Capítulo 17

Loren

Eu olho para Eron sem acreditar que o destino nos uniu mais uma vez. Ele me salvou de levar uma surra de três idiotas, mas ele está tão diferente de quando tinha 15 anos.

Ele me olha sério e repete a pergunta... Mas temos algo mais importante para resolver. Olho para ele séria.

— Não vou mentir, me sinto atraída por você. E gostaria muito de testar um relacionamento com você que comparado aos tralhas que já passaram em minha vida é um príncipe encantado, mas temos algo maior para resolver agora. Não podemos focar em relacionamento. Seria um erro da nossa parte e nada profissional.

— Posso te garantir que iremos manter o

profissionalismo fora dessa mansão. Daquela porta para fora continuarei sendo o seu "chefão". Mas aqui dentro, quero ser seu namorado, diabinha.

— Você não vai desistir, né? Se eu aceitar você vai mesmo manter o profissionalismo?

— O profissional sim, já o meu ciúme sinto muito, mas você é especial demais para mim e isso eu não vou controlar.

— Tinha que ser... príncipe e psicopata. Gosto de um desafio, só não mata ninguém, chefão. — Ele dá um sorriso que me deixa doida — Quando te vi a primeira vez algo em dizia que você era muito familiar para mim, eu tentei puxar em minha mente, mas nada saia.

— Quando eu a encontrei, iria matá-la para ficar como exemplo para o seu grupo. Só que algo em você me fez frear, eu nunca tive problemas para matar... Com você foi a primeira vez.

— Não quero que a Laura saiba sobre nós, pelo menos não até pegarmos o canalha desgraçado. Vai ser tão difícil para mim ficar perto dele agora.

— Não sou fã de esconder as coisas, diabinha. Isso significa que não vou poder beijá-la sempre que eu quiser. Mas já que será apenas até pegarmos o Daryl, vou esperar então. Mas não me culpe por arrasta-la tantas vezes para o meu quarto.

Ele vem e me beija... Não sei até onde vai esse relacionamento, então vou aproveitar. Nós acabamos nus no escritório dele, matamos a vontade que estávamos desde a última noite que ficamos assim.

Ele é perfeito em tudo, eu me surpreendo por ter conhecido ele há tantos anos atrás e por ele ter me defendido. Aqui estamos nós mais uma vez juntos e estou muito feliz com isso.

Estou até com medo porque quando eu estou feliz demais sempre acontece alguma coisa para me derrubar.

E infelizmente tivemos que nos vestir e sair do escritório, eu fui até o meu quarto e tomei um banho. E depois passei no quarto da Laura cuidei dela e deixei ela brincando com as bonecas que ela tanto ama.

Pois eu ainda tenho que me encontrar com aquele verme, ele encheu meu telefone de mensagens e ligações, mesmo dizendo que estava doente no hospital.

Ele fez de tudo querendo que eu passasse o endereço do hospital, mas eu disse que não porque meu rosto estava inchado e eu não queria que ninguém me visse daquele jeito.

Claro que o chefão ficou morrendo de ciúmes. Ainda mais depois de me ver com um lindo vestido, meus cabelos soltos e as minhas botas cano curto.

Mas eu disse para ele se conter, a única vontade que eu tenho com o Daryl é de torcer o pescoço dele e ver a vida se esvair pelos seus olhos.

— Não deixe ele tocar no que é meu, diabinha. Eu olho séria para ele — Ok... Profissionalismo. Mas que merda.

— Eu sei... Mas logo isso vai acabar. — Dou um beijo nele e saio em seguida.

Já no carro eu fico pensando nas mil maneiras que eu poderia usar para matar esse idiota e ninguém iria descobrir que foi eu. Mas primeiro eu teria que analisar para onde ele vai me levar. Eu odeio quando ele faz esse tipo de segredo e não me conta para onde vai me levar.

Infelizmente eu sou a falsa noiva e tenho que segui-lo para onde ele vai e pelo jeito que ele pediu para me arrumar provavelmente é outra festa idiota em que a família dele vai estar presente. E eu terei que irritar tanto o pai quanto a madrasta tarada dele.

Eu só não entendi porque ele não conta logo para o pai dele que a querida madrasta está doida para dar uns pegas nele. Mas a família dele não é minha, então quem decide é ele. Quando eu chego na mansão acho tudo meio mórbido por aqui. Não tem alegria, não tem nada.

Mas cada um tem um gosto para a vida e acho que o dele é esse. Ao entrar na mansão um dos funcionários me avisa que ele já vai descer pois está se arrumando.

Ele está um pouco desconfiado desde que eu matei aquele cara, então vou ter que me fazer muito de boazinha e isso me leva a passar mal, me deixa enjoada. Meia hora depois ele desce e diz animado:

— Preparada para ir a um lugar muito legal? Espero que goste de chocolate suíço. Estamos indo para a Suíça.

— Espera um minuto, você está brincando, né? Eu não trouxe mala e nem passaporte.

— Você não vai precisar nem de um e nem de outro. Agora vamos que o avião da minha família está esperando por nós.

Olho para ele e penso:

— Fudeu. Como vou avisar o chefão que esse idiota está me levando para a Suíça? E o pior ainda, ele vai pirar. Eron não vai aceitar muito bem, pior que não posso nem usar meu celular agora ou Daryl iria desconfiar.

Eu vou ter que esperar chegar nesse maldito avião para mandar uma mensagem para o chefão. Sei que ele não vai reagir bem a isso, mas o que eu posso fazer? Ele sabia que em algum momento esse idiota iria me levar para algum lugar.

Já que ele está fingindo que estamos juntos. Vou ter que encarar horas de vôo com a família irritante dele e ele... Vou ter que me segurar muito para não matar ninguém.

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