CAPÍTULO 19... LUNA

LUNA...

Foi uma surpresa sem igual, ter toda a minha família aqui comigo, num dia tão especial, e foi ainda melhor, poder dormir abraçada aos meus dois amores: Noah e Charlie.

Exatamente, eles brigaram bastante, mas terminaram dormindo os dois na minha cama, o Noah atrás de mim e o Charlie no meu peito, e sabem de uma coisa? Nada se compara a poder dormir assim, com os meus dois homens.

As meninas, Dani e Sofy, dormiram no apartamento com os meninos, e sei não... Mas eu acho que está rolando algo entre eles. Agora voltando ao assunto do soco no Saulo... Bem... Consegui apaziguar a situação entre o papai e o meu amor.

Abro os meus olhos ao sentir cheiro de café, e vejo o Noah sorrindo ao meu lado na cama, o Charlie não estava mais nos meus braços.

— Ele acordou uns minutinhos atrás, e pediu o leite dele, ao fui deixar ele com o tio Renan.

— Ah... Que cheiro é esse de café? — pergunto me sentando na cama, e dando de cara com uma bandeja com panquecas, café e uma tigela de frutinhas.

— Bom dia, minha princesa — recebo um selinho e sinto o meu rosto esquentar.

— Bom dia... — sorrio para ele.

Ele pegou a bandeja e colocou no meu colo, se sentando ao meu lado, comi enquanto conversávamos, ele me contou um pouco sobre como foi viajar com toda a família por mais de 12 horas, dentro de um único lugar: o jatinho da família.

— Posso imaginar o quão entediante foi — falo quando coloco a bandeja na mesinha de cabeceira.

— Teria sido muito mais divertido se você estivesse comigo.

Olho nos seus olhos e eles brilham. Tomo a iniciativa de lhe dar um selinho, mas nunca paramos só com isso, e estamos com tanta saudade... Noah segura a minha nuca, aprofundando o beijo.

Me perco nas sensações que os seus lábios me proporcionam. Ele me deita na cama, ficando por cima de mim, a sua perna entre as minhas, uma das suas mãos no meu quadril, enquanto a outra mantém o seu peso controlado.

Estamos ficando ofegantes, buscando por mais, por algo que nos faça apagar esse desejo, quando ouvimos um arranhar de garganta. Abrimos os olhos ao mesmo tempo, assustados.

— Droga... É a vovó — ouvimos um risinho e o meu rosto está completamente vermelho, não tenho dúvidas.

— Filhos?

O Noah ainda está me escondendo com o corpo dele, devido a vergonha que eu estou sentindo por termos sido pegos no flagra, justamente por nossa avó.

— Vó... — eu falo num fio de voz.

— Eu não vi nada, estou saindo — ouvimos ela rir mais uma vez e sair do quarto.

Só depois de termos certeza que ela fechou a porta, é que o Noah se afasta e olho para ele, mor.rendo de vergonha.

— Acho que não podemos mais esconder, não é? — falo com o rosto quente.

— Certamente não...

— Então é melhor eu me trocar, antes que seja um dos nossos irmãos a entrar aqui.

Corro da cama e vou até a bolsa que o Vini trouxe com algumas coisas minhas, ainda ontem, como hoje eu não tenho aula, posso aproveitar o meu dia com a minha família, pois, eles voltam hoje a noite.

Tiro o meu baby doll e só depois que me lembro do Noah aqui, mas ele já me viu tantas vezes, apenas de lingerie, de biquíni, só de lembrar do desfile que fiz na loja do shopping, sinto o meu corpo arrepiar.

Mas a questão, é que... Eu não durmo de sutiã, então...

— Pu.ta mer.da... — ouço o palavrão do Noah e não tenho coragem para olhar na sua direção, então apenas viro as costas para ele, rápido, e entro no banheiro com a minha roupa.

Fico no banheiro mais tempo do que o necessário para vestir um vestido e escovar os dentes, mas estou com vergonha de olhar para o Noah depois dele ter me visto praticamente nua, mesmo sendo namorados, tecnicamente.

Saio e vejo ele jogado na cama, olhando o teto, quando ele ouve os meus passos, vira o rosto em minha direção e assobia.

— Fiu fiu... Você está linda.

Fico corada ao ouvir os seus elogios, caminho até ele e paro a sua frente, o que faz ele sentar na cama e pegar as minhas mãos, acariciando elas com carinho.

— Não lhe entreguei o meu presente... — ele fala de cabeça baixa, enquanto gira o meu anel — Está ali no closet, uma caixa decorada com flores.

Abro um sorriso e vou até onde ele me falou, vejo a caixa de imediato, pego ela, e confesso ser um pouco pesada, coloco na cama, sob olhar carinhoso do Noah.

Abro o papel com cuidado, retirando o laço, quando abro, vejo um lindo dólmã na cor azul celeste, pego ele com cuidado, de dentro da caixa, e tinha o meu nome bordado "Luna L. Jones", deslizo o meu dedo pelas letras em dourado, sentindo os meus olhos arderem com lágrimas.

— Eu amei...

— Ainda tem mais... — volto o olhar para a caixa e vejo uma segunda caixa.

Pego e é mais pesada que o dólmã, abro com delicadeza e vejo um lindo jogo de utensílios, também em azul, noto que em casa peça tinha a minha inicial em dourado, principalmente na colher de madeira, que era gravado com uma pequena linha de ouro.

— É perfeito...

— Eu poderia ter te dado mais um colar, ou brinco... Mas... Sei que os seus olhos iriam brilhar ainda mais com algo relacionado a cozinha, — ele fala acariciando o meu rosto, colocando o meu cabelo atrás da orelha — porém... — abro um sorriso — Abre a gaveta do criado mudo.

— Noah...

— Vai — sorrio e me inclino para abrir, tem uma caixinha que reconheço perfeitamente, é uma joia da família.

Pego o estojo todo em preto, com a logo dourada da loja, abro e me deparo com um broche de ouro, ele era retangular, com uma colher e uma faca cruzados, e as minhas iniciais de um lado e outro.

— Amor... Meu Deus... É tão lindo...

Pulo nos seus braços, emocionada. Ele me abraça com carinho, e me enche de beijos.

— Fico feliz que tenha gostado, minha princesa. Procurei pensar em cada mínimo detalhe, imaginando a sua carinha quando visse. Queria que você gostasse de verdade.

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