Capítulo 16

Olho para o meu irmão tentando entender o que ele realmente quer aqui dentro da minha sala, pois não tenho que dar explicação da minha vida para ele. Então, por que está me cobrando o meu relacionamento com a Emilly, se ele não tem nada a ver com isso? Nossa conversa é interrompida pelos gritos que vêm do lado de fora.

Levanto-me da mesa correndo e, ao abrir a porta, Emilly está com os cabelos da minha secretária nas mãos, puxando para trás. Até me assusto ao vê-la assim, já que é a calmaria em pessoa. Vou até elas, pego Emilly pela cintura e tento afastar a briga, mas ela continua arrastando a mulher junto.

Daniel: — Solta ela, Emilly. Larga o cabelo dela. — Ela olha para trás, parecendo não enxergar. Então, ela solta os cabelos dela e estende a mão em sinal de rendição. — O que aconteceu? Você não ia apenas pegar os documentos?

Secretária: — Ela é louca, senhor, me atacou do nada.

Emilly: — Do nada? — Ela tenta se soltar para voar em cima da secretária novamente, mas eu a seguro firmemente em meus braços, rindo da situação. Só queria entender o que a deixou tão brava assim.

Daniel: — Vá para casa, tire o dia de folga. Amanhã você volta no seu horário. Chame a Raquel para ficar no seu lugar hoje. — Falo para a secretária, enquanto saio puxando Emilly para a minha sala.

Entro e tranco a porta, soltando-a. Ela vai andando até a cadeira e se senta, sem olhar para mim. Pigarreio e arrumo minha gravata. Aproximo-me dela, agachando-me de frente para Emilly, olhando em seus olhos.

Daniel: — Vai me contar o que aconteceu?

Emilly: — Ela quer dar para você, e eu sou uma atrapalha foda, é isso que está acontecendo. — Seguro o riso, pois ela com ciúmes fica uma gracinha.

Daniel: — Está com ciúmes?

Emilly: — Que ciúmes o quê, só acho que essa conversa é muito feia, já que ela me viu entrando com você de mãos dadas. Vou para minha mesa.

Ela tenta se levantar, mas eu a seguro para que continue sentada. Mesmo que ela negue, está claramente com ciúmes, quase tendo um treco. Observo sua respiração rápida pela raiva que está sentindo. Seus olhos não encontram os meus, ela fica olhando para o lado, e sua perna não para de tremer.

Daniel: — Emilly, muitas podem me desejar, eu não me importo, pois só quero estar com você. Nenhuma delas passou de um caso, e com a minha secretária eu nunca dei nenhum tipo de abertura, então não precisa ficar com tanto ciúme. Eu sou todo seu, e você é toda minha.

Emilly: — Eu não sei, você é muito devasso, vai que você enjoa de mim. Olha Daniel, eu sou mulher, eu tenho sentimentos, se for para não retribuir, prefiro que a gente pare por aqui mesmo. Não quero me envolver com um homem disputado, nem ficar arrumando brigas por causa disso.

Daniel: — E eu não quero mais ver você brigando na empresa com essas mulheres. Prefiro que venha até mim e me diga o que está acontecendo. Não quero você puxando o cabelo de ninguém, como minha futura esposa, tem que se comportar como tal.

Ela olha para mim, mudando a expressão do rosto, logo um sorriso fraco é lançado de seus lábios, e fico contente com isso. Levanto-me e a puxo para perto de mim, colando seu corpo no meu, e beijo sua boca. Se não fossem as pessoas do lado de fora, eu a teria aqui mesmo em cima da minha mesa, mas não quero que ninguém ouça os gemidos que são só meus.

Daniel: — Vou te levar a um lugar para escolher seu vestido. Quero que você seja a mulher mais deslumbrante esta noite, para que eu me sinta ainda mais apaixonado por você.

Emilly: Vestido? Vamos para algum evento especial?

Daniel: Não se faça de sonsa, você ouviu o que pedi na banheira. Mas quero fazer do jeito certo, porque sei que você, mulheres, são do tipo românticas e querem algo para lembrar para sempre. É isso que vou te dar, um pedido romântico.

Ela sorri e se inclina em meu colo para me beijar. Ah, estou completamente apaixonado por essa mulher, não há como negar. O dia passa voando e o expediente acaba. Pego na mão dela e a levo a uma loja com vestidos exclusivos. Entrego-a à vendedora, deixando claro como quero que ela esteja esta noite.

Mesmo que seja para fazer o pedido de casamento, no final da noite vamos estar na cama, comigo arrancando o vestido dela com a minha boca. Ela entra de um jeito e sai de outro. O vestido escolhido realça cada curva do corpo dela e, além disso, na cor vermelha, só para dar um toque de sensualidade.

Escolho ele, pois não tem outro no mundo que ficaria perfeito ao corpo dela. Pago, e seguimos para casa. Deixo ela no quarto, e vou para o outro me trocar. Colocou um smoking para acompanhar a bela dama que me acompanha.

Termino, e espero ela na escada. Com alguns minutos ela aparece, e meus olhos se enchem de alegria. Mulher mais lindo do mundo está na minha frente, descendo as escadas da minha casa, e em alguns dias, será a minha esposa. Tem como eu querer mais que isso?

Daniel: — Está maravilhosa, Emilly. Meu coração até parou quando te vi.

Emilly: — Você é muito bobo, já tinha me visto com ele na loja.

Daniel: — Sim, mas foi diferente, agora está maquiada, e com um penteado que combina perfeitamente com você. Acho que vou ter uma parada cardíaca.

Ela sorrir e entrelaça seus braços em meu pescoço, e eu jogo ela na parede, beijando sua boca com lascívia. Acho que já não quero mais jantar, seria melhor fazer o pedido arrancando o vestido do corpo dela. Dou a ela essa sujestão, mas ela reclama que ficou uma hora de arrumando, e agora ela quer jantar.

Desapontado, seguimos para o carro. Abro a porta para ela e mando um segurança levar o carro. Sentamos na mesa que deixei exclusiva para nós dois, e faço o pedido dos pratos, com um vinho branco para acompanhar.

Daniel: — Emilly, minha linda Emilly, não sou tão romântico, mas vou dar o meu melhor. Você aceita se casar comigo, dividir sua vida comigo, pelo resto de sua vida, até que a morte nos separe?

Ela olha para cima como se estivesse pensando na resposta, só falta ela fazer um show aqui, e dizer não.

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