Capítulo 5: Reino de Zephyra.

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De volta ao casarão, Thalion já os aguardava na entrada. Ele era um homem alto, com cabelos brancos que brilhavam à luz do sol e olhos que pareciam conter todo o conhecimento do mundo. Sua presença emanava uma aura de poder tranquilo e sabedoria antiga.

— Vejo que conseguiram o anel de Aether — disse Thalion, com um sorriso sereno. — Muito bem. Vamos preparar o portal.

Gabriel assentiu, segurando o anel com cuidado. — Foi uma jornada difícil, mas conseguimos.

Elena, ainda processando a experiência no templo, olhou para Thalion com curiosidade. — Você é o responsável por nos guiar até o Reino de Zephyra?

Thalion fez um gesto afirmativo com a cabeça. — Sim, sou o guardião das passagens entre os reinos. Zephyra é um lugar de grande beleza e poder, mas também cheio de desafios.

Eles entraram na sala principal, onde Thalion começou a traçar runas no chão com uma precisão impressionante. Ele posicionou o anel no centro do círculo de runas e começou a murmurar palavras antigas. Um vórtice de luz azul começou a se formar, crescendo em intensidade.

Elena observou fascinada enquanto Thalion trabalhava. — Como você aprendeu a fazer isso? — perguntou ela, maravilhada.

Thalion sorriu levemente, sem parar de desenhar as runas. — Anos de estudo e prática. A magia dos portais é antiga e complexa. Exige concentração e conhecimento profundo das artes arcanas.

Gabriel colocou uma mão reconfortante no ombro de Elena. — Thalion é um dos magos mais poderosos que conheço. Estamos em boas mãos.

Thalion terminou de traçar as runas e colocou o anel de Aether no centro do círculo. A luz azul do portal brilhou intensamente, iluminando a sala com um brilho etéreo.

— Este portal os levará à entrada do Reino de Zephyra — explicou Thalion, enquanto a luz azul brilhava cada vez mais. — Mas lembrem-se, Zephyros não cederá a relíquia facilmente. Precisarão provar seu valor.

Ezequiel assentiu, seu olhar firme e resoluto. — Entendemos. Estamos preparados para enfrentar o que for necessário.

Elena olhou para o portal, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação. — O que podemos esperar de Zephyros? — perguntou ela, querendo estar o mais preparada possível.

Thalion olhou para ela com seriedade. — Zephyros é um espírito ancestral do ar. Ele valoriza coragem, honestidade e sabedoria. Se provarem possuir essas qualidades, poderão ganhar sua confiança.

Gabriel e Ezequiel assentiram, enquanto Elena respirava fundo, tentando acalmar seus nervos. — Estamos prontos — disse ela, com firmeza.

Gabriel olhou para ela, seus olhos cheios de apoio e admiração. — Lembre-se, Elena, você já mostrou grande coragem e determinação. Confie em si mesma.

Com isso, o trio se preparou para atravessar o portal. Thalion deu um passo para trás, observando com olhos atentos.

— Boa sorte, meus amigos. Que os ventos de Zephyra estejam ao seu favor — disse ele, sua voz cheia de esperança e encorajamento.

Elena, Gabriel e Ezequiel deram um último olhar para Thalion antes de atravessar o portal, a luz azul os envolvendo completamente. A sensação era como flutuar em um mar de energia, uma experiência ao mesmo tempo desorientadora e emocionante.

Quando a luz finalmente se dissipou, eles se encontravam diante de uma paisagem completamente diferente.

A sensação de vento suave no rosto de Elena a trouxe de volta à realidade. O céu noturno do Reino de Zephyra era incrivelmente estrelado, com constelações que ela nunca havia visto. As estrelas pareciam brilhar com uma intensidade mágica, e o ar era fresco e perfumado com um aroma doce de flores noturnas.

Enquanto caminhavam para encontrar um lugar seguro para passar a noite, Elena tropeçou numa raiz. Gabriel a segurou pela cintura rapidamente antes que ela caísse, seus reflexos ágeis e precisos.

— Você está bem? — perguntou ele, segurando-a com firmeza, seus olhos fixos nos dela com preocupação.

— Sim, só estou... me ajustando a tudo isso — respondeu Elena, sua voz tremendo levemente. Quando ela olhou para Gabriel, percebeu a proximidade entre eles, seu coração acelerando com a intensidade do momento.

Gabriel soltou-a delicadamente e deu um passo para trás, limpando a garganta. — Precisamos encontrar abrigo para a noite. O Reino de Zephyra pode ser perigoso à noite.

Elena assentiu, ainda sentindo a eletricidade do toque dele. — Claro, vamos.

Eles continuaram caminhando até encontrarem uma pequena caverna protegida por rochas e vegetação densa. O abrigo era acolhedor e oferecia proteção contra os elementos. Enquanto Gabriel e Ezequiel organizavam o local, Elena não conseguia tirar os olhos de Gabriel. Havia algo nele que a atraía, uma mistura de força, gentileza e mistério.

Mais tarde, enquanto se preparavam para dormir, Elena se aproximou de Gabriel, que estava montando guarda na entrada da caverna. A luz suave da lua iluminava seu rosto, realçando seus traços fortes e expressivos.

— Gabriel, por que você sempre se afasta quando eu me aproximo? — perguntou ela, com um toque de vulnerabilidade na voz.

Gabriel suspirou e olhou para ela, seus olhos cheios de um misto de carinho e tristeza. — Elena, minha missão é protegê-la, não importa o que aconteça. Qualquer distração pode colocar você em perigo.

Ela se aproximou um pouco mais, os olhos fixos nos dele. — E se eu não me importar com o perigo?

— Você deveria se importar — respondeu Gabriel, sua voz firme mas suave. — Seu papel é crucial. Nada pode interferir nisso, nem mesmo... — Ele parou, como se estivesse escolhendo cuidadosamente as palavras. — Nem mesmo sentimentos pessoais.

Elena ficou em silêncio por um momento, absorvendo suas palavras. Ela sabia que havia uma conexão entre eles, algo que ia além da missão. Finalmente, ela assentiu e se afastou um pouco. — Entendo.

Gabriel ofereceu um sorriso triste, seus olhos refletindo um conflito interno. — Logo isso tudo vai acabar.

Elena sentiu um nó na garganta, mas decidiu mudar de assunto para aliviar a tensão. — Você acha que conseguiremos convencer Zephyros a nos dar a relíquia?

Gabriel suspirou, olhando para o horizonte. — Será difícil, mas não impossível. Zephyros valoriza a verdade e a coragem. Se formos honestos e mostrarmos nosso comprometimento, talvez tenhamos uma chance.

Elena assentiu, sentindo-se um pouco mais tranquila com as palavras de Gabriel. Ela se acomodou perto dele, sentindo uma estranha mistura de conforto e tensão.

— Gabriel, obrigada por tudo — disse ela, a voz suave. — Sei que você está fazendo o possível para me proteger.

Gabriel olhou para ela, seus olhos suavizando. — Não precisa me agradecer, Elena. Proteger você é a minha missão... e algo que eu faço de coração.

Com isso, eles ficaram em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. A noite no Reino de Zephyra era calma, mas cheia de promessas e desafios. Elena sabia que o caminho à frente seria difícil, mas com Gabriel ao seu lado, ela sentia que poderia enfrentar qualquer coisa.

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