CAPÍTULO 5: Eu não gosto de uma corrida pelo ouro.

Desde o momento em que conheci Matthew Montague, sabia que nossa colaboração seria tudo menos fácil. Seu comportamento rude e distante deixava claro que ele não estava interessado em trabalhar comigo. No entanto, eu estava determinada a superar nossas diferenças e cumprir minha missão de retratar a vida de Edward Montague em meu romance.

Nossos primeiros encontros foram marcados por trocas de farpas e desentendimentos constantes. Matthew parecia determinado a desafiar cada ideia que eu apresentava, enquanto eu lutava para manter minha compostura diante de sua atitude hostil.

— Eu realmente acredito que essa abordagem pode funcionar, Matthew. — Eu insisti, firmando meu olhar no dele.

Ele revirou os olhos com desdém. — Você está brincando, certo? Isso é ridículo. Nunca vai funcionar.

Cada palavra que saía da minha boca era cuidadosamente ponderada, cada argumento meticulosamente construído na esperança de ganhar um vislumbre de aprovação nos olhos de Matthew. Mas ele parecia estar sempre um passo à frente, pronto para rebater minhas sugestões com uma frieza calculada que me deixava sem palavras.

Nossas discussões eram intensas e acaloradas, com cada um de nós defendendo com unhas e dentes nossas próprias visões e opiniões. Era como se estivéssemos travando uma batalha constante de vontades, cada um determinado a sair vitorioso no final.

— Você não entende, Willow. Isso não é apenas sobre o que você acha que funciona. É sobre o que vai cativar o leitor, o que vai prendê-lo do começo ao fim. — Matthew argumentava, com uma firmeza que eu não podia ignorar.

Mas eu não podia mais ficar em silêncio. — Escute, Matthew, eu não fui chamada para a Academia de Autores à toa. Eu sei o que estou fazendo, mesmo que venha de uma família humilde e do campo. Eu mereço estar aqui tanto quanto você.

Ele pareceu surpreso com minha ousadia, mas também admirou minha determinação. — Talvez você tenha razão, Willow. Talvez seja hora de eu ouvir suas ideias com mais atenção.

À medida que nossos encontros se desenrolavam, eu comecei a perceber que havia mais em Matthew Montague do que eu inicialmente supunha. Sob sua fachada de frieza e desdém, havia uma inteligência afiada e uma determinação inabalável que eu não podia deixar de admirar.

E assim, enquanto continuávamos a nos enfrentar em nossas discussões acaloradas, eu sabia que havia algo incomum entre nós. Talvez, contra todas as probabilidades, eu e Matthew Montague fossemos capazes de encontrar um terreno comum, uma conexão que transcendia as diferenças que nos separavam.

No entanto, até isso acontecer, eu não estava disposta a permitir que fosse diminuída ou rebaixada de qualquer forma. Sim, eu vinha do campo, mas isso não me tornava menos capaz de pensar e criar. Se minha origem rural não tivesse valor, a inspiração que encontrei na relva de minha casa jamais teria gerado um romance reconhecido.

Além disso, se minha capacidade fosse tão inferior, a Academia de Autores não teria me honrado com o título de Mestre.

Portanto, mesmo que Matthew fosse herdeiro do título de duque, isso não me colocava em posição inferior. Eu era sua igual em habilidade e determinação, e estava determinada a mostrar isso.

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