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Elena estava no templo de Elyria, trancada em um quarto frio e sombrio. Lucian a havia trancado ali, e a chave estava do lado de fora. Ela tentou abrir a janela, mas era inútil. Olhou ao redor, desesperada por uma saída. Havia um vestido vermelho em cima da cama, mas ela revirou os olhos e ignorou-o.
Procurando por algo que pudesse usar para abrir a porta, Elena vasculhou o quarto, mas sem sucesso. Quando estava prestes a usar seus poderes, a porta se abriu de repente, fazendo-a recuar rapidamente para trás. Lucian entrou, seu olhar frio e calculista.
— Por que ainda não vestiu o vestido? — perguntou ele, notando que o vestido permanecia intocado na cama.
— Não estou com vontade, já que estou aqui contra minha vontade, — respondeu Elena, desafiadora.
Lucian deu um sorriso cruel, seus olhos brilhando com uma malícia fria. — Você não tem escolha, Elena. Ou veste sozinha, ou eu visto para você.
Um calafrio percorreu a espinha de Elena, e ela rapidamente pegou o vestido. — Preciso de privacidade.
Lucian soltou uma risada baixa, debochando. — Privacidade? — Ele fez uma pausa, observando-a com um olhar predatório. — Vista-se rápido.
Ele saiu do quarto, fechando a porta com um estrondo. Elena olhou para o vestido com desgosto, mas sabia que não tinha escolha. Vestiu-se, sentindo-se estranhamente no traje antigo, que realçava sua beleza de uma forma quase mágica. Olhou para si mesma no espelho, tentando encontrar coragem.
A porta se abriu novamente, e Lucian entrou, seus olhos avaliando-a. — Você se parece até que se parece com Elyria, na aparência, mas na personalidade, vocês são completamente diferentes.
Ele a pegou pelo braço, seu toque firme e implacável. Elena tentou se soltar, mas ele a segurou com força, guiando-a para fora do quarto.
— Para onde está me levando? — perguntou Elena, tentando manter a voz firme.
— Para o salão principal, — respondeu Lucian com um sorriso frio. — Temos um ritual a realizar.
Ele a conduziu pelos corredores escuros do templo, cada passo ecoando.
No salão, Elena viu um círculo de símbolos no chão, velas acesas e um altar ao centro. Parecia um ritual antigo e sombrio. O ambiente estava impregnado de uma energia opressiva que fez seu coração bater acelerado.
— O que é isso? — perguntou Elena, tentando manter a voz firme apesar do medo que sentia.
— Para a profecia se cumprir, seus poderes precisam ser despertados, — explicou Lucian com um sorriso frio. — E seus poderes só se manifestariam completamente aos 18 anos. Por isso a profecia só poderia ser realizada quando você atingisse a maioridade.
Ele riu, um som gélido e desdenhoso que ecoou pelo salão. — Acho que Ezequiel não mencionou isso, não é? Mas eu descobri uma maneira de fazer isso antes do tempo, já que seu anjinho da guarda está a caminho.
Elena estava assustada, seu corpo tremendo ligeiramente. — Como você vai fazer isso?
Lucian aproximou-se do círculo de símbolos, gesticulando grandiosamente. — Você vai descobrir em breve. — Ele fez uma pausa, observando-a com olhos predadores. — A profecia é clara: quem estiver em posse do colar e tiver o guardião ao seu lado pode se tornar um deus. É por isso que me aproximei de Elyria. Mas ela percebeu minhas intenções, então roubei o colar. Mas ele não funcionava sem seu portador, e Elyria nunca iria se juntar a mim.
Elena ouviu atentamente, horrorizada. Lucian continuou, seu tom sombrio e pesaroso. — Ela então me atacou, e eu a matei. Eu até que gostava dela de verdade, mas ela não me entendia. Ela escolheu ser a heroína, sacrificando-se para me impedir.
Ele se virou para Elena, seus olhos queimando de determinação. — Agora, eu vou conseguir o que sempre quis. E você ocupará o lugar que para ser de Elyria, mesmo que seja à força.
Elena sentiu um calafrio percorrer seu corpo enquanto Lucian se aproximava. Estava presa em um jogo mortal, ela tinha que sair daquela situação.
Elena foi colocada no centro do círculo, suas mãos amarradas com uma corda mágica que queimava suavemente contra sua pele. A sala estava mergulhada em uma penumbra sinistra, as velas lançando sombras trêmulas nas paredes. Lucian começou a murmurar palavras em uma língua antiga, e a sala parecia tremer com a energia sombria que ele estava invocando.
— Esse ritual irá canalizar suas energias e despertar seus poderes, — disse Lucian, suas palavras frias e calculadas, seus olhos fixos em Elena. — E então, eu serei um deus.
Elena tentou lutar contra as cordas, mas era inútil. A dor da corda mágica era intensa, e ela sentia a energia pulsando ao redor dela, tentando se infiltrar em seu ser. Cada palavra que Lucian pronunciava parecia aprofundar a sensação de desespero.
— Não adianta lutar, — murmurou Lucian, com um sorriso malévolo nos lábios. — Está destinado.
— Você está errado, — sussurrou Elena, sua voz tremendo, mas cheia de determinação. — Eu não sou sua marionete. Não vou deixar você usar meus poderes para o mal.
Lucian riu, um som que ressoou pelo salão. — Tão teimosa quanto Elyria. Mas você não tem escolha. Seus poderes serão meus, e com eles, dominarei tudo.
Elena sentiu a energia se intensificar, seu corpo tremendo enquanto lutava contra a força que tentava dominá-la. A imagem de seus pais, de Gabriel e Sophia, passou por sua mente, dando-lhe força. Ela não podia desistir, não podia deixar Lucian vencer.
— Você pode tentar, — disse ela, com a voz mais firme. — Mas nunca terá o que quer.
Lucian apenas sorriu, continuando a entoar as palavras do ritual, ignorando a resistência de Elena. A energia sombria aumentava, e o tempo parecia parar enquanto o destino de Elena pendia na balança.
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Atualizado até capítulo 21
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