Capitulo 15

Eron

Fiquei olhando a diabinha sair com a Laura, essa está sendo a maior prova de confiança entre nós dois. Eu sei que ela pode fugir, ir para qualquer lugar do mundo e eu nunca mais vou vê-la.

Mas eu preciso testar o caráter dela, algo dentro de mim diz que ela vai voltar, mas tenho que ficar com um pé atrás. Não estou onde estou sendo tão bonzinho com todos.

Mas ela desperta um lado meu que eu só vi despertar uma vez e depois adormecer de novo, que foi quando eu salvei aquela garotinha de levar uma surra de adolescentes.

Eu preciso cuidar de algumas coisas, ainda não peguei o dossiê da Diabinha para ler, mas eu preciso fazer isso.

Mas cada um problema por vez. Agora eu preciso falar com o meu informante e procurar saber dele como estão as coisas no tal e iate.

Onde houve a morte do velho pelas mãos da minha diabinha. Tive que marcar com ele em uma área remota. Ele disse que vai demorar um pouco para chegar pois estava despistando qualquer um que o esteja seguindo.

Espero apenas umas meia hora e ele chega... Nós caminhamos para nossa zona de segurança que é um lugar que tem bastante árvores e nos sentamos para conversar. Eu olho para ele e falo:

— Peter, velho amigo, ainda não acredito que você trabalha com aquele verme há tanto tempo.

— Fazer o que se eu te encontrei faz pouco menos de cinco anos? Se eu soubesse que você era Lúcifer não tinha trabalhado para aquele idiota... Iria trabalhar para você. Mas é bom você ter um informante na casa do inimigo, te ajuda muito. Agora vamos falar sobre aquela pequena que você colocou para vigiar o Daryl. Que pequena agressiva que você arrumou. Ela destruiu a cara do homem dando porrada com um extintor de incêndio. Sinceramente, não dá nem para saber quem é aquele homem, não tem como descobrir. — fala sorrindo.

— Aquela pequena é a minha diabinha, a propósito, não permita que ninguém tente se engraçar para o lado dela. Sou capaz de matar um por ela. Estou ansioso para torcer o pescoço do Daryl.

— Falando nele, abre o olho com a sua pequena diabinha. Ela até que fez um bom show, mas o conheço bem o suficiente para dizer que a atitude dela foi muito suspeita. Para sua sorte aquele dia, quando você me avisou que ela iria entrar no iate eu consegui danificar o sistema de câmeras de segurança do local. E não gravou nada do que aconteceu nem o resgate da menina pelo seu pessoal. Mas a sua pequena diabinha, precisa abrir os olhos. Porque ele vai começar a interrogar ela em conversas, com coisa que ninguém quer nada. Eu te aconselho até mesmo a tirá-la dessa missão, porque as coisas podem ficar mórbidas de uma hora para outra, se é que me entende.

— Eu entendo sim, mas se ele ousar tocar nela a luz dele vai se apagar mais rápido do que ele possa imaginar. Eu lembro das vezes que passamos nos lares de adoção. Eu queria mesmo ter te ajudado antes de Daryl entrar na sua vida. Trabalhar ao lado de Daryl é castigo. Mas assim que ele morrer, eu quero que você venha para o meu lado. Terá tudo e sua família também, vai começar por cima, meu amigo. Você não merece estar com alguém que explora tanto assim os seus trabalhos. Eu tenho que ir agora. Eu ainda tenho muita coisa para fazer, estão atacando algumas bases que eu tenho para guardar armamento e eu ainda não descobri quem é que está fazendo isso. Mas eu vou descobrir logo, nada fica escondido de mim por muito tempo. Cuidado, mantenha vivo até eu matar aquele desgraçado.

— Se cuida também. Trabalhando para aquele

desgraçado eu descobri que você tem muitos inimigos querendo sua cabeça. Você não tem noção, tem alguns que são seus sócios e estão doidos para te ver em um caixão. Abre o seu olho, eu ainda não consegui a lista que você precisa. Mas estou perto de conseguir. — Peter verbaliza.

— Vou ficar no seu aguardo. Pode ir, saio depois de você.

Peter sai e eu vou logo em seguida. Ao chegar em casa, Zac vem falar comigo.

— Terei que me ausentar por alguns dias. Consegui uma carga valiosa lá da Alemanha para você. Mas terei que dormir com a Chefe da máfia de lá... Digamos que ela decidiu unir o útil ao agradável. — Zac fala.

— Meu amigo, não precisa fazer isso. Sabe que temos muito dinheiro. Você não precisa se vender assim.

— Não vou perder essa, ela é gata e gostosa. Vou me divertir muito. Volto em 15 dias.

— Zac, só tome cuidado, sabe que não podemos confiar em ninguém. Me mande mensagem sempre, por favor. Quero ter certeza que está tudo bem com você.

— E você cuidado com aquela louca. Aquela mulher tem um demônio no lugar da alma.

— Não fale assim da minha diabinha. Você não a conhece bem. Vou ler agora aquele dossiê que você fez sobre ela para mim. Obrigado por aquilo.

Zac sai rindo e eu vou tomar um banho, vesti uma roupa confortável e depois vou direto para o meu escritório. Ligo o meu computador e vou direto na pasta que tem o nome da minha diabinha.

Abro para ler documento por documento até que eu chego em um que me chama atenção... É o mesmo lar para menores em que fiquei quando eu era mais jovem antes de conhecer o meu padrinho.

Entro no arquivo e vejo que o nome dela está lá, não com o sobrenome que está usando agora. Deve ser dos pais adotivos.

Mas o nome é o mesmo. Vejo a idade que tinha e bate com a idade da menina que salvei, vou me aprofundando cada vez mais até que consigo hackear o arquivo daquele lar para menores.

Na mesma época que ela saiu também, eu não acredito que eu te achei. Eu queria tanto ter te encontrado quando você era criança e agora depois de adulto o destino fez nós dois nos cruzamos novamente.

Mas dessa vez eu não vou deixar você ficar muito longe de mim.

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