Heitor Laurent Richard
Minha vida anda tão estressante. Depois de um divórcio difícil e uma briga judicial que ela iniciou, mesmo sabendo que perderia, fez questão de ser uma pedra no meu sapato.
— Senhor Richard, tem uma reunião às cinco com um grupo de investidores no restaurante San Lorenzo.
Minha secretária, Liz, veio me lembrar de mais trabalho, como se eu não fizesse outra coisa na vida.
— Obrigado, Liz. Pode ir para casa. Já estou indo para o restaurante.
Ela assentiu, descruzou os braços e fechou a porta.
Reunião com velhos ricos que não sabem onde gastar o dinheiro que acumularam a vida toda.
Batidas na porta.
— Entre!
— Heitor, não precisa de mim nessa reunião! — Robert entrou na minha sala, claramente irritado por eu tê-lo convocado para a reunião de hoje.
Eu sorri e o encarei.
— Não vou fazer isso sozinho. Não tenho mais paciência. Hoje é sexta-feira, e eu não vou conseguir ser um cara simpático e bonzinho sozinho — disse, enquanto me levantava e servia um copo de whisky.
— Só se depois a gente relaxar e se divertir um pouco. Eu pago! — Robert respondeu, rindo.
Eu ri, sabendo bem qual tipo de diversão ele tinha em mente. Me sentei.
— Não estou a fim de pagar para ver mulher pelada dançando!
Ele se sentou e pegou meu copo da minha mão.
— E qual é o problema em relaxar um pouco? E ver uns peitinhos!
— Idiota!
— Você me ama!
Disse isso e tomou o resto do meu whisky.
— Tudo bem, mas você vai na reunião e vai ser o filho da puta engraçadinho que fecha o contrato do cassino.
Ele assentiu, se levantou e colocou o copo no meu mini bar.
— Eu tenho "código de conduta", cara. Sabe que eu sempre consigo, finais felizes! — fez um trocadilho com o nome da boate onde ele quer me arrastar pela terceira vez.
...
A reunião foi proveitosa. Fechamos dois contratos.
Robert ligou para Lucca e Eliot, e claro que estamos aqui, assistindo o show. Duas mulheres passaram pelo palco, se exibindo, peitos e bundas. Nada de anormal.
— Meus queridos, gostaria de anunciar uma novidade. Uma moça muito especial veio do Brasil para iluminar nosso palco. Espero que ela ganhe não só o coração de vocês, mas também suas carteiras.
Brasileira? Será que é a moça pela qual Miguel está obcecado? Ele está louco por uma dançarina brasileira! Não pode ser, se é uma novidade.
— Com vocês, a doce e envolvente Malí!
Uma mulher linda entrou vestida de branco, com olhos azuis e uma máscara branca com contorno preto. Ela parecia um anjo. Cada movimento dela prendeu meus olhos. Sua pele clara e aveludada, suas mãos delicadas... Ela parecia selvagem e, ao mesmo tempo, refinada.
Não consegui tirar os olhos dela. Ela jogou seu robe branco nas minhas mãos, e eu senti seu perfume.
Quando ela tirou a peça que cobria seus ombros, exibindo uma leve sensualidade, eu perdi o controle. Vi o jeito como um sujeito cabeludo olhava para ela e quis sufocá-lo, mas ela o estava provocando.
Ela voltou para o palco, e seu corpo se movia em um ritmo envolvente, acelerando cada vez mais meu coração.
— Quem é essa mulher? — murmurei para mim mesmo.
— Cara, que mulher! Se ela fizer programa, eu quero! — Lucca disse, me irritando.
— Também gostei dela, mas ainda prefiro minha morena Sunshine — Robert comentou, tomando mais uma cerveja. Ele fez sinal para o garçom, que veio rápido.
— Quero uma apresentação particular com a Sunshine. Robert Henri.
O garçom assentiu e digitou no tablet.
— Segundo andar, sala 5.
O garçom respondeu, e Robert saiu apressado.
— Como faço para ter uma apresentação particular com Malí? — perguntei.
Ele me olhou um pouco espantado.
— Só um minuto.
E saiu.
— Também interessado na brasileira? — Lucca me perguntou.
— Apenas curioso.
— Quem está pedindo nossa estrela da noite? — uma mulher de meia-idade, com olhos azuis, se sentou à nossa mesa.
— Richard. Heitor Laurent Richard.
Seus olhos se arregalaram. Meu nome sempre causa esse efeito.
— Senhor Richard, sou Amélia. Podemos ir até meu escritório, onde ficaremos mais à vontade!
Ela se levantou, piscou algumas vezes e encarou meus amigos, como se quisesse memorizar seus rostos.
— As bebidas hoje são por conta da casa!
Nossa mesa já estava cheia de garrafas de whisky e cervejas.
Segui a mulher, que usava salto alto e um vestido longo vermelho com um decote nas costas. Entramos em uma sala ao lado do bar, decorada com couro marrom e madeira.
— Senhora Amélia, vamos tratar de negócios.
Ela sorriu.
— Me chame de Amélia. Costumo ter homens do seu meio em minha casa, mas o senhor é uma novidade por aqui. Saiba que minha pequena Mali não se apresentou para mais ninguém. Essa foi sua primeira performance.
Fiquei surpreso e satisfeito ao ouvir isso.
— Quero exclusividade. Sei que você faz esse tipo de acordo. Ela por um mês, apenas para mim.
Os olhos dela se arregalaram, e sua boca se abriu, mas ela não disse nada por alguns segundos.
— Como viu, ela é especial. E novinha... Acabou de fazer dezenove aninhos. Ela é de uma safra especial.
Dinheiro. Sabia que meu nome atraía a ganância desse tipo.
— E quem disse que estou falando de dinheiro? E, pelo que vejo, sabe que isso não é problema para mim.
Deixei-a desconcertada.
— E se eu arranjar uma noite com ela? Posso oferecer, ela escolhe se aceita ou não Ela escolhe se aceita ou não.
Nunca gostei de forçar nada, e não seria agora que começaria. E pagar por sexo? Jamais. Mas eu precisava vê-la de perto.
— Vamos fazer o seguinte: ofereça a ela um milhão de euros. Pela apresentação, privada.
Ela assentiu, ainda incrédula.
— Vou propor a ela. Assim que tiver a resposta, entrarei em contato com o senhor.
Entreguei-lhe meu cartão.
Apertamos as mãos, e voltei para junto dos meus amigos.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Katia
1 milhão e não meio . Safada demais querendo da o golpe
2025-01-20
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