A Profecia Dos Anjos
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...Antes...
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Elena nasceu em Nova Harmonia, uma cidade conhecida por sua rica história e arquitetura antiga. Seus pais, Lucas e Karina, eram arqueólogos renomados, dedicando suas vidas aos estudos de civilizações antigas.
Apesar do amor dos pais, a infância de Elena não foi sempre fácil. Lucas e Karina frequentemente se ausentavam por longos períodos devido às expedições, deixando Elena aos cuidados de sua avó, Dona Aurora. Dona Aurora era uma mulher sábia e carinhosa, que também alimentava a curiosidade de Elena com contos de tempos passados e ensinamentos espirituais.
Na adolescência, a paixão de Elena por arqueologia e história só cresceu. Ela se destacou na escola, especialmente em matérias relacionadas à história e literatura. Elena era uma leitora ávida, passando horas na biblioteca local, onde conheceu Sophia, sua melhor amiga. Juntas, elas exploravam livros antigos e sonhavam com aventuras ao redor do mundo.
Aos 16 anos, Elena enfrentou uma tragédia: seus pais desapareceram misteriosamente durante uma expedição no Oriente Médio. A dor da perda foi profunda, mas Elena encontrou forças para continuar graças ao apoio de Sophia e de sua avó. A partir desse momento, ela decidiu que descobriria o que aconteceu com eles.
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...Agora...
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O sol começava a iluminar a cidade de Nova Harmonia quando Elena, agora com 17 anos, acordou abruptamente, suando e com o coração acelerado. O sonho estava fresco em sua mente: ela se via em um templo antigo, cercada por anjos, e uma presença sombria a observava de longe. Ela passou a mão pelos cabelos castanhos ondulados, tentando acalmar-se. Levantou-se da cama, pegou seu colar que estava em seu pescoço e olhou pela janela do seu quarto.
Seu quarto refletia sua personalidade: prateleiras abarrotadas de livros sobre arqueologia e histórias antigas, plantas em vasos que ela cuidadosamente cuidava e mapas antigos presos nas paredes. Elena respirou fundo, apertando o seu colar, pois era a única coisa que lhe acalmava; havia sido a última coisa que sua mãe lhe havia dado.
— É apenas um sonho — repetia para si mesma.
Elena não parava de pensar no sonho. Todas as noites ela sonhava com a mesma coisa. No sonho, Elena era Elyria, uma profetisa de tempos antigos. O templo onde ela estava era majestoso, com colunas de mármore branco e inscrições arcanas brilhando suavemente nas paredes. Anjos de luz a rodeavam, suas asas iridescentes refletindo a luz dourada do sol. A presença maligna, no entanto, pairava como uma sombra ameaçadora, um lembrete constante do perigo iminente.
— Elyria, você deve proteger a relíquia — uma voz etérea sussurrou em sua mente. Elena sentiu a urgência e o medo, mas também um senso de dever inabalável.
Elena desceu as escadas e encontrou sua avó colocando o café na mesa. Elena se aproximou e deu um beijo nela.
— Bom dia, vovó — disse, pegando uma maçã de cima da mesa e indo até a porta.
— Ei, menina, tome café — respondeu Dona Aurora.
— Desculpa, vó, mas tenho que ir até a biblioteca — disse Elena, saindo e fechando a porta.
Elena mandou uma mensagem para sua melhor amiga Sophia lhe encontrar lá. Ela queria saber se aquela profetisa dos seus sonhos era real.
— Por que me tirou da cama tão cedo? Estamos de férias, eu queria estar dormindo — bocejou Sophia, sentando-se em uma cadeira.
— Eu quero procurar algo, e sozinha vai demorar uma eternidade — respondeu Elena, mexendo nos livros das prateleiras.
— Por que não procura na Internet? Vai demorar muito — Sophia apoiou a cabeça na mesa, se debruçando.
— Porque os livros são mais detalhados e confiáveis do que a Internet — Elena pegou no braço de Sophia. — Vamos logo, você não quer sair logo daqui?
Elas passaram a manhã toda procurando, mas não encontraram nada. Elena e Sophia estavam ambas debruçadas na mesa.
— Elena, eu tenho que voltar para casa. Meus pais irão viajar hoje e eu ficarei tomando conta da casa — disse Sophia, levantando-se e pegando sua bolsa.
— Coragem deles te deixarem responsável por algo — murmurou Elena, ainda debruçada sobre a mesa. — Vai lá, eu também já estou indo.
Sophia saiu e Elena ficou ali, sobre a mesa. Ela pegou seu colar e ficou a observá-lo. De repente, uma visão a tomou: Elyria segurava o mesmo colar, rodeada de anjos, enquanto uma voz profética ecoava sobre um grande perigo que se aproximava.
Elena despertou da visão, ofegante. O colar brilhava intensamente em sua mão.
Antes que pudesse processar o que tinha visto, um homem alto, que parecia ter uns 24 anos, com cabelos loiros e uma aura de poder, estava diante dela.
— Eu sou Gabriel, estou designado a te proteger — disse ele, sua voz calma e profunda. — Você é Elena, e está tendo sonhos estranhos que agora acontecem enquanto você está acordada, não é? Neles você vê uma profetisa, estou certo?Elena recuou, o coração disparado.
— Como você sabe...? — ela murmurou.
— Eu sei que parece assustador, mas você é a reencarnação de Elyria, a profetisa que você vê em seus sonhos — continuou Gabriel. — Você é crucial para impedir que uma antiga profecia se cumpra, e eu estou aqui para te proteger.
— Espera, isso é loucura, você só pode estar doido — Elena se afastou e pegou suas coisas, nervosa com tudo aquilo. — Isso é impossível...
Elena saiu da biblioteca ainda tentando processar o que tinha acabado de acontecer. Antes que Gabriel a alcançasse, um som estridente rompeu o ar. O céu, que antes estava claro, escureceu subitamente, e uma forte rajada de vento quase a derrubou. Ela olhou para Gabriel, que já estava ao seu lado em busca de respostas, mas ele apenas olhou para o céu, seus olhos brilhando intensamente.
— Está começando — murmurou ele. — A profecia está se desenrolando.
Elena sentiu uma mistura de medo e excitação. Algo dentro dela sabia que aquele era apenas o começo de uma jornada que mudaria sua vida para sempre.
A tempestade repentina aumentava em intensidade, raios cortando o céu e trovões ecoando pelas colinas. Elena olhou novamente para Gabriel, que agora parecia mais determinado do que nunca.
— Precisamos ir — disse ele, estendendo a mão. — Temos pouco tempo.
Elena hesitou, mas a urgência nos olhos de Gabriel a convenceu. Ela pegou sua mão, e juntos começaram a correr pela praça.
Enquanto corriam, uma voz desconhecida ecoou pela tempestade, um sussurro ameaçador que enviou calafrios pela espinha de Elena.
-Ela não pode escapar do destino.
Elena olhou para trás, tentando ver de onde vinha a voz, mas tudo que via era escuridão e tempestade.
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Atualizado até capítulo 21
Comments
Fátima Pereira
Envolvente.
2024-06-25
1
Ermyla
Q bom...
2024-06-19
0
Ermyla
ah..
2024-06-19
0