Capítulo 18: Elena Sequestrada

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Elena, Gabriel e Sophia chegaram à gruta. A

cachoeira rugia atrás deles, e o som da água ecoava

nas paredes úmidas de pedra. A medida que se

aproximavam da entrada, a tensão aumentava.

Gabriel parou, erguendo uma mão para sinalizar

silêncio. - Fiquem atrás de mim - disse ele em um

sussurro firme.

Eles avançaram cautelosamente, os olhos atentos a

qualquer movimento. Dentro da gruta, Ezequiel

estava sozinho, seus olhos brilhando com uma

mistura de desprezo e arrogância. Ele estava em pé,

casualmente encostado em uma das paredes, como

se esperasse por eles há muito tempo.

Finalmente chegaram, - disse Ezequiel, a voz

gotejando sarcasmo. - Achei que teriam desistido.

Elena deu um passo à frente, seu olhar fixo em

Ezequiel. – Por que você fez isso? Por que matou

meus pais?

Ezequiel deu uma risada sombria, seus olhos se

estreitando, - De novo garota? Seus pais eram burros, simples assim. Satisfeita agora?

Gabriel, com uma fúria contida, avançou. -Você é

um traidor. Usou todos nós para seu benefício

egoísta.

Ezequiel ergueu uma sobrancelha, um sorriso

sinistro curvando seus lábios. - E o que você vai

fazer a respeito? Você não é nada comparado a

mim.

Elena sentiu a raiva crescer dentro de si, sua mão

tremendo enquanto tentava se controlar. -Você

destruiu tudo, Ezequiel. Por quê? Para quê? Apenas

para satisfazer sua própria ambição?

Ezequiel deu de ombros, como se a resposta fosse

óbvia. -0 poder é a única coisa que importa. E eu

farei qualquer coisa para obtê-lo.

Sophia, que estava em silêncio até agora, deu um

passo à frente, os olhos brilhando de determinação.

-Você é doente. Você vai pagar por isso.

Ezequiel riu novamente, um som vazio e cruel, - Tão

valente, pequena humana. Mas você não tem ideia

do que está enfrentando, tão bonita, mais tão burra.

Gabriel se aproximou ainda mais, seus olhos

queimando de raiva. – Você subestimou todos nós,

Ezequiel. E isso será sua ruína.

Ezequiel deu um passo para trás, preparando-se

para a batalha. -Então, mostrem-me do que são

capazes. Vamos ver se vocês realmente têm o que é

necessário para me derrotar.

A atmosfera dentro da gruta estava carregada de

eletricidade, cada movimento e palavra se tornando

mais tenso.

A luta começou de repente, com Gabriel e Ezequiel

se enfrentando em um confronto feroz. As espadas

se chocavam, faíscas voavam, e os gritos de raiva e

esforço ecoavam pela gruta. Elena e Sophia

observavam, prontas para ajudar se necessário, mas

também percebendo que este duelo era algo pessoal

entre os dois anjos.

-Você não vai vencer, Grabriel. - provocou

Ezequiel, atacando com um golpe poderoso.

Grabriel bloqueou o golpe, seus olhos brilhando com

determinação. -Isso veremos.

De repente, uma presença sombria encheu a gruta.

0 ar ficou pesado, e uma sensação de medo se

espalhou pelo ambiente, Lucian apareceu, sua figura

imponente e aterrorizante emergindo das sombras.

Seus olhos vermelhos brillhavam com malícia, e um

sorriso cruel curvava seus lábios.

-Ezequiel, você é uma decepção, não consegue fazer nada. - disse Lucian com um desdém gelado.

Sem aviso, Lucian avançou. Com um movimento

rápido e mortal, ele atravessou Ezequiel com uma

espada negra, a lâmina perfurando o peito de

Ezequiel com facilidade. Ezequiel olhou para Lucian

com horror e incredulidade antes de cair no chão,

morto.

Todos ficaram chocados, o silêncio mortal

preenchendo a gruta. Elena gritou, seu coração

apertado de medo e raiva, mas antes que pudesse

reagir, Lucian a pegou, seus dedos apertando seu

braço com força.

- As relíquias só funcionam com você, Elena,

murmurou Lucian, sua voz como veneno. – Eu

preciso de você.

Gabriel tentou avançar, mas os subordinados de

Lucian o impediram, segurando-o com força. Ele

lutou contra eles, a raiva e o desespero brilhando

em seus olhos.

-Soltem-me! - ele rugiu, tentando se libertar. –Não vou deixar você levar ela!

Os subordinados de Lucian eram implacáveis,

segurando Gabriel com uma força sobrenatural.

Sophia, determinadaa ajudar, também tentou se

aproximar, mas Elena a impediu.

-Não, Sophia! - gritou Elena, sua voz cheia de

pânico. -Ele vai te matar! Fique longe!

Lucian sorriu sinistramente, sua presença sombria

dominando a gruta. Ele apertou o braço de Elena,

puxando-a para mais perto.

-Logo tudo isso terminará. - murmurou Lucian. Ele pega no queixo de Elena e olha diretamente nos olhos de Gabriel com um olhar malicioso. - Eu cuidarei bem dela para você...

Com essas palavras, Lucian começou a murmurar um

feitiço, e um vórtice de sombras começou a

envolvê-lo e a Elena. Gabriel e Sophia observaram

com horror enquanto Lucian desaparecia

lentamente, levando Elena com ele.

Elena! - gritou Gabriel, sua voz cheia de

desespero e impotência.

Elena olhou para Gabriel uma áltima vez, tentando

transmitir alguma forma de esperança e coragem,

antes de desaparecer completamente nas sombras

com Lucian. O som da cachoeira atrás deles parecia

ensurdecedor, um eco cruel de seu fracasso.

Gabriel caiu de joelhos, o brilho dos seus olhos

transformando-se em um tom amarelado, e suas

asas se ergueram, mostrando seu lado sobrenatural

como anjo. A raiva e a dor eram palpáveis, e ele

jurou naquele momento:

- Eu vou encontrar você, Elena. – disse Gabriel,

sua voz um sussurro ameaçador. -Custe o que

custar. Eu vou te encontrar. E não permitirei

que nada te aconteça.

Sophia, sentindo a intensidade do momento, colocou

uma mão no ombro de Gabriel, tentando oferecer

algum conforto.

-Nós vamos trazê-la de volta, Gabriel. - disse ela.

Sua voz firme e resoluta. - Mas precisamos descobrir para onde ele a levou.

-Isso não é problema. - Gabriel se ergue com suas asas ainda abertas. -Ele a levou para o lugar onde tudo começou, o Templo de Elyria.

Sophia não estava entendendo. - E onde fica isso? Nunca ouvir falar de um temploooooo... - Antes que ela possa terminar Gabriel a pega no colo e voa para fora da Gruta.

-O que você está fazendooo... não podemos ir andando? - Sophia estava segura em Gabriel com medo de cair.

-Não, vai demorar muito, voando é mais rápido. Eu não vou perder tempo, Elena pode está em perigo. - Gabriel estava determinado a resgatar Elena.

-Mas sem plano? Você só vai chegar lá e tentar resgatá-la na cara dura? - Sophia estava com medo da altura, mas não mudava o fato dela ainda continuar faladeira.

- Se você tem algum problema com isso, eu te deixo em qualquer lugar e sigo sozinho. - Gabriel faz movimento de descida.

- Nãooo... eu vou com você. - Gabriel volta a rota de novo, nem um momento tirou os olhos da frente.

- Então, durante a viagem, fica em silêncio, se não eu te deixo em qualquer lugar por aqui.

-A Elena não ia te perdoar, nunca. - Sophia fala no tom de deboche.

- Dúvida comigo? - Gabriel estava sério, olhando para frente.

-Não... vou ficar quieta. - Sophia se calou. Eles seguirão em silêncio, estavam dispostos a enfrentar qualquer coisa para resgatar Elena.

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