Certa vez, nos campos verdejantes do século XIX, havia uma menina sonhadora chamada Willow…
Viver nos campos sempre foi um deleite para mim. A brisa fresca, o aroma das flores silvestres e a serenidade que pairava sobre os campos eram meu refúgio. Mas agora, me preparo para partir, deixando para trás minha vida tranquila para trilhar novos caminhos.
Tudo começou quando publiquei minha obra "Exílio" no jornal de Bath. Nunca imaginei que minha escrita modesta alcançaria tantos corações. Receber uma bolsa para a Academia de Autores era mais do que um sonho realizado; era uma oportunidade de expandir meus horizontes literários.
Enquanto arrumo minha pequena mala de viagem, olho ao redor do meu modesto chalé. Cada objeto tem uma história, cada canto carrega memórias que se entrelaçam com os suspiros do vento. Sinto um aperto no coração ao pensar em deixar tudo para trás.
Minha mente vagueia para os dias ensolarados de verão, quando as flores desabrochavam em um espetáculo de cores vibrantes. As risadas ecoando pelos campos enquanto eu corria livremente, deixando para trás todas as preocupações do mundo.
Mas agora, é hora de seguir em frente. A academia espera por mim, com suas promessas de aprendizado e crescimento. Devo honrar o presente que a vida me oferece, mesmo que isso signifique deixar para trás o que conheço e amo.
Antes de partir, faço questão de me despedir da minha família. Minha mãe, com os olhos marejados de orgulho e tristeza, me abraça com força, desejando-me sucesso em minha jornada. Meu pai, com sua expressão serena e firme, me oferece palavras de sabedoria que levarei comigo para sempre.
Mas é ao me despedir de minhas melhores amigas, Ivy e Marjorie, que as lágrimas ameaçam transbordar. Juntas, compartilhamos tantas aventuras e segredos ao longo dos anos. Elas são meu apoio inabalável, meu refúgio seguro nos momentos difíceis.
Abraçamo-nos com força, prometendo manter contato mesmo com a distância que nos separará. O adeus é doloroso, mas sabemos que é apenas um até logo, que nossa amizade resistirá ao teste do tempo e da distância.
Ao fechar a porta do chalé pela última vez, um sentimento agridoce invade meu coração, misturando-se em um turbilhão de emoções. Olho para trás, observando as paredes que testemunharam tantos momentos preciosos, e sinto a melancolia de deixar para trás um lugar que um dia foi meu refúgio. No entanto, também há uma sensação de expectativa pulsando dentro de mim, como se os vastos campos que se estendem diante de mim fossem uma tela em branco esperando para ser preenchida com novas aventuras e experiências. É como se o próprio ar estivesse carregado de possibilidades, e mal posso esperar para ver o que o futuro reserva.
Enquanto me afasto, uma última vez, dos campos que tanto amo, guardo comigo as lembranças preciosas que moldaram quem sou. E assim, com um coração pesado, mas cheio de esperança, embarco em uma nova jornada, pronta para enfrentar o desconhecido e abraçar o destino que me aguarda.
Já não sou mais a mesma jovem camponesa que vagava por essas terras, agora sou uma escritora reconhecida pela Academia de Autores. A sensação é de estar deixando para trás uma parte de mim mesma, enquanto abraço ansiosamente o que o destino me reserva além das fronteiras do meu lar campestre.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Eliana De Souza
a escrita está perfeita 😃
2024-03-09
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