Capítulo 16

Ilán não sabia quanto tempo havia estado dormindo, até que acordou ao sentir algo pesado sobre sua cintura. Lentamente abriu os olhos e, para sua surpresa, encontrou o rosto sério e atraente de Damon, bem diante do seu.

—Bom dia —saudou Damon com um sorriso suave, sua voz grave enchendo o ar do quarto.

Ilán piscou, esfregando os olhos repetidamente como se tentasse se convencer de que não estava sonhando. Todo o seu corpo parecia estar vibrando levemente, como se as feromonas de Damon, intensas e dominantes, impregnassem o ar, fazendo seu coração bater forte.

—Ah... o que você está fazendo no meu quarto? —exclamou Ilán com um grito, recuando instintivamente. A proximidade com Damon o fazia sentir-se acuado, embora uma parte dele tremesse de uma maneira que não queria admitir.

Mas antes que pudesse se afastar mais, Damon o segurou firmemente entre seus braços, imobilizando-o. Suas feromonas o envolveram, envolvendo Ilán numa mistura embriagadora de desejo e confusão.

—Seu quarto? Tem certeza de que este é o seu quarto? —perguntou Damon, apertando seu abraço, seu hálito quente roçando a pele de Ilán.

Ilán olhou ao redor, desconcertado. Só então percebeu que o quarto não era o dele, mas um completamente diferente, impregnado com o aroma inconfundível de Damon.

—Tch, não me diga que você já esqueceu que ontem nós nos casamos novamente —disse Damon com um tom levemente zombeteiro ao notar a confusão no rosto de Ilán.

Ilán ficou em silêncio, levando uma mão à testa enquanto as lembranças do casamento de ontem voltavam à sua mente. Ele havia se casado novamente com Damon, seu ex-marido! O calor subiu por seu pescoço, e seu pulso acelerou ainda mais.

—Gio... onde está Gio? —perguntou Ilán de repente, lembrando-se de que seu filho havia dormido com eles na noite anterior. O medo começou a se apossar dele ao ver que Gio não estava na cama.

—Ei, calma. Gio está tomando café da manhã com a babá —respondeu Damon calmamente, suas feromonas dominantes enchendo o quarto com uma aura protetora.

Ilán suspirou aliviado, mas esse alívio durou apenas um segundo, pois Damon o virou e o envolveu por completo com seu corpo, ficando sobre ele numa posição claramente dominante.

—O quê-que você quer? —perguntou Ilán, sua voz trêmula. Seu corpo reagia à proximidade de Damon, suas feromonas o faziam sentir inquieto, preso entre o desejo e a indecisão.

Sabia perfeitamente o que Damon queria, mas fazia tanto tempo desde a última vez que estiveram juntos, quando Ilán estava prestes a dar à luz a Gio. A lembrança fez seu estômago se revirar de nervosismo.

Damon não respondeu com palavras, mas com um gesto mais eloquente. Inclinou seu rosto e capturou os lábios de Ilán num beijo lento, mas cheio de necessidade. As feromonas Alfa de Damon se intensificaram, dominando o ambiente e fazendo com que Ilán mal pudesse conter o gemido que ameaçava sair de sua boca.

—Eu quero você —sussurrou Damon contra seu ouvido, enquanto beijava suavemente o lóbulo e descia pelo seu pescoço, provocando arrepios que percorriam a espinha de Ilán.

—Mas Damon, isso é... —Ilán tentou protestar, embora seu corpo já estivesse reagindo aos estímulos de seu parceiro.

No entanto, não conseguiu terminar a frase porque Damon já havia começado a beijar seu peito através do fino tecido do seu pijama, enviando uma onda de calor que o paralisou.

—Pare, Damon! —exclamou Ilán, tentando afastar as mãos que começavam a subir por baixo de seu pijama.

—Por quê? Eu não tenho direito? —disse Damon com um tom sério, olhando-o nos olhos. Suas mãos pararam por um momento. —Lembre-se, precisamos dar um irmão para o Gio o quanto antes.

Ilán ficou em silêncio. O peso das palavras de Damon o fez aceitar o que estava acontecendo. Sua mente tentava se convencer de que tudo isso era pelo bem-estar de Gio. Cada beijo e cada carícia se sentiam como um meio para um fim.

—Uma vez que eu estiver grávido, não quero que você me toque novamente —murmurou Ilán, mais para si mesmo que para Damon.

O comentário caiu como um balde de água fria. Damon, que estava prestes a continuar despi-lo, parou abruptamente. Seus olhos escureceram e, sem dizer mais nada, levantou-se rapidamente da cama, afastando-se de Ilán.

—O que foi? —perguntou Ilán, confuso ao ver Damon pegar sua roupa rapidamente e começar a vestir-se.

—Eu não quero te tocar —espetou Damon com um tom frio e amargo, enquanto subia as calças com movimentos bruscos.

Ilán, ainda despido e vulnerável, levantou-se rapidamente da cama. Seu coração acelerava, mas desta vez não era pelas feromonas de Damon, e sim pelo medo de perdê-lo.

—Não, você não pode ir sem me tocar —disse Ilán sem vergonha, sem se importar que estava completamente exposto diante de seu marido. Seu corpo tremia levemente, mas não de frio, e sim do desespero que sentia. —Eu te imploro, me dê outro filho, faça-me seu novamente.

Damon, que inicialmente havia decidido ignorá-lo, sentindo-se ferido pelas palavras de Ilán, começou a sucumbir à tentação quando sentiu o beijo exigente de seu parceiro e o toque de suas mãos que o atraíam de volta.

—Está bem, vou fazer você meu de novo —disse finalmente Damon, prendendo Ilán com seu olhar intenso—. Mas depois disso, ambos serão meus.

—O quê? —exclamou Ilán, surpreso, empurrando o peito forte do alfa, Damon o olhou com uma intensidade que o fez recuar, seu corpo tremendo ante a declaração final.

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