CAPÍTULO 15... NOAH

NOAH...

Acordo mais um dia sem a minha Luna, e assim que ligo o celular, vejo a foto dela no meu papel de parede. Tirei essa foto dela no natal, lá no jardim, gostei tanto que coloquei no meu papel de parede.

Sigo até a academia, que tem sido o meu primeiro "café". Faço vários exercícios, depois vou para a área onde treino o boxe, algumas séries de golpes e paro, recuperando o fôlego. É quando vejo o papai entrar.

— Já, de pé?

— Perdi o sono e preferi vir treinar...

— Já decidiu o curso?

— Sim... Já que o senhor está me ensinando administrar lá... Então... — ele deixa um sorriso de canto sobressair no seu rosto.

— Ótimo. Vá tomar um banho, antes de ir para a loja vamos à universidade fazer a sua inscrição — ele dá um tapinha no meu ombro — não sinta raiva de mim, Noah. Sempre tive orgulho de você, sabe disso, mas quero que seja um homem de verdade, e não um moleque. Não ligo se estiver encarando isso como uma punição, desde que aprenda com os seus erros.

Respiro fundo, pois, o meu pai sempre soube usar as palavras da forma certa, tocando onde queria, com sutileza e maestria.

— E quanto a Luna...

— Pai...

— Quero que vocês se façam feliz, filho. Não sou contra. Mas vocês dois são jovens, ainda precisam amadurecer bastante, — ele segura o meu rosto — nada me faria mais feliz, que não fosse ver vocês juntos, mas pense bem no que eu disse... Seja um homem, filho. Faça com que todo o esforço de vocês em esconder esse namoro, valha a pena — desvio o olhar e o meu pai dá risada — eu quem te ensinei a ser ator, Noah. Acha que não sei sobre esse... Amor às escondidas?

— Deve ter câmeras por todo lugar nessa casa, só pode — cruzo os braços.

— Até tem, mas não foi por aí que descobri. Só que não vou ficar entregando os meus segredos assim de bandeja. Vamos? — reviro os olhos — Precisamos dar um jeito nesse seu cabelo também, já passou do dia de cortar, não acha?

— Não! — falo rápido e o meu pai dá ainda mais risada — Do meu cabelo não abro mão.

Saio andando rápido e deixo o senhor Rick Jones para trás, rindo de mim. Cortar cabelo... Onde já se viu? É uma das coisas que a Luna mais gosta em mim, eu vou tirar? É ruim, Brasil!

Me arrumo com roupas mais formais, não coloco um terno, não sou fã de gravata, me deixa sufocado, mas... Visto uma camisa social, calça também social, blazer da cor da calça, sapato social marrom, um relógio, meu brinco de pedra, — furei quando eu tinha 15 anos, o meu avô quase teve um treco — meu colar e alguns anéis.

Seguimos para a faculdade que o meu pai escolheu, depois do café da manhã, a minha mãe quem deixou os gêmeos na escola, já que era caminho para a fábrica e ela tinha que resolver umas coisas hoje.

O diretor da universidade quando nos viu entrando na sua sala, arregalou os olhos, já que sabia quem éramos, ou pelo menos o meu pai, já que somos uma das famílias mais ricas do Brasil, assim como no mundo.

— Senhor Jones?! Quanta honra receber o senhor aqui.

— Bom dia, Robert. Como eu já havia dito antes, vim fazer a matrícula do meu filho Noah.

— Claro! Temos vagas disponíveis em todos os cursos, mas imagino que os senhores já tenham escolhido, certo?

— Sim.

O velho sorri, mostrando todos os dentes, tenho nojo de gente assim. Matrícula feita, confesso que achei um absurdo as mensalidades, mas algo me diz que esse sangue suga cobrou a mais só por se tratar de um herdeiro Jones, isso renderá prestígio e fama a eles.

Começo amanhã, — maldição — a quantidade de livros que o diretor falou que eu precisaria, me fez odiar a minha escolha de curso. O pior, é que ainda vou fazer alguns cursos extracurriculares de gestão financeira e desenho, coisa que eu já deveria ter feito, mas que estava ocupado fo..dendo "metade da escola".

— Pronto para começar trabalhar?

Sou questionado pelo meu padrinho assim que entramos no prédio de quatro andares que o meu pai comprou uns anos atrás, para ficar melhor de administrar todas as lojas que tem ao redor do mundo.

— Não tenho outra saída, não é?

— Ah, tem! Sempre tem! Mas você escolheu a mais sábia! — papai fala sério — Agora, nada de conversinha mole, a sua mesa chegou ontem a tarde, a minha secretária já separou alguns documentos para você analisar. Revise todos, faça anotações onde você achar que precisa de alteração, separe os que já estão favoráveis o suficiente para a nossa empresa, e depois, traga para eu ver se fez um bom trabalho.

Jogo a cabeça para trás e ouço o riso abafado, do meu padrinho, olho para eles dois, e estão ambos sérios outra vez, fecho a cara e começo fazer o que me foi mandado.

Horas mais tarde, ouço uma batida na porta, levanto o olhar e vejo a minha mãe entrar, papai continuava concentrado nos papéis dele, então acho melhor eu sair e deixar os dois a sós, beijo a bochecha da mamãe e digo que vou tomar um café.

Que café, que nada... Eu só não quero segurar vela dos meus pais. Aproveito para enviar uma mensagem para a Luna, ela já tinha saído da aula e estava em casa.

"— Estou me sentindo incomodada com uma coisa, Noah... — ela fala na ligação, pois, não aguentamos a saudade"

— O que houve, minha princesa?

"— Tem um cara na minha turma... Um tal de Saulo... Ele não larga do meu pé. Hoje ele estava me esperando na porta da sala, e ainda teve a cara lisa de me trazer uma flor."

Respiro fundo, e fecho os olhos, controlando a minha raiva.

— Quer que eu fale com o papai sobre isso? Ele tem contatos... Pode... Não sei... Investigar ele, te dar um segurança... Que inclusive já deveria estar aí com vocês.

"— Está falando do armário que tem na minha porta e que me segue para todos os lados?"

— Kkkkk sim.

"— O Marco me acompanhou até ao banheiro, Noah. Ao BANHEIRO, achei até que ele fosse dar um soco no Saulo quando eu me recusei aceitar a flor. Acredita que ele sentou do meu lado na sala de aula? A sala toda ficou me olhando torto."

— É... Acho que ele exagerou um pouco. Estou voltando para a sala do papai, a mamãe acabou de sair.

"— Tudo bem. Mais tarde ligo novamente. Beijo."

— Um beijo, minha princesa.

Desligo no instante que a mamãe aparece na cafeteria, ela balança a cabeça e diz que o papai está me chamando, deixo outro beijo no seu rosto e volto ao trabalho.

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Meninas, quero deixar um aviso!

A partir de hoje, todos os capítulos desse livro, e do Kilian, serão 2 por dia, às 7 da manhã "Além da Carne" e 14 da tarde, "Amor Proibido", com excessão das segundas e quintas, pois, esses dois dias serão para a postagem dos capítulos do livro "REDENÇÃO: Em Busca do Amor", do Renan, pai da Luna!

Essa foi uma decisão que precisei tomar para o bem da minha saúde mental, já que eu estava ficando muito sobrecarregada com 3 livros sendo escritos, trabalho, escola e a minha vida pessoal! Espero que todos me compreendam!❤️🌹

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