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Elena olhou para Gabriel, a determinação estampada em seu rosto. — Precisamos recuperar as relíquias antes que Ezequiel as entregue para Lucian.
Gabriel assentiu. — Sim, temos que agir rápido. E não temos muito tempo. Faltam apenas uma semana para você completar 18 anos.
Elena parou, surpresa. — Eu tinha esquecido completamente disso...
Sophia, que estava ouvindo, interveio, com as mãos na cintura e um brilho travesso nos olhos. — Então precisamos nos apressar. Eu vou ajudar.
Gabriel balançou a cabeça. — Não, é perigoso. Você deve ficar aqui.
Elena concordou. — Ele está certo, Sophia. Não quero te colocar em risco.
Sophia cruzou os braços, desafiadora, e com um sorriso debochado. — Em primeiro lugar, Gabriel, você não manda em mim. Em segundo lugar, Elena é minha amiga. Eu não vou deixá-la sozinha. Além disso, alguém precisa de bom senso e charme nesse grupo, e claramente vocês dois não têm.
Gabriel levantou uma sobrancelha, confuso. — Charme?
Elena não pôde deixar de rir ao ver a expressão de Sophia e a confusão de Gabriel. — Tudo bem, Sophia. Mas vamos ser cuidadosos.
Sophia piscou para Gabriel. — Não se preocupe, Gabriel. Vou te proteger.
Gabriel pensou por um momento, os olhos fixos em um ponto distante. — Podemos rastrear o colar de Elena. Foi assim que consegui encontrá-la na primeira vez que nos vimos.
Elena inclinou a cabeça, curiosa. — Como você vai fazer isso?
— Com um ritual de rastreamento. — Gabriel respondeu, a confiança em sua voz. — Precisamos de alguns materiais específicos para isso.
Sophia, sempre rápida, já estava pegando um caderno e uma caneta. — E o que precisamos, exatamente?
Gabriel começou a listar os itens necessários: — Uma vela branca, uma tigela de água, um mapa da região, um pouco de sal.
Sophia anotava freneticamente. — Certo, vou ver o que consigo encontrar.
Elena, tentando organizar os pensamentos, olhou ao redor. — A vela e a tigela de água devem estar na cozinha. O mapa... talvez no escritório do pai de Sophia.
— O sal está na cozinha também. — Elena completou, já se levantando.
Sophia sorriu. — Vamos lá, então. Quanto mais cedo encontrarmos tudo, mais cedo podemos começar.
Enquanto Gabriel se preparava mentalmente para o ritual, Sophia e Elena começaram a vasculhar a casa. Primeiro, foram até a cozinha. Sophia puxou uma gaveta e encontrou a vela. — Aqui está! — exclamou, vitoriosa.
Elena encontrou uma tigela de cerâmica bonita no armário e encheu-a com água da torneira. — Pronto. Duas coisas resolvidas.
Sophia colocou a vela e a tigela na mesa da cozinha. — Agora, o sal. — Ela abriu outro armário e pegou o saleiro. — Isso deve servir.
Sophia sorriu. — Agora só falta o mapa. O escritório do meu pai é aqui.
Elas subiram as escadas e entraram no escritório. Papéis e livros estavam espalhados por todos os cantos. — Aqui está o mapa. — Elena disse, puxando um velho mapa da região de uma prateleira.
Elena olhou ao redor, admirando a quantidade de livros. — Seu pai tem uma coleção impressionante. — Ela comentou, pegando um livro aleatório.
— Sim, ele adora ler. — Sophia respondeu.
Com todos os itens em mãos, Sophia e Elena desceram as escadas e voltaram para a cozinha, onde Gabriel estava esperando, preparando o espaço para o ritual.
Com todos os materiais reunidos, Gabriel começou a preparar o ritual. Ele traçou símbolos intrincados no chão com sal, formando um círculo ao redor dos itens reunidos. Depois, acendeu a vela branca e colocou a tigela de água no centro do círculo. Murmurando palavras em uma língua antiga, ele entrou em um estado de concentração profunda.
Elena e Sophia observavam em silêncio, fascinadas e um pouco nervosas. Sophia sussurrou para Elena: — Isso é muito legal. Espero que funcione.
Elena assentiu, tentando esconder sua ansiedade. — Gabriel sabe o que está fazendo.
Gabriel fechou os olhos e estendeu as mãos sobre o mapa da região, que estava aberto no chão. A chama da vela tremulava, lançando sombras dançantes nas paredes. Ele murmurou mais algumas palavras antes de abrir os olhos de repente, que agora brilhavam com uma luz sobrenatural.
— Encontrei. — disse Gabriel, sua voz mais grave do que o normal. — Ezequiel está em uma gruta atrás de uma cachoeira, perto de Nova Harmonia.
Elena sentiu um misto de alívio e apreensão. — Então é para lá que vamos.
Sophia se aproximou, visivelmente empolgada e preocupada ao mesmo tempo. — Uma gruta atrás de uma cachoeira? Parece cena de filme. Você tem certeza, Gabriel?
— Absoluta. — Gabriel respondeu, suas feições voltando ao normal. — Não podemos perder tempo. Cada minuto conta.
Elena olhou para Gabriel, sua determinação renovada. — Estamos juntos nessa. Vamos trazer as relíquias de volta.
Sophia sorriu, tentando aliviar a tensão. — E dar uma boa lição nesse Ezequiel.
Gabriel pegou a vela e apagou a chama, encerrando o ritual. — Precisamos nos preparar para a viagem. Pode ser perigoso.
Elena se virou para Sophia. — Eu sei que você quer ajudar, mas preciso que você fique segura. Se algo der errado, quero que você esteja bem.
Sophia revirou os olhos, mas sorriu. — Você sempre cuida de mim, Elena. Mas eu sou mais forte do que você pensa.
Elena riu. — Eu sei que você é, Sophia. Só não quero te perder também.
Gabriel pegou sua mochila e começou a guardar os materiais. — Vamos nos preparar. Partimos em breve.
Enquanto Elena e Sophia ajudavam Gabriel a arrumar tudo, um sentimento de esperança misturado com nervosismo pairava no ar.
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Atualizado até capítulo 21
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