capítulo 13 whisky e hortelã +18

Maria Elisa Mattos

Um homem de grande porte estava à minha espera. A sala era ampla, com um pequeno palco ao fundo. Ele vestia um terno elegante e estava sentado em uma poltrona vermelha, aparentemente de couro. A iluminação ambiente era dominada por luzes vermelhas, criando uma atmosfera opressiva e misteriosa. A luz que vinha de suas costas que obscurecia seu rosto, deixando-o mergulhado na escuridão e tornando impossível distinguir suas feições.

Havia música ambiente, um copo vazio e umas garrafas de bebidas, em um balcão, próximo à porta. Enchi um com whisky e tomei em dois grandes goles, que queimaram minha garganta, coragem líquida, preferia injetar nas veias

Jason ficou do lado de fora da porta, Juliana me disse que durante as danças privadas o segurança fica dentro da sala, bom, mas eu acho que não estou aqui para dançar mesmo.

Caminhei até o palco lentamente, abrindo os botões do sobretudo, e o deslizei até o chão

A música parou assim que cheguei ao centro, eu me virei de frente para ele, devagar.

- Dance Malí, eu quero te ver!

Sua voz másculas, grossa e firme, soou um tanto familiar, mas não reconheço

Heitor Laurent Richard

Estranhamente seus olhos azuis não saíram da minha cabeça, como se eu já os conhecessem

Eu saí da boate com o robe que tinha o perfume da pele dela, não consegui pensar em outra coisa a não ser nela

E agora estou aqui, ansioso para ter meus olhos sobre ela novamente. Ela entrou em seus saltos e um sobretudo branco

Tomou uma bebida no bar ao lado da porta

E seguiu deslizando pela sala até o palco, onde a luz estava mais forte e soltou seu casaco de um jeito sexy, que me fez admirar suas delicadas mãos, depois de subir os degraus do palco, exigi uma sala privativa, isso quer dizer, sem um segurança

Ela estava com um vestidinho curto e uma camisa rosa mais longa que o seu vestido de alcinha vermelho

Não vou compartilhar com mais ninguém a minha visão

A música ambiente é preparada por alguém, talvez por ela.

Uma música americana começou a tocar,

chris brown- under the influence

Minha boca secou, assim que seu corpo tocou o chão, ela estava dançando deitada, adoraria estar embaixo dela.  Suas mãos estavam em todos os lugares de seu corpo

Ela mexia sua bunda redonda e empinava sem parar, como se estivesse fodendo e eu só queria possuí-la, desejo ter minhas mãos nela

Antes eu estava curioso, agora estou faminto de desejo. Que mulher misteriosa e sexy do caralho!

Ela se levantou e tirou a camisa de seu corpo, e jogou em meu colo

Eu aspirei seu perfume, e é o mesmo da noite passada

Me senti um filho da puta, quero uma Streeper, quero ter uma dançarina que ganha seu dinheiro seduzindo caras como eu

Ela desceu do palco e caminhou até mim, se abaixou e suas mãos tocaram meus joelhos, ela foi subindo devagar, até que seu rosto estivesse próximo ao meu

Seu hálito de whisky e hortelã, misturado ao seu perfume doce, quase me fez perder o juízo

Ela se virou e sentou em meu colo, e meu pau que já sofre nas calças, agora clama pela sua pele desnuda, vejo sua calcinha vermelha

Estou quase melando minhas calças, sua feminilidade e sensualidade é extremamente intoxicante 

Ela é mais do que eu esperava. Seu vestidinho que é levemente transparente e revelava suas curvas, estava agora embolado quase na altura de sua cintura

- O que mais deseja, senhor?

Sua voz baixa e sexy me atingiu. É agora que eu sujo as calças.

- Dance para mim. Continue, não pare!

Seus movimentos, lentos e controlados, misturaram com movimentos de intensidade, onde seu corpo curvava-se com fluidez e os pés a levavam para diferentes partes do espaço com uma leveza quase sobrenatural. Ela era o centro de uma coreografia invisível, onde o ritmo da música e a paixão que irradiava de seus movimentos deixavam qualquer um que a observasse sem palavras.

Ela se sentou em meu colo e eu não me mexi, se esfregou, como se buscasse algo, um alívio, talvez!? Não sei, só sei que estou adorando.

Seus braços se prenderam em torno do meu pescoço, seus seios encostaram em mim e seu rosto com aquela mesma máscara da noite passada estava alí, tão perto, ofegante e tentando reprimir sons de sua garganta

Seus olhos azuis estavam brilhantes e cheios de prazer, ela é linda demais, preciosa demais

E eu estou sofrendo sem ao menos tirar minha mão da poltrona, que agarro com toda minha força, para não atacar a jovem de olhos azuis

Ele está surpresa, e não é pra menos. Eu estou surpreso, sujei minhas calças, com uma garota sentada em meu colo

- Isso foi!

Não consegui dizer mais nada, e ela também, não, vi que sua boca abriu, mas ela não disse nada.

Apenas se levantou, ofegante, pegou seu casaco e saiu pela porta que entrou.

Ela saiu, mas seu perfume ficou em mim, nas minhas roupas, e com certeza gravado na minha cabeça

- Estou fodido!

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