pauzinhos

Maria revirou os olhos e voltou a senta-se, tentando encontrar algum arrependimento pelo que tinha acabado de acontecer.Mas,por mais que tentasse,não conseguia se arrepender. Sexo com Stefan havia sido intenso, irresistível

Quando o avião finalmente pousou e Maria e Stefan desembarcaram, o saguão do aeroporto estava cheio de gente apressada, mas Maria sentia como se o mundo tivesse desacelerado por um instante. Ela tentava ignorar Stefan, que andava ao seu lado com aquele ar de superioridade que tanto a irritava e, ao mesmo tempo, a atraía.

"Eu posso te levar pra casa, se quiser", disse Stefan com um sorriso provocador, como se soubesse que Maria o negaria apenas por orgulho.

Maria suspirou, cruzando os braços. "Não, obrigada. Minha amiga vai me buscar. Não preciso de um mafioso me servindo de motorista."

Stefan arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo com a resistência dela. "Nós vamos nos ver em breve, doce Maria. Você sabe disso."

Maria revirou os olhos, mas antes que pudesse responder, ela viu os homens de Stefan se aproximando. Era evidente que eles eram seus seguranças, com posturas sérias e olhares atentos. Ela não pôde deixar de sentir a tensão no ar.

"Até nunca mais, Dom Stefan... babaca", disparou ela com firmeza, tentando encerrar a conversa de uma vez por todas.

Antes que pudesse dar um passo para longe, Stefan se inclinou rapidamente e roubou um beijo, pegando-a de surpresa. O beijo foi intenso, breve, mas cheio de uma provocação que a deixava desarmada.

"Te vejo em breve, gostosa", ele murmurou contra seus lábios, antes de se afastar, o sorriso cínico ainda em seu rosto.

Maria ficou parada por um segundo, ainda processando o que havia acontecido, quando de repente ouviu uma voz familiar.

"Amiga!" Miller gritou do outro lado do saguão, correndo até Maria. Seus olhos se arregalaram ao ver Stefan, claramente sem saber quem ele era, mas percebendo a tensão entre os dois. "Quem é esse cara?", perguntou desconfiada, enquanto olhava de Stefan para Maria.

Maria, ainda um pouco atordoada pelo beijo, rapidamente puxou Miller pelo braço, tentando afastá-la dali o mais rápido possível. "Não é ninguém importante", disse ela com um suspiro, forçando um sorriso. "Vamos, temos muito o que conversar."

Enquanto as duas se afastavam, Maria ainda sentia o olhar de Stefan sobre ela. Mesmo que não quisesse admitir, sabia que ele estava certo: aquele não seria o último encontro entre eles.

Miller olhou para trás por um instante, intrigada, mas Maria a puxou novamente, determinada a não deixar Stefan ocupar mais espaço em sua mente.

"Amiga, o que aconteceu? Quem é aquele cara?", Miller insistiu enquanto entravam no carro.

Maria respirou fundo antes de responder, tentando afastar o turbilhão de emoções. "Ele... é só alguém que eu preferia nunca mais ver. Mas de alguma forma, ele sempre aparece."

Miller franziu a testa, mas resolveu não pressionar mais por enquanto. Elas tinham muito a conversar, e Maria sabia que, cedo ou tarde, teria que contar tudo o que aconteceu. Mas naquele momento, tudo o que ela queria era esquecer Stefan e seguir em frente.

Assim que Maria chegou em casa, ela foi direto para o banho, tentando lavar não apenas o cansaço da viagem, mas também as lembranças turbulentas de tudo o que havia acontecido em Las Vegas. Miller, sua melhor amiga, estava sentada no sofá da sala, ansiosa e cheia de perguntas, mas sabia que precisava dar um pouco de espaço para Maria.

Enquanto a água quente caía sobre seu corpo, Maria se permitiu um momento de paz. Tentava não pensar em Stefan, no beijo roubado, ou em Caio, e na confusão que sua vida havia se tornado. Assim que terminou o banho, vestiu uma camiseta larga e confortável, secou os cabelos e foi para a sala, onde Miller a esperava com um olhar curioso e impaciente.

“Finalmente!” Miller disse com um sorriso travesso. “Agora você vai me contar tudo! Porque, sério, o Caio não estava com você. E aquele homem... Meu Deus! Quem era aquele gato incrivelmente gostoso?”

Maria riu com o comentário da amiga, sentando-se ao lado dela no sofá. "Ele é... complicado", disse, balançando a cabeça. "Tudo o que aconteceu em Las Vegas foi... uma loucura."

Miller se ajeitou no sofá, pronta para ouvir todos os detalhes. "Loucura? Do tipo divertido ou do tipo ‘você vai me deixar preocupada’? Porque, sinceramente, aquele cara parecia saído de um filme!"

Maria suspirou, sabendo que não tinha como fugir daquela conversa. "Bom... Eu fui para Las Vegas com Caio, mas as coisas começaram a dar muito errado. O 'sombra' que ele mencionou... Era um cara perigoso que ele devia dinheiro, e claro, eu acabei me envolvendo nisso."

Miller olhou para ela, incrédula. "Como assim envolvida? O que Caio fez dessa vez?"

"Ele estava metido até o pescoço em dívidas, e eu, como sempre, tentei ajudar. Mas dessa vez foi diferente... Eu conheci Stefan."

"Stefan? O cara gostoso do aeroporto?" Miller exclamou, já fazendo a conexão. "Espera aí, você está me dizendo que aquele deus grego foi quem te ajudou?"

Maria riu nervosamente. "Mais ou menos. Ele é... Stefan é perigoso. Ele faz parte da máfia, Miller. Não é o tipo de cara que a gente quer por perto. Mas ele me ajudou com Caio, pagou a dívida... Só que as coisas ficaram complicadas entre nós."

Miller arregalou os olhos. "Máfia? Ai meu Deus, Maria! O que você foi fazer? E o Caio? O que ele tem a ver com isso?"

"Caio se meteu nessa confusão toda e me arrastou junto, como sempre. Mas depois de tudo, eu terminei com ele. Não dava mais. Ele estava com ciúmes, começou a me questionar se eu tinha gostado de dormir com Stefan... e eu... Eu só fiquei com tanta raiva que confirmei. Disse que sim, que gostei."

Miller cobriu a boca, chocada. "Você dormiu com o mafioso? E gostou?"

Maria assentiu, olhando para baixo, sentindo-se confusa. "Gostei, mas... não era para ser assim. Eu não deveria estar me sentindo assim. Eu não quero mais Caio, e Stefan... Ele é perigoso demais, não posso me envolver com ele."

Miller ficou em silêncio por um momento, processando tudo. "Amiga... você tem que fazer o que for melhor para você. Mas eu preciso dizer... parece que você finalmente se livrou do Caio, e isso já é um passo enorme."

Maria suspirou, aliviada por ter desabafado. "Eu sei. Agora só preciso lidar com essa bagunça... E com o fato de que Stefan não vai desistir tão fácil."

Miller deu um sorriso cúmplice. "Bem, se ele for mesmo perigoso e lindo assim... Não posso te culpar por ceder, só toma cuidado."

Maria riu, sentindo um pouco do peso saindo de seus ombros. "Sim, vou ter que tomar cuidado. Muito cuidado."

As duas ficaram ali, em silêncio por alguns momentos, compartilhando um entendimento mútuo de que a vida de Maria estava prestes a mudar completamente.

Miller, ainda com o olhar curioso, cruzou os braços e se inclinou para frente. "Tá, espera um pouco... Se ele é esse cara super poderoso, mafioso e tudo, por que ele estava no seu avião? Ele deve ter um jatinho particular, certo?"

Maria soltou um suspiro, balançando a cabeça. "Sim, ele tem. Pelo menos foi o que ele disse. Mas, de acordo com ele, ele preferiu pegar o avião comercial porque... bom, porque eu estava lá."

Miller arregalou os olhos, surpresa. "Sério? Ele disse isso?"

Maria riu, um pouco desconfortável com a lembrança. "Sim, foi o que ele disse. E olha, eu não estou exatamente acreditando em tudo o que ele fala, mas... não tem como negar que ele tem esse jeito de fazer você se sentir especial, mesmo que seja perigoso."

Miller piscou várias vezes, tentando processar. "Espera, ele está tão obcecado por você que preferiu pegar um avião comercial só para estar ao seu lado? Amiga... isso é meio assustador e sexy ao mesmo tempo."

Maria soltou uma risada nervosa. "Assustador é a palavra certa."

Miller estreitou os olhos, desconfiada, e então deu um sorriso malicioso. "Ok, agora me conta o que mais aconteceu. Porque eu conheço esse seu sorriso, Maria. Tem mais nessa história."

Maria ficou em silêncio por um segundo, tentando decidir se deveria ou não contar, mas sabia que Miller não deixaria passar. "Bom... teve uma coisa."

Miller deu um pulo no sofá. "Eu sabia! Conta logo!"

Maria suspirou e olhou para o lado, sentindo o rubor subir em seu rosto. "Aconteceu no banheiro do avião..."

Miller arregalou os olhos e levou as mãos à boca. "No banheiro do avião? Amiga! Eu não acredito!"

"Ele... me seguiu até lá. E eu mandei ele sair, claro, mas... ele não saiu. E então... bom, você pode imaginar o resto."

Miller estava completamente boquiaberta. "Não acredito que você... no banheiro de um avião! Isso é tipo... cena de filme! E como foi?"

Maria olhou para o chão, claramente embaraçada, mas um sorriso travesso surgiu em seu rosto. "Foi intenso, Miller. Muito intenso. Eu tentei resistir, juro que tentei, mas Stefan tem esse jeito... Ele me conhece de um jeito que eu nem sei explicar."

Miller riu alto. "Amiga, você está ferrada. E ele, o que disse depois?"

Maria deu de ombros. "Ele continuou com aquele jeito arrogante de sempre. Disse que eu era uma 'gata selvagem' e que eu sabia que queria tanto quanto ele."

Miller sacudiu a cabeça, ainda rindo. "Esse cara é um perigo, Maria. Mas você definitivamente está se metendo numa aventura como nunca teve."

Maria suspirou, cruzando os braços. "Eu sei... e é isso que me assusta."

Maria olhou para a mesinha ao lado do sofá, onde uma foto dela com Caio estava emoldurada. Eles sorriam, abraçados, e a lembrança dos momentos bons juntos a fez suspirar profundamente. "Foram quatro anos juntos, Miller... Vivemos tanta coisa boa." Sua voz estava baixa e melancólica. "Mas depois de dois anos ele começou com esse vício de ficar devendo dinheiro. Ele faz muita falta, sabe? Mas ao mesmo tempo, esse término me deixou com a sensação de que ele virou mais um amigo... Um amigo que só quer se livrar das dívidas e de tudo que me machuca."

Miller olhou para a amiga com empatia. "Eu sei que você se preocupa com ele, Maria. Mas ele precisa de ajuda, de tratamento. E eu entendo que você quer se afastar, mas ao mesmo tempo não consegue."

Maria passou a mão no rosto, tentando organizar seus sentimentos. "Exatamente. Nós três nos conhecemos desde crianças. Eu sei que Caio precisa de ajuda, mas sinto que, ao me afastar dele, estou o abandonando. Eu... simplesmente não consigo."

Miller inclinou-se para a frente e segurou a mão de Maria. "Escuta, vocês podem continuar sendo amigos, Maria. Mas você precisa parar de pegar as dívidas dele. Se ele realmente quer se recuperar, isso tem que começar com ele enfrentando as próprias consequências. Você já fez muito por ele."

Maria assentiu levemente, tentando absorver as palavras de sua amiga. Ela sabia que Miller estava certa, mas isso não tornava a situação menos dolorosa.

De repente, Miller deu um sorriso largo e misterioso. "Agora, eu tenho uma surpresa pra você."

Maria arqueou uma sobrancelha, curiosa. "O que é, Miller?"

Miller se inclinou para trás, cruzando os braços com um sorriso satisfeito no rosto. "Nós fechamos um contrato com a empresa Salvatore."

Maria congelou, os olhos arregalados em choque. "Espera... Salvatore? Esse é o sobrenome do Stefan!"

Miller riu, balançando a cabeça. "Exatamente. Parece que o seu mafioso babaca gostoso tem mais influência do que imaginávamos. Ele provavelmente mexeu alguns pauzinhos para garantir que vocês dois continuem se cruzando."

Maria passou a mão pelos cabelos, sem acreditar. "Eu não acredito nisso... O que ele está fazendo agora? Quer controlar minha vida profissional também?"

Miller sorriu, divertida com a situação. "Bom, pelo menos parece que ele está disposto a investir em você e em nossa empresa. Talvez isso seja uma coisa boa, Maria."

Maria bufou, ainda incrédula. "Eu não sei se isso é uma coisa boa ou um pesadelo esperando para acontecer. Stefan Salvatore não faz nada sem uma intenção por trás."

Miller deu de ombros. "Talvez. Mas agora ele é um cliente. E você vai ter que lidar com isso."

Maria suspirou profundamente, já sentindo o peso dessa nova fase. "Acho que essa história com Stefan está longe de acabar..."

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