Apesar das diferenças aparentemente intransponíveis entre nós, eu e Matthew começamos a desenvolver uma amizade improvável à medida que mergulhávamos nos detalhes da vida de Edward Montague.
Nossos encontros se tornaram menos tensos e mais colaborativos. Enquanto explorávamos os arquivos da família Montague e discutíamos os detalhes de nossa pesquisa, descobrimos que tínhamos mais em comum do que imaginávamos.
Enquanto víamos os arquivos da família Montague e discutíamos os detalhes de nossa pesquisa, mergulhamos profundamente na vida de Edward Montague. Descobrimos que, apesar de sua posição de destaque na sociedade, Edward era um homem singular. Ele nunca teve filhos próprios, mas os únicos que ele considerava como tal eram seus sobrinhos, incluindo Matthew, e mais dois homens, além de uma garotinha encantadora, chamada Charlotte, irmã de Matthew.
— Meu tio Edward sempre foi um espírito livre — começou Matthew, enquanto folheava um álbum de fotografias antigas. — Ele rejeitou as convenções sociais desde cedo e embarcou em aventuras que a maioria das pessoas só poderia sonhar.
Edward contrariou a ordem da família ao se casar com uma mulher de baixa classe, uma artista de rua que conquistou seu coração com sua beleza e espírito livre. Suas aventuras juntos os levaram a lugares distantes e exóticos, onde eles experimentaram a vida em toda a sua plenitude.
— Foi bem corajoso da parte do seu tio desafiar as expectativas da família e seguir seu próprio caminho — comentei, admirando a coragem de Edward em seguir seu coração, independentemente das consequências.
Matthew assentiu, lembrando-se com carinho das histórias que Edward costumava contar sobre suas viagens. — Ele sempre dizia que a verdadeira aventura estava em seguir seus próprios sonhos, não importa o quão difícil isso pudesse ser. E acho que ele estava certo.
No entanto, nem todas as aventuras de Edward terminaram em alegria. Sua esposa, uma mulher de espírito livre como ele, sucumbiu a uma doença contraída durante uma de suas expedições exóticas. A perda devastadora deixou Edward profundamente marcado.
Eu pensava nisso enquanto remexia em mais livros e documentos, até que achei algo interessante.
— Olha só, Matthew, encontrei uma carta de Edward para seus pais quando ele decidiu sair em sua jornada pelo continente europeu — disse eu, entusiasmada, enquanto folheava os documentos antigos.
— Deixe-me ver isso — respondeu Matthew, inclinando-se para observar o que eu tinha descoberto.
À medida que examinávamos a correspondência de Edward, começamos a entender melhor suas motivações e aspirações.
— É fascinante como mesmo alguém tão influente como Edward Montague teve seus próprios conflitos e dilemas pessoais — comentei, admirando a coragem de Edward em seguir seu próprio caminho, apesar das expectativas sociais.
Matthew assentiu, compartilhando minha admiração. — Ele era realmente um homem à frente de seu tempo. É inspirador ver alguém tão determinado a seguir seu coração, independentemente das convenções da sociedade.
Conforme que continuávamos nossa pesquisa, percebemos que estávamos nos tornando mais do que simples colegas de trabalho. Nossas conversas se tornaram mais pessoais, nossos sorrisos mais genuínos. Descobrimos que tínhamos interesses semelhantes e compartilhávamos uma paixão pela escrita e pela exploração da mente humana.
— Você sabe, Matthew, você não é tão ruim assim — disse eu, com um sorriso brincalhão nos lábios. — Acho que estamos nos entendendo melhor do que esperávamos.
Matthew pareceu surpreso com minha franqueza, mas também grato por minha honestidade. — Você também não é tão terrível quanto eu pensava — respondeu ele, devolvendo meu sorriso.
Enquanto trabalhávamos lado a lado, explorando os detalhes da vida de Edward Montague, descobrimos que a dinâmica entre nós não era tão adversa quanto esperávamos. Matthew, apesar de sua natureza franca e até mesmo rude às vezes, revelou-se uma fonte valiosa de ideias e perspectivas únicas.
— Acho que estamos nos tornando uma boa equipe, Willow — comentou Matthew, olhando para mim com gratidão.
Eu assenti, meus olhos brilhando com determinação. — Sim, acho que estamos. E quem sabe, talvez possamos até nos tornar amigos de verdade.
Matthew deu um sorriso tímido, um vislumbre de calor humano que eu não esperava encontrar tão facilmente em seus olhos.
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Atualizado até capítulo 26
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