Capítulo 11: Reino de Eldoria

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Elena e Gabriel partiram logo ao amanhecer, seguindo o mapa que Ezequiel lhes fornecera. O Reino de Eldoria/Reino da Terra, onde a próxima relíquia estava escondida, era um lugar de florestas densas e montanhas imponentes. Ao chegarem à entrada do reino, sentiram uma estranha quietude no ar.

— Algo está errado — disse Gabriel, sentindo uma presença sombria ao redor. — O silêncio aqui é inquietante.

Elena, sempre atenta, observou a paisagem ao redor. — Sim, é como se a própria floresta estivesse segurando a respiração. Precisamos ser cautelosos.

Eles avançaram cautelosamente, o som de suas pegadas abafado pelo chão de folhas e musgo. A floresta era densa, com árvores antigas cujas copas bloqueavam a maior parte da luz do sol. Uma névoa fina serpenteava pelo solo, dando ao lugar uma atmosfera etérea e misteriosa.

— Segundo o mapa, o templo deve estar a leste — disse Elena, apontando na direção indicada. — Mas com essa névoa, pode ser difícil encontrá-lo.

— Vamos nos manter juntos — respondeu Gabriel, segurando a mão de Elena para garantir que não se separassem na densa vegetação.

Conforme avançavam, o ambiente parecia se tornar ainda mais opressivo. Sons sutis, como o farfalhar das folhas e o estalar de galhos, pareciam ecoar ao redor, aumentando a sensação de serem observados.

— Sinto uma energia estranha aqui — murmurou Elena, sua voz quase um sussurro. — Algo ou alguém está nos vigiando.

Gabriel assentiu, seu olhar vigilante varrendo a área. — Devemos estar preparados para qualquer coisa. Lembre-se, Lucian pode estar em qualquer lugar.

Depois de uma longa caminhada através da vegetação densa, finalmente avistaram o que procuravam. À sua frente, parcialmente encoberto por raízes e trepadeiras, estava um antigo templo de pedra. Sua fachada era adornada com símbolos antigos e desgastados pelo tempo, e uma aura de poder emanava de sua estrutura.

— Ali está — disse Gabriel, apontando para o templo. — O lugar onde a relíquia está escondida.

— Vamos — respondeu Elena, determinada. — Precisamos ser rápidos e cuidadosos.

Eles se aproximaram do templo com cautela.

Ao entrarem no templo, foram recebidos por uma cena de destruição. A sala estava coberta de escombros, e marcas de luta estavam por toda parte. No centro, o guardião da relíquia, um velho druida, estava caído no chão, sem vida. Seus olhos, que outrora brilhavam com sabedoria, agora estavam vazios.

— Não... — murmurou Elena, horrorizada.

Gabriel apertou os punhos, a raiva crescendo dentro dele. — Ele estava apenas protegendo a relíquia...

E, ao lado do corpo do guardião, estava Lucian. Ele segurava a relíquia da Terra, uma esmeralda brilhante incrustada em um bastão de madeira. Um sorriso sarcástico se espalhou por seus lábios ao ver Elena e Gabriel.

— Chegaram tarde demais — disse Lucian, com desprezo em sua voz. — A relíquia já é minha.

Gabriel avançou com a espada desembainhada, seus olhos ardendo de raiva. — Você não vai escapar desta vez, Lucian.

Lucian riu, um som frio e cruel que ecoou pelas paredes do templo. — Tentem, se puderem.

Gabriel atacou primeiro, sua espada brilhando com poder celestial. Ele avançou com velocidade e precisão, desferindo golpes rápidos e poderosos contra Lucian. Elena, ao seu lado, canalizou a energia do colar, criando um escudo protetor ao redor de Gabriel enquanto lançava feitiços de ataque contra Lucian.

— Vocês são patéticos — zombou Lucian, desviando de um golpe de Gabriel com uma graça sobrenatural. Ele contra-atacou com um feitiço sombrio, uma rajada de energia negra que os empurrou para trás com força.

Elena rolou pelo chão, levantando-se rapidamente. Ela levantou as mãos e lançou uma onda de luz em direção a Lucian, tentando neutralizar sua magia. Gabriel recuperou o equilíbrio e avançou novamente, tentando alcançar Lucian antes que ele pudesse lançar outro feitiço.

— Acham mesmo que podem me deter? — disse Lucian, com um sorriso de escárnio nos lábios. Ele fez um gesto com a mão, e o chão sob os pés de Gabriel e Elena começou a tremer violentamente.

Gabriel saltou para o lado, evitando por pouco uma fenda que se abriu no chão. — Elena, mantenha a distância! — gritou ele, tentando encontrar uma abertura para atacar.

Elena assentiu, recuando um pouco para ter uma visão melhor da batalha. Ela concentrou sua energia e lançou um feixe de luz diretamente em Lucian. A luz brilhou intensamente, iluminando o templo escuro. Mas Lucian ergueu a relíquia da Terra, que brilhou com uma luz verde intensa, bloqueando o ataque de Elena com facilidade.

— É inútil — disse Lucian, sua voz carregada de sarcasmo. — Esta relíquia me dá poder absoluto sobre a Terra. Vocês não têm chance.

Ele deu um passo à frente, e a terra ao redor dele começou a se contorcer e mudar. Vinhas espinhosas emergiram do chão, tentando prender Gabriel e Elena, enquanto pedras flutuavam no ar, prontas para serem lançadas como projéteis.

Gabriel cortou as vinhas com sua espada, mas percebeu que estavam se regenerando rapidamente. — Elena, precisamos de um plano! — ele gritou, tentando não demonstrar o desespero crescente.

Elena, com o coração batendo forte, tentou pensar em uma estratégia. Ela sabia que a força bruta não seria suficiente para derrotar Lucian enquanto ele estivesse em posse da relíquia. Precisavam ser mais inteligentes, encontrar uma maneira de neutralizar seu poder.

Desesperados, Elena e Gabriel tentaram um último ataque combinado. Gabriel concentrou toda a sua energia celestial, lançando uma poderosa onda de luz divina em direção a Lucian. Ao mesmo tempo, Elena focou a energia do colar, criando um feixe de luz pura que se entrelaçou com o ataque de Gabriel. Por um momento, a luz foi tão intensa que parecia que iriam conseguir.

Lucian, no entanto, ergueu a relíquia da Terra, e um escudo de energia verde envolveu seu corpo, bloqueando o ataque com facilidade. Ele riu novamente, um som frio e desdenhoso, antes de desaparecer nas sombras, levando a relíquia com ele.

— Não desistam tão facilmente — sua voz ecoou pelo templo, agora em ruínas. — Ainda há muito jogo a ser jogado. Nos veremos novamente.

Gabriel caiu de joelhos, frustrado e exausto. A sensação de impotência pesava em seu coração. — Perdemos... — murmurou, a voz carregada de desânimo.

Elena aproximou-se dele, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. — Ainda não acabou, Gabriel — disse ela, sua voz firme. — Vamos recuperar essa relíquia. Eu prometo.

Gabriel levantou os olhos para ela, encontrando força na determinação de Elena. — Tem razão. Não podemos desistir agora.

Eles se levantaram, seus corações pesados, mas com uma determinação renovada. Sabiam que a batalha estava longe de terminar e que precisariam de toda a sua força e coragem para enfrentar Lucian e seus aliados. Com um último olhar para o templo destruído, partiram de volta para a mansão, prontos para planejar seu próximo movimento.

Enquanto caminhavam, a escuridão ao redor deles parecia menos opressiva, iluminada pela esperança que compartilhavam. Elena sabia que tinham um longo caminho pela frente, mas com Gabriel ao seu lado, sentia-se preparada para qualquer desafio que o futuro reservasse.

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