Capítulo 07

Eron

— Então diabinha, aqui neste contrato que acabei de redigir tem tudo o que precisa saber, coisas que pode ou não fazer e falar principalmente, aconselho a ler atentamente, não quero que ocorra algo que me obrigue a puni-la. — Ela estreitou seus olhos a cada palavra que minha boca proferiu.

— Pode me dar uma cópia? Leio uma por dia. Como você conseguiu redigir dez páginas? Estamos aqui a pouco mais de 5 minutos.

— Tenho vários desse em arquivo, só modifiquei para se adequar a você! Não tenho o dia inteiro reservado para você, tenho outras coisas para resolver.

— Além do dinheiro, o que mais me interessa nesse contrato é você não fazer nada com a minha família.

— Eu não quebro meus contratos, diabinha. Se quer tanto assim proteger quem te abandonou para morrer nas minhas mãos, apenas assine.

— Está escrito aqui que minha vida te pertence até concluir o pagamento da minha dívida com você. Porque não fazemos assim, o pagamento que vai me dar usa para pagar a dívida que tenho com você.

— Esperta, diabinha. Mas não será do seu jeito e sim do meu. Assina logo ou eu desisto e mando trazerem sua família aqui para resolver logo nosso problema. — Dou uma risada animada — Começo pelo seu pai, depois a sua mãe e por último os seus irmãos, vai assistir tudo até eu terminar com eles.

Pego meu celular que está em uma chamada de vídeo, mostrando a família dela completamente vulnerável.

— Meus… — Ela deixa sua fala morrer por causa do medo. — Como você os encontrou? Não machuque eles. — Pediu aflita. — Eu vou assinar essa droga sem ler mesmo. Só me dê uma cópia para que eu possa ler depois.

— Só para que saiba logo, pois, sei que não leu essa parte, você terá que morar aqui e só poderá sair acompanhada dos seguranças. — Meu olhar muda e fico frio novamente. — Outra coisa importante, não entre no meu quarto. Não quero você nem próxima do meu quarto, não sei qual é a sua... Até onde sei você pode muito bem ter armado para estar onde está agora.

— Ansiosa para ver você quebrando a cara quando perceber que me julgou mal. Posso ser ladra, como você mesmo me chamou, mas sou o tipo de pessoa tão clara quanto água.

— Já assinou? Agora vamos lá. — Me levanto e caminho na direção da porta, ela apenas me segue, dá para ver que não está muito contente, quem estaria feliz nessa situação?

— Quero resultados. — Falo entre dentes no caminho até o carro.

Nós entramos no meu carro e levo ela diretamente a um shopping que sou sócio, dou um banho de loja nela e depois a levo até o salão.

— Não quero que cortem o seu cabelo, diga apenas para dar um brilho, com relação ao resto. — Olho para ela de cima para baixo, depois de baixo para cima. — Até que você é gata, peça apenas para fazerem sua unha, maquiagem e cabelo.

Me sento enquanto ela entra. Sei que as mulheres olham para mim, um homem com cara amarrada em um salão geralmente causa esse efeito, mas meu ego um pouco inflado prefere acreditar que elas me olham por eu ser alto, forte e com boa aparência.

Não estou aqui atrás de mulheres, estou aqui porque tenho um plano em mente. Quero que ele dê certo, umas duas horas e meia depois ela vem e eu dou graças a Deus.

Quando eu olho na direção dela, não acredito no que estou vendo. A diabinha cortou o cabelo, somente para me irritar.

Mas para sua sorte a deixou mais sexy ainda, a maquiagem deixou o seu olhar penetrante, até suas unhas dá para ver de longe, essa diabinha escolheu um vermelho sangue para as unhas.

— Gostou do meu cabelo, Olaf versão gigante de mal humor eterno? Eu amei. — Ela solta em forma de desafio mexendo nos fios.

— Olha, eu poderia te obrigar a voltar lá e fazer o cabeleireiro colar fio por fio, mas eu gosto do que estou vendo. Sorte sua, agora vamos. — Falei minimamente, por um lado esse jeito desafiador dela começa a me deixar um pouco mexido.

— Tenho que passar para você a ficha completa do Daryl Rolling. — Mudo de assunto para que ela não note o meu interesse.

Levo a diabinha até o restaurante de um amigo meu e lá eles já me levam para uma área vip.

— Vossa majestade, já foi barrado em algum lugar? Do jeito que vive duvido muito. — Ela comentou olhando a volta.

— Você não me conhece e acha que por ter visto o que eu permiti ver, pensa que minha vida sempre foi assim? Diabinha, ficaria surpresa com minha história de vida. — Dou um sorriso amarelo, meu passado realmente não é o mais agradável, prefiro acreditar que tive sorte.

Pego o relatório que recebi de Zac e entrego para ela, assim que abre e a foto de Daryl saiu de dentro do envelope ela ficou um pouco séria.

—Pelo menos o idiota é gato e não é um velho babão. Vou poder aproveitar esse trabalho. — Um sorriso sacana brotou em seus lábios e por alguma razão isso me incomodou.

— Você tem uma missão nas mãos e não é ir para a cama de Daryl. Agora preste atenção. — Falo sério com ela.

— Você está ciente de que terá que seduzi-lo, mas não precisa ir para a cama com ele, quero que descubra o que puder, mas ao mesmo tempo quero que copie tudo do computador dele para o pendrive que estará em seu colar com um pingente. Você precisa fazê-lo cair no seu charme para que confie em você, vai iniciar como uma acompanhante de luxo, diabinha, por favor, seja educada e não dispare esse seu linguajar das ruas nos lugares em que ele te levar.

— Eu sou educada. Sei fazer a fina quando eu quero. Não precisa ofender, riquinho.

— Você está ciente que se ele descobrir que trabalha para mim, vai sofrer muito nas mãos dele. Daryl não vai te matar, mas vai ter muito prazer em vê-la sofrer. Não se engane com as falas gentis dele.

— Algo mais que queira falar? Já que esse relatório diz até quantas vezes o cara vai ao banheiro e quantos minutos ele fica lá dentro. — Loren dispara um pouco ácida.

— Esse relatório é específico e vai te ajudar. O seu quarto fica no andar de baixo, naquele corredor ao lado do meu escritório. E lá já tem um celular com tudo o que precisa e roupas, maquiagem, perfume, joias, você só precisa trabalhar perfeitamente bem, ser profissional, se tiver sucesso na sua missão, terá um trabalho permanente na minha máfia, e a proteção.

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