Capítulo 12: Elyria Aparece

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Elena e Gabriel caminharam lentamente até a entrada da mansão, suas expressões refletindo o peso da derrota. O sol estava se pondo, lançando sombras longas pelo jardim, e a atmosfera era carregada de tensão e tristeza.

Ezequiel, que estava esperando ansiosamente por notícias, os encontrou na entrada. Seus olhos rapidamente examinaram os dois, procurando por sinais de sucesso ou fracasso.

— Conseguiram a relíquia? — perguntou ele, a esperança evidente em sua voz. Seus olhos estavam fixos em Elena, que abaixa a cabeça, seu colar estava sem a energia vibrante que a relíquia teria trazido.

Gabriel suspirou, seus ombros caindo um pouco. — Não, Ezequiel. Lucian chegou antes de nós. Ele já tinha a relíquia e matou o guardião.

Ezequiel franziu a testa, a preocupação se aprofundando em suas feições. — E vocês estão bem? O que aconteceu?

Elena, que até então estava em silêncio, ergueu o olhar. Seus olhos estavam sombrios e perdidos. — Foi uma luta intensa. Lucian... ele era implacável. Tentamos, mas não conseguimos recuperá-la.

Gabriel tocou o ombro de Elena em um gesto de apoio. — Foi tudo muito rápido. Ele desapareceu antes que pudéssemos fazer qualquer coisa.

Ezequiel suspirou profundamente, a frustração e a preocupação se misturando em sua expressão. — Precisamos reavaliar nossos planos. Não podemos deixar Lucian continuar ganhando vantagem sobre nós.

Elena, sentindo o peso da conversa e das lembranças da batalha, deu um passo para trás. Sua mente estava confusa, cheia de imagens de Lucian.

— Eu... preciso de um momento — disse ela, sua voz um sussurro. Ela olhou brevemente para Ezequiel, sem conseguir esconder a tristeza e a exaustão em seus olhos, e depois começou a subir as escadas lentamente, cada passo parecendo um esforço monumental.

De repente, enquanto subia as escadas, Elena sentiu uma tontura intensa. Sua visão escureceu e, antes que pudesse reagir, desabou no chão, inconsciente. Gabriel e Ezequiel correram para ela, seus rostos marcados pela preocupação.

— Elena! — gritou Gabriel, ajoelhando-se ao lado dela e segurando sua mão.

— O que está acontecendo? — perguntou Ezequiel, sentindo uma energia estranha emanando de Elena.

Antes que pudessem fazer algo, Elena foi transportada para uma visão. Ela se encontrou em um vasto campo de flores, o céu de um azul claro acima dela. As flores dançavam suavemente ao vento, criando uma cena de paz contrastante com a turbulência em seu coração.

Diante dela estava Elyria, a antiga profetisa. Elyria tinha uma expressão séria, seus olhos pareciam penetrar a alma de Elena. A presença dela era ao mesmo tempo reconfortante e intimidante.

— Elena, você precisa focar em derrotar Lucian e não perder tempo com sentimentos — disse Elyria, sua voz ecoando no campo. — O amor não é real.

Elena sentiu um misto de confusão e resistência. — Eu discordo completamente — disse ela, firme. — Eu gosto de Gabriel e acredito no amor. O que estou sentindo é real.

Elyria suspirou, aproximando-se de Elena, suas feições suaves se tornando mais intensas. — Você está repetindo meus erros. O amor é uma distração. Ele enfraquece sua determinação e te cega para o verdadeiro objetivo.

Elena balançou a cabeça, recusando-se a aceitar essas palavras. — Não, Elyria. O amor me dá força. Gabriel me dá força. Eu não vou abrir mão disso.

Elyria estreitou os olhos, a frustração evidente em sua expressão. — Se você não focar, nunca vai saber o que aconteceu com seus pais.

Elena arregalou os olhos, surpresa e alarmada. — O que você sabe sobre meus pais? — perguntou ela, sua voz tremendo.

Elyria apenas se afastou, sua figura começando a se desvanecer. — Você irá descobrir em breve — disse ela, a voz se tornando mais distante.

— Elyria, espere! — gritou Elena, tentando segurar a figura etérea, mas suas mãos passaram pelo ar vazio.

Antes de desaparecer completamente, Elyria lançou um último aviso: — Não confie em ninguém, principalmente nos anjos que dizem estar te ajudando. Não cometa o mesmo erro que eu cometi. — Com essas palavras, Elyria desapareceu, deixando Elena sozinha no campo de flores.

Elena sentiu uma onda de desespero e confusão. As palavras de Elyria ecoavam em sua mente, misturando-se com suas próprias dúvidas e medos. Ela fechou os olhos, tentando acalmar seu coração acelerado.

De repente, ela ouviu vozes familiares chamando seu nome. — Elena, acorde! — Era a voz de Gabriel, cheia de preocupação.

Elena abriu os olhos e viu Gabriel e Ezequiel ao seu lado, suas expressões cheias de ansiedade.

— O que aconteceu? Você teve uma visão? O que você viu? — perguntou Gabriel, segurando sua mão.

Ezequiel olhou para ela, esperando uma resposta. Elena hesitou, as palavras de Elyria ainda ecoando em sua mente. Ela sabia que precisava ser cautelosa.

— Eu... senti uma tontura — disse ela, finalmente. — Deve ser o estresse. Não lembro de mais nada.

Gabriel e Ezequiel trocaram olhares preocupados, mas não insistiram. Elena se levantou com a ajuda de Gabriel, ainda sentindo o peso das palavras de Elyria.

— Vou descansar um pouco — disse ela, subindo as escadas para seu quarto. Gabriel e Ezequiel ficaram para trás, confusos e preocupados, sem entender o que realmente havia acontecido.

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