#16 - Entre o Amor e o Contrato

...Oliver...

Eu imaginava que, após nossa noite juntos, Eduarda fosse agir de maneira diferente comigo. No entanto, ela passou o dia inteiro fora de casa, retornando apenas algumas horas antes do jantar.

Assim que Miranda me avisa de sua chegada, largo tudo o que estou fazendo no escritório e sigo diretamente para o nosso quarto.

O som da água ainda ecoa pelo banheiro quando entro. Encosto-me à cômoda, cruzando os braços, enquanto aguardo. Meu peito está pesado, uma inquietação crescente tomando conta de mim.

Quando Eduarda finalmente sai do banheiro, ela parece levar um susto ao me ver ali, tão inesperadamente, e, no reflexo do choque, deixa a toalha cair. Seu corpo enrijece por um breve instante antes que ela se abaixe rapidamente para pegá-la, cobrindo-se apressadamente.

Eduarda — Achei que estivesse no escritório — sua voz soa indiferente, quase casual, enquanto segue em direção ao closet, sem sequer me encarar.

Meu maxilar se contrai. Por que ela está agindo assim? Por que parece tão alheia a tudo o que aconteceu entre nós?

Oliver — Onde você estava? — É tudo que consigo dizer, meu tom mais ríspido do que o planejado. Estou tão p*** que minha paciência se esgota antes mesmo de tentar controlá-la.

Ela solta um suspiro breve, sem emoção.

Eduarda — Eu estava com Nic. Não consegui avisar porque meu telefone descarregou. — Sua resposta é direta, sem qualquer espaço para questionamento.

Ela deixa o closet, pronta para retornar ao banheiro, como se a conversa já tivesse chegado ao fim. Como se eu não estivesse ali, como se nada entre nós importasse.

Agarro seu braço com firmeza, mas sem brutalidade, impedindo-a de se afastar.

Oliver — Precisamos conversar.

Ela se vira levemente para mim, mas não há surpresa em seus olhos. Apenas uma frieza contida.

Eduarda — Achei que já estivéssemos fazendo isso.

A maneira como ela diz isso me atinge como um golpe.

Oliver — Você vai mesmo agir como se nada tivesse acontecido? — murmuro, soltando seu braço e levando minhas mãos até seus cabelos ainda úmidos, afastando-os delicadamente para trás de sua orelha. Quero ver sua expressão, quero que ela me olhe nos olhos.

Eduarda respira fundo antes de continuar, seus ombros tensos como se carregassem um peso invisível.

Eduarda — Oliver...

Ela dá um passo para trás, criando distância entre nós. Meu peito se aperta com o gesto.

— Eu preciso me trocar, e não acho que tenhamos nada a dizer um ao outro. Foi bom, divertido. Nada além disso. E afirmo a você que não voltará a se repetir. Então, mantenha o máximo de distância possível de mim, caso ainda deseje permanecer casado.

As palavras saem de sua boca sem hesitação, cortantes como lâminas afiadas.

Fico parado, observando-a entrar no banheiro novamente, ainda tentando processar o que ouvi.

Eu sabia que seria difícil, mas não imaginei que seria tanto.

Suspiro, passando as mãos pelos cabelos. O que diabos eu deveria fazer agora?

"Oliver, você precisa amolecer essa fera."

Mas como?

Talvez sair para beber fosse uma boa ideia...

...☆☆☆☆☆☆☆...

■ Bar 🥃

O bar está levemente movimentado, a iluminação baixa e amarelada criando sombras alongadas sobre o balcão. O som abafado de conversas e risadas ecoa pelo ambiente, misturado ao tilintar de copos e ao som de um blues suave tocando ao fundo.

Eu giro o uísque no copo, observando o líquido âmbar deslizar pelas laterais enquanto tomo um gole lento. A bebida queima levemente minha garganta, mas não o suficiente para apagar a frustração que se agita dentro de mim.

Vitor se aproxima, lançando-me um olhar inquisitivo antes de puxar um banco e se sentar ao meu lado.

Vitor — O que está acontecendo? — Ele pergunta, pegando a cerveja que o garçom acabara de deixar à sua frente. — Achei que a essa altura você estaria curtindo a vida de casado.

Solto uma risada curta, sem humor, e dou mais um gole na bebida antes de responder.

Oliver — E quem disse que não estou curtindo?

Ele ergue uma sobrancelha, me analisando com ceticismo.

Vitor — E com isso você quer dizer...?

Dou de ombros, pousando o copo sobre o Balcão com um baque surdo.

Oliver — Nada. Só senta aí e bebe um pouco comigo. Mas, não muito. Você ainda precisa me levar para casa.

Vitor solta uma risada sarcástica e me encara.

Vitor — Eu virei sua babá agora?

Sorrio de canto e o encaro por um instante antes de responder:

Oliver — Exatamente isso. Então, nada de garotas e nada de se embebedar.

Ele cruza os braços, fingindo estar pensativo.

Vitor — Se eu não te conhecesse... — Ele faz uma pausa, estreitando os olhos para mim. — O que você está tramando?

Dou um suspiro exagerado, levando o copo aos lábios mais uma vez.

Oliver — Nada. Eu não posso simplesmente beber um pouco com meu amigo?

Vitor me observa em silêncio por alguns segundos antes de soltar um suspiro resignado.

Vitor — Não me diga que isso faz parte do seu plano de conquista? — Ele pergunta, arqueando as sobrancelhas.

Oliver — Por que você acha isso? — questiono, tentando soar indiferente.

Vitor — Porque eu te conheço, Oliver. E vou logo avisando: você fica insuportável bêbado.

Solto uma risada baixa e provoco:

Oliver — Não era o que as garotas diziam na faculdade.

Vitor revira os olhos, pegando sua cerveja e bebendo um gole.

Vitor — Essas garotas não sabiam de nada.

Dou de ombros, voltando minha atenção para o copo quase vazio em minha mão.

Oliver — Apenas sente aí e me leve para casa quando eu estiver completamente bêbado. É pedir demais?

Ele balança a cabeça, rindo.

Vitor — Ok, ok. Pode deixar comigo. Serei a melhor babá que você já teve.

Ele pisca para mim, brincalhão, enquanto levanta a garrafa para um brinde.

Sorrio de canto e bato meu copo contra o dele.

...☆☆☆☆☆☆☆...

...Eduarda...

■ Jantar 🍽

Assim que chego à mesa, cumprimento o senhor Alexander com um leve sorriso nos lábios.

Eduarda — Boa noite, senhor González.

Alexander — Boa noite, minha filha.

Miranda — Já que todos estão à mesa, vou começar a servir o jantar.

Ele franze o cenho, olhando ao redor antes de perguntar:

Alexander — Como assim, todos? Oliver não irá jantar conosco? Esse meu neto... Não acredito que ele ainda está enfurnado naquele escritório.

Miranda — O senhor Oliver saiu tem um tempo.

Sinto um leve sobressalto ao ouvir isso e, antes que perceba, as palavras escapam dos meus lábios.

Eduarda — Ele saiu?

Seu avô me observa por alguns segundos, analisando minha expressão com atenção. Me recomponho rápido e tento soar indiferente.

Eduarda — Ah, claro. Esqueci que ele comentou que se encontraria com um amigo.

Minto.

Ele suspira, parecendo pensativo.

Alexander — Imagino que esteja cansada, por isso não o acompanhou. Passou o dia todo fora. Oliver disse que estava com sua prima. Os casamentos hoje em dia não são mais como antigamente.

Fico grata pelo senhor Alexander ser bastante compreensivo e por ele fazer o possível para não se envolver em nosso relacionamento. Por mais que, em alguns momentos, ele seja sincero demais em suas opiniões, isso é compreensível. É fácil perceber seu cuidado e preocupação com o neto. Tudo o que ele quer e deseja é que Oliver seja feliz. Só que, infelizmente, não poderei contribuir com isso, por mais que goste de seu avô.

...☆☆☆☆☆☆☆...

Já no quarto, me pergunto se o motivo de Oliver ter deixado a mansão foi a nossa conversa. Mas por que ele faria isso?

Tudo o que temos não passa de um mero contrato, nada além disso. Então, logo descarto essa hipótese.

Faço o possível para me concentrar nos estudos, mas as horas passam, e nenhum sinal de Oliver. Tento afastar a inquietação, mas a ausência dele me incomoda mais do que deveria.

Quando o telefone toca, corro para atendê-lo, sentindo uma esperança irracional crescer dentro de mim. No entanto, ao olhar o identificador de chamadas, essa esperança se esvai.

Denise.

Não entendo por que seu nome na tela me causa um desânimo tão grande.

📱 Cell

Denise – Oi, amiga! Como vai?

Eduarda – Oi, Deni. Por que está me ligando a essa hora?

Denise – Nossa, não posso ligar para saber como está minha melhor amiga?

Hesito. Não me lembro de sermos tão próximas assim.

Eduarda – Estou ocupada. Caso tenha esquecido, temos um trabalho para apresentar amanhã.

Denise – Ah, sim, o trabalho... Já finalizei o meu, por isso liguei. Estou em um barzinho com algumas colegas da turma. Não quer vir para cá, se juntar a nós?

Reviro os olhos.

Eduarda – Você sabe muito bem que não curto essas coisas. Além disso, já está tarde. Tenho que dormir, pois...

Denise – Não acredito!

Seu tom muda completamente, carregado de empolgação.

– Você não vai acreditar em quem acabei de ver aqui!

Solto um suspiro impaciente.

Eduarda – Denise, eu realmente preciso...

Denise – Oliver! Nosso professor gostoso está aqui.

O nome dele ecoa em minha mente, despertando uma inquietação incômoda.

Eduarda – Oliver?

Denise – Isso mesmo. E ele não está sozinho.

Sinto meu coração acelerar. Minha respiração se altera, mas forço um tom indiferente.

Eduarda – Não? – pergunto, tentando soar desinteressada. – Quer dizer... Ele está com alguém? Como é a pessoa que o acompanha?

Denise – Extremamente bonita.

A resposta atinge meu peito como um golpe invisível.

Eduarda – Bonita? – repito, sentindo uma pontada de decepção.

Uma voz Fria e racional dentro de mim tenta me fazer encarar a realidade.

"Eduarda, você não está chateada."

"Era exatamente isso que você queria."

"Ele está com alguém. Ele está com uma pessoa extremamente bonita."

Por mais que tente, não consigo conter a enxurrada de pensamentos que invadem minha mente. A voz de Denise se torna distante, como se estivesse falando de muito longe.

Eduarda – Denise... Está ficando tarde. Eu...

Denise – Tudo bem, chata. Te vejo amanhã na faculdade. Me deseje sorte, pois essa é a minha noite!

A ligação se encerra, e fico ali, imóvel, segurando o celular como se ele ainda pudesse me dar alguma resposta.

Afinal, por que estou me sentindo assim?

...☆☆☆☆☆☆...

É difícil pegar no sono depois que encerro a chamada. Viro de um lado para o outro na cama, encarando o teto, mas o sono simplesmente não vem. Meus olhos se fixam no ponteiro do relógio, observando os minutos se arrastarem. Quase meia-noite. Suspiro, tentando afastar o incômodo crescente no meu peito, quando o som insistente do telefone corta o silêncio do quarto.

Estreito os olhos, já esperando ver o nome de Denise na tela. Mas, ao pegar o aparelho, minha respiração vacila. Oliver.

Hesito. Meus dedos ficam suspensos sobre a tela, um turbilhão de pensamentos se formando em minha mente. Com um aperto no peito, deslizo o dedo e atendo.

Desconhecido — Boa noite. Imagino que a tenha acordado — diz uma voz desconhecida do outro lado da linha.

Franzo o cenho, automaticamente levando o celular para checar o identificador novamente. Definitivamente não é Oliver falando.

Eduarda — Quem está falando? — pergunto, tentando manter a voz firme. — Por que você está ligando do telefone do Oliver?

Desconhecido — Peço desculpas pela falta de educação — ele responde, num tom quase formal. — Meu nome é Vitor, sou o melhor amigo do seu marido. Estávamos no bar e… bem, acho que ele bebeu um pouco além da conta. Estou aqui no portão com ele. Você pode…?

Eduarda — Um momento, já estou indo.

...☆☆☆☆☆☆☆...

Exatamente como Vitor disse, vejo seu carro parado na entrada.

Oliver desce do veículo cambaleando, apoiando-se levemente no carro.

Eduarda — Vem, vamos entrar — digo, me aproximando dele, mas, para minha surpresa, ele recua.

Oliver — Não me toque, eu sou um homem casado! Você não está vendo? — Ele fala, levantando a mão e colocando sua aliança diante do meu rosto, como se estivesse me mostrando um troféu. A cena é tão absurda que não consigo evitar um pequeno riso involuntário.

— Vitor, quem é essa mulher? — ele grita com o amigo, sua voz carregada de confusão e raiva.

Vitor — Sua esposa, quem mais seria? — Vitor responde, parecendo se divertir.

Oliver — Ela é a minha Eduarda? — Oliver pergunta, aproximando seu rosto do meu, me encarando como se tentasse me enxergar

— Verdade, é ela mesmo — ele ri, e devo confessar que é um sorriso genuíno. E as covinhas que se formam nele são tão fofas.

"Droga, Eduarda!" — Um grito interno ecoa na minha mente, tentando me lembrar que preciso focar. — Não tem nada fofo ali.

Eduarda — Eu me encarrego dele a partir de agora. Muito obrigada por trazê-lo.

Vitor — Não foi nada — responde Vitor, com um aceno, antes de entrar no carro e partir.

Continua....

...☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆...

...🔴Autora:...

Olá meus amores, peço mil perdões. Mas só consegui terminar o capítulo 16 hoje.

Vejo vocês novamente amanhã.

Espero que estejam gostando desenvolvimento da história. 😊

Ah, não esqueçam de deixar aquele Like ao final de cada capítulo. 👍🏽

Beijinhos. 😘

Até Breve. 👋🏽

Mais populares

Comments

Patrícia Barbosa Ferrari

Patrícia Barbosa Ferrari

Ficou bêbado igual a um gambá 🦨.Achei o máximo quando ele perguntou para o amigo quem é ela? kkkkkkk

2025-02-14

2

Cleidilene Silva

Cleidilene Silva

poxa Oliver, bebeu tanto que não reconhece mulher 😂😂😂

2025-03-12

1

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

Maria Aparecida Monteiro Firmino Cida

com ele bêbado igual uma cabra? impossível

2025-01-13

0

Ver todos
Capítulos
1 #1 - Sombras do Passado
2 #2 - Sombras de um Novo Começo
3 #3 - Nos Passos de um Legado
4 #4 - Na Trilha das Obrigações
5 #5 - Encontro marcado para o fracasso
6 #6 - O Encontro Improvável
7 #7 - Escape Programado
8 #8 - Caminhos Cruzados e Encontros Inesperados
9 #9 - A Proposta Imprevista
10 #10 - Uma Proposta Desesperada
11 #11 - O Peso de uma Decisão
12 #12 - Obrigações
13 #13 - Um Acordo Selado
14 #14 - Entre o Desejo e a Razão
15 #15 - Brincando com Fogo
16 #16 - Entre o Amor e o Contrato
17 #17- Noite de Verdades, Manhã de Dúvidas
18 #18 - O Anúncio que Mudou Tudo
19 #19 - Sombras de Inveja
20 #20 - Flash de Uma Noite
21 #21- Lembranças que Mudam Tudo
22 #22 - Sob a Luz de Manhattan
23 #23 - Quando o Passado se Revela
24 #24 - Entre a Farsa e a Realidade
25 #25 - A Trama Silenciosa
26 #26 - Fofocas e Realidades
27 #27 - Um Convite Indesejado
28 #28 - Doce Ilusão, Dura Realidade
29 #29 - A Decisão de Contar
30 #30 - Entre Decisões
31 #31 - Quando a Verdade Não Pode Esperar
32 # 32 - Verdades Entre Linhas
33 #33 - O Limite da Paciência
34 #34 - Além da Aparência
35 #35 - A Sombra do Passado
36 #36 - O Passado Não Morre
37 #37 - Jogos de Poder e Engano
38 #38 - Jogos de Poder
39 #39 - Traição e Destino
40 #40 - Sob o Peso da Dor
41 #41 - A Última Jogada
42 #42 - Entre a Fúria e a Desconfiança
43 #43 - Ruínas e Recomeços
44 #44 - Promessas de Amor e Felicidade
45 #45 - Uma Surpresa Inesperada
46 #46 - Tudo Que Importa
47 #47 - Laços de Amor e Família
48 #48 - Quando o Amor Transborda
Capítulos

Atualizado até capítulo 48

1
#1 - Sombras do Passado
2
#2 - Sombras de um Novo Começo
3
#3 - Nos Passos de um Legado
4
#4 - Na Trilha das Obrigações
5
#5 - Encontro marcado para o fracasso
6
#6 - O Encontro Improvável
7
#7 - Escape Programado
8
#8 - Caminhos Cruzados e Encontros Inesperados
9
#9 - A Proposta Imprevista
10
#10 - Uma Proposta Desesperada
11
#11 - O Peso de uma Decisão
12
#12 - Obrigações
13
#13 - Um Acordo Selado
14
#14 - Entre o Desejo e a Razão
15
#15 - Brincando com Fogo
16
#16 - Entre o Amor e o Contrato
17
#17- Noite de Verdades, Manhã de Dúvidas
18
#18 - O Anúncio que Mudou Tudo
19
#19 - Sombras de Inveja
20
#20 - Flash de Uma Noite
21
#21- Lembranças que Mudam Tudo
22
#22 - Sob a Luz de Manhattan
23
#23 - Quando o Passado se Revela
24
#24 - Entre a Farsa e a Realidade
25
#25 - A Trama Silenciosa
26
#26 - Fofocas e Realidades
27
#27 - Um Convite Indesejado
28
#28 - Doce Ilusão, Dura Realidade
29
#29 - A Decisão de Contar
30
#30 - Entre Decisões
31
#31 - Quando a Verdade Não Pode Esperar
32
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33
#33 - O Limite da Paciência
34
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35
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38
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39
#39 - Traição e Destino
40
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43
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