capítulo 10

Ele tem o poder de me deixar sem graça com as palavras, e era por isso meu medo de vir morar aqui na casa dele. Do falta agora ele falar que eu tenho que dormir na mesma cama que ele, para que eu paguei a minha estadia aqui.

A noite foi tranquila, apesar de eu não conseguir dormir direito a noite toda, pensando que ele entraria aqui para me atacar. Mas ele não veio, e eu me arrependo de não ter dormido. No outro dia de manhã, ele entra no quarto, eu ainda estou deitada. Ele está lindo com o seu terno azul escuro, isso dá um charme enorme nele, mesmo já vendo ele com roupa casual, o que combina mesmo com ele é a roupa social.

— Se troca, vamos descer pois já vou deixar as meninas de sobreaviso de quem é você, já para não haver gracinhas de novo. Te espero na mesa para tomarmos café está bem?

Concordo com a cabeça e ele sai do quarto. Me levanto e vou fazer a minha higiene. Quando desço, vejo outras meninas na área da limpeza, e vou caminhando devagar até a mesa. Ele se levanta e chama todas as empregadas para dar um comunicado.

— Quando eu não estiver aqui, a Emilly mandara em vocês, então a palavra dela é o que vale dentro dessa casa. Se alguma falar qualquer gracinha para ela, ou ela ouvir, vou comunicar a agência, e vocês serão demitidas por justa causa. Espero que tenham entendido.

Todas concordam, e ele me chama para sentar. Uma sensação boa me invade, uma sensação de segurança. Apesar do medo que eu tenho dele, me sinto segura, como se eu soubesse que ninguém poderá fazer nenhum mal para mim.

— Hoje vou falar com o meu advogado, vamos fazer o pedido do divórcio litigioso, e logo você estará totalmente livre daquele embuste.

— Mas ele vai preso?

— Vou garantir que seja. Bom, estou indo para a empresa. Tenho que ir cedo porque vou ficar uns dias sem a minha assistente, e a secretária não fazer as coisas do meu jeito, já prevejo que irei ficar irritado. Vai me fazer massagem quando eu chegar para tirar o meu estresse?

Arregalo os olhos sem graça, e ele da risada, como sempre. Ele sai e eu fico ali, naquela casa enorme, tendo que lidar com várias desconhecidas. Mas, pelo menos essas não tem cara de serem nojentas.

Depois do café, vou andar pela casa, como ele tinha falado. Fui conhecer cada cantinho, e me impressiona a cada porta que eu abro. Aqui tem de tudo, se tiver um ataque zumbi, aqui seria o paraíso ideal para se morar. Tem até uma sala de vídeo game. Coisa que não passaria pela minha cabeça que o senhor Carter faz.

O dia passa tedioso, não sei se vou aguentar ficar aqui esses sete dias. Pois tenho medo de tocar nas coisas, e acabar quebrando. Como eu não tenho dinheiro para pagar, ele vai querer me cobrar de outra forma. Isso ele deixa vem claro sempre com suas gracinhas.

Enfim a noite chega trazendo ele junto. Não sei se é bom ter ele aqui, ou não. Pois gosto de conversar com ele, menos quando ele da as entradas de homem cafajeste, isso me assusta um pouco.

— Aconteceu algo na minha ausência?

— Não, nada. Ficou até parado de mais.

— Se sentiu entediada? Trouxe um presente para você. Vai lá se troca. Fica bem bonita que vou te levar em um lugar.

— Para onde, senhor? — Ele não responde, só manda eu ir ao meu quarto me trocar.

Subo as escadas, e me deparo com um vestido vermelho em cima da cama. Pego ele na mão, e reparo o quanto é bonito, mas deve ter sido muito caro, e acho que o senhor Carter está exagerando em tudo isso que está fazendo comigo.

Vê arrumo, deixando o meu cabelo em um rabo de cavalo, com alguns fios soltos. Quando vou descendo as escadas, posso ver os olhos dele brilhar. Eu fico com vergonha, mas pela primeira vez ver o lado cavalheiro dele.

— Está muito linda, para falar a verdade, a perfeição em pessoa.

— Obrigada, senhor Carter, o senhor também está muito lindo.

— Vamos deixar o senhor para lá, me chama de Daniel.

— Eu não posso, o senhor é meu chefe.

— Eu sei, mas você está de atestado, e eu estou sendo só o seu amigo. Então nada de senhor, combinado?

Concordo com a cabeça, e seguimos para o carro dele. Como o vestido é longo, resolvi colocar um sapatinho baixo, pois ainda não estou bem para andar de salto. Ele para de frente a um restaurante de luxo, e eu me sinto até envergonhada com isso. Ele pega na minha mão, e seguimos para a área que ele reservou para nós dois.

Ele faz o pedido dos nossos pratos, e as poucos vou ficando mais solta com ele. Ele continua perguntando coisas da minha vida com o Michael, mas sempre e

Que vejo que eu pessoal de mais, eu me calo. De repente o celular dele começa a tocar, ele sorrindo para mim, atende sem nem olhar para a tela.

— Chame a polícia, não deixe que ele entra na casa. Ele está proibido de se aproximar dela...

— Michael está na sua casa?

— Sim, mas não se preocupe, eu disse que irei te proteger e vou. O processo do divórcio já está em andamento, mas a medida protetiva já está valendo. Se ele chegar perto de você, eu mato ele, se ele não respeita a lei por bem, vai respeitar com a minha mão na cara dele.

— Eu não quero trazer problemas para você, por favor, me deixe ir embora eu.

— Você não vai embora, Emilly, me deixe te ajudar, me deixe te proteger. Eu não quero o seu mal, estou fazendo isso pois sei que se ele falar com você, você vai embora com ele, e pode ser a nossa última conversa. Então por favor, fica comigo, e me deixa te defender?

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