimentar.
Nilson: Senhor Erick!
Erick Sinter: Nilson, tudo bem? O que houve com a sua mão?
Nilson: Nada, nada... Eu vim apresentar meu pedido de demissão.
Erick Sinter: O quê? Está brincando? Assim do nada?
Nilson: Isso... Eu resolvi voltar para a minha cidade... Tenho uma boa proposta de emprego.
Erick Sinter: Seja lá quanto lhe foi oferecido, saiba que a Rayane pode dobrar.
Nilson: Eu sei, mas não quero. Só pega aqui o meu pedido de demissão.
Erick Sinter: Claro, eu pego, mas nós vamos conversar na minha sala primeiro ok? Venha comigo.
Os funcionários nos corredores cochichavam, enquanto o recém promovido, como braço direito da Dona da empresa, levava o Gerente Geral até a sua sala.
Erick Sinter: Certo, por favor Nilson beba um pouco de água e respire um pouco.
Nilson pegou o copo de água, e bebeu.
Nilson: Eu estou tranquilo agora. Por gentileza, aceite o meu pedido de demissão. Eu tenho uma outra coisa em mente, na minha cidade. Por isso, eu quero ir embora hoje.
Erick Sinter: Qual é o motivo real disso? Tão de repente assim? Não pense que vou engolir isso.
O homem olhou para a mão ferida de Nilson, enfaixada com uma atadura.
Erick Sinter: Estou pensando aqui, que você foi ameaçado. Pode ser sincero comigo. Sabe que posso te ajudar. Quem está querendo que você saia da empresa?
Nilson: Ninguém! Sou eu que quero sair.
Erick Sinter: Isso tem alguma coisa a ver com o Leyne?
Nilson: Na... não. Não.
Erick Sinter: Você tem dado em cima dele. E de repente, apareceu ferido e quer sair da empresa? Esqueceu que eu ajudei você a entrar? Ao menos uma explicação decente eu mereço.
Nilson: Não. Não tem nada. Eu só quero sair daqui mesmo.
Erick Sinter: Na ausência da Senhora Rayane e do Leyne, eu posso te dar dois dias. Pense melhor, e me conte se tem alguma coisa influenciando sua saída. Alguma coisa, ou alguém.
Nilson: Não há necessidade. Eu não quero esperar dois dias. Anda! Resolva logo isso! Ou terei que ligar para a chefe.
Erick Sinter: Não se atreva! Ela está descansando uma hora dessas.
Nilson: Então me ajude. Não disse que vai ajudar. Aproveitando, me adiante mil, para eu me preparar para a viagem.
Erick Sinter: Ah, entendi. Dinheiro é importante. E o que você acha de cinquenta mil?
Nilson: O quê? Isso... É muito dinheiro.
Erick Sinter: Faria você ficar?
Nilson: É... Não.
Erick Sinter: Mas e se fosse um presente para você ir embora?
Nilson: Porque faria algo assim?
Erick Sinter: Porque você tem uma informação que me interessa. Quero saber quem está ameaçando você?
Nilson: Certo... Eu viu embora mesmo. E com esse dinheiro, eu com certeza posso sumir da vista dele.
Erick Sinter: Eu assino um cheque agora para você.
O homem pegou em sua gaveta, um talão de cheques.
Nilson: Posso saber como tem todo esse dinheiro disponível?
Erick Sinter: Digamos que a minha família só soube acumular a fortuna. Gastar, já é comigo. Fale de uma vez!
Nilson: O marido do Leyne fez isso.
Ele é terrível. Um homem assustador.
Erick Sinter: Claro que é. E um assassino a sangue frio. Você teve muita sorte.
Nilson: Assassino!? Como pode, ele faz parte dos oficiais. Como esse homem anda solto por aí?
Erick Sinter: É bem simples... A cidade considera ele um herói. E como não sobrou ninguém que realmente o conheça, ele segue reinando.
Nilson: Como você sabe de tudo isso?
Erick Sinter: Bem, isso não importa. Aqui está o seu dinheiro.
O homem estendeu a folha de cheque, porém, quando Nilson foi segurar, ele a puxou de volta.
Erick Sinter: Como tudo tem seu preço, eu vou te dar trabalho simples, e longe do alcance do Sallene.
Nilson: O que você tenho que fazer?
Erick Sinter: Você vai receber inf...
O celular de Erick tocou.
Erick Sinter: Só um minuto. Tenho que atender.
[Rayane: Erick, preciso que chame a manutenção para a antena principal. Perdemos sinal de rádio em seis bairros. Pode ver isso para mim?]
Erick Sinter: Sim, senhora. Não se preocupe, eu vou ver isso agora mesmo.
[Rayane: Obrigada Erick, amanhã passe o orçamento no email do Leyne. Nos vemos amanhã a tarde, tenho que levar o meu filho na consulta.]
Erick Sinter: Pode ficar tranquila senhora.
A ligação se encerrou.
Erick Sinter: Eu explico tudo para você depois. Aguarde a minha ligação. Pode sair agora.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Marcia Gonçalves Cardoso
Então quer dizer que esse Eric tá querendo matar o Lene ele vai se lascar porque o Tez acabar com a vida dele
2024-11-10
0
Onyxdacocada
Já não tô gostando desse Erick Sinter, tomara que morra
2024-11-09
2