CAPÍTULO 4... LUNA

LUNA...

Ver a cara de bravo do Noah me deixou mais do que feliz, e não vou negar, o Luan é bonito, simpático, me trata bem, mas ele gosta da mesma fruta que eu e é bem capaz dele ser afim do Noah, mas...

Como é um segredo que só eu, ele e os garotos que ele já ficou, sabemos, mandei mensagem no caminho até a casa dele, para me ajudar causar ciúmes no meu "irmão", o que pelo visto funcionou.

Agora que já estamos em casa, o olhar de ciúmes do Noah está quase me fazendo perder a pose, de tanto que estou amando. Ele me ajudou pegar todas as sacolas de dentro do porta malas, e ainda levou até o meu quarto.

— Ótima tática fazer com que o Luan me causasse ciúmes sobre você — ele fala depois de colocar todas as compras no closet — só não esquece que eu conheço ele melhor que ninguém, Luna. E ele não é do tipo que fica só com uma pessoa.

— Como pode ter tanta certeza? O Luan mudou muito nos últimos tempos, mas você estava tão ocupado comendo metade da escola, que não sei se lembra mais nem que faltam apenas duas semanas para os testes da faculdade — ele arregala os olhos — ser filhinho de papai dá nisso, maninho. Agora vaza do meu quarto, as suas peguetes não devem estar nada felizes porque você largou elas hoje para ficar comigo feito um cão de guarda.

Ele fecha a cara e sai do meu quarto. Eu odeio discutir com o Noah, conto poucas as vezes que isso aconteceu, mas ser rejeitado por quem amamos dói...

Depois do jantar fui para o meu quarto arrumar a minha mochila do fim de semana, já que vou passar com o meu pai, não, não é o Pedro, o meu pai Renan... Pois é, legal não é? Tenho dois pais, uma mãe maravilhosa e a tia Esmé que é uma segunda mãe para mim.

Esse fim de semana ele disse que vamos viajar para a nova casa deles, no interior de Minas, estou empolgada, ele tinha me mandado umas fotos e lá parece ser lindo, então arrumo uma mochila com alguns vestidos soltinhos, e apenas um mais arrumadinho, um tênis e sandália de dedo.

— Está arrumando a mala de ir embora é? — dou um pulo com o susto que levo, quando olho era o Noah parado na porta do meu closet.

— Que susto, Noah! Não sabe bater mais não?

— Prefiro quando você se assusta com a minha presença... — reviro os olhos para o sorriso dele — Aquele dali fica melhor — ele aponta para um macacão curto que tenho, azul com margaridas desenhadas — realça a cor dos seus olhos, o rosa te faz parecer ter 15 anos.

— Até parece que você é estilista...

— Não sou, mas conheço os seus gostos e também sei que esse você se sente mais confortável com o azul por ser de botões e não zíper.

Fecho a expressão, que ódio ele me conhecer tão bem. Termino separando o macacão azul e não o rosa, deixando ao lado do tênis que preferi ir calçada e levar o chinelo na bolsa.

No outro dia cedo o meu pai passou aqui em casa e eu me despedi da minha família semanal, para acompanhar a minha outra família na viagem.

— Olha que linda, a minha princesa está — recebo um elogio do papai Renan assim que entro no carro — parece até mesmo uma princesa do campo, querida.

— Bom dia, pai kkkk — beijo o rosto dele sentada no banco de trás mesmo, e dou outro beijo na minha boadrasta — oi irmãozinhos lindos — aperto a bochecha da Rebeca, filha apenas da Esmé, mas que considero uma irmã, e do Charlie, meu irmãozinho por parte só de pai.

— Ai Luna... — o Charlie resmunga e eu dou risada, dando um beijinho nele — papai, a Luna me belicou... — ele fala todo emburradinho e eu não canso de falar sobre o quão lindinho o meu irmão é, com apenas três aninhos.

Todos dão risada, e seguimos estrada, quando paramos o carro, fico encantada com o lugar, era lindo. Ajudo o Charlie sair do carro, pois, por mais que eu tenha puxado a bochecha dele, esse sapeca ama ficar grudadinho em mim.

— Aqui é lindo...

— Sabia que você ia gostar. E filha... Ainda não tem wi-fi, o pessoal da rede iria vir ontem, mas houve uns problemas e não teve como. Só na segunda, tudo bem?

— Não tem problema, eu tenho rede móvel, e não tenho nada muito importante para fazer com internet — ele sorri e deixa um beijo na minha testa.

— O seu quarto é a segunda porta da esquerda, querida — a Esmé grita enquanto subo as escadas com a minha mochila nas costas e o Charlie no colo.

— Luna, posso dormir com você né?

— Não quer dormir sozinho, meu pimpolho? — pergunto assim que entro no quarto e vejo a janela enorme que tem, com vista para a parte de trás, da casa.

— Não... Eu tava com sodade.

— Eu também estava, meu amor — encho ele de beijos.

O meu irmão foi uma surpresa na vida de todos da família, já que a Esmé não podia mais gerar depois da Beca, não é à toa que a gravidez dela foi de bastante risco, e o nosso pequeno Charlie quase não resistiu, assim como a mãe.

Agora que eles dois estão bem, o meu pimpolho é um grude comigo, e eu amo ficar com ele o tempo todo, já que a Beca está na fase "adolescente rebelde", e olha que ela só tem 14 anos, viu? Mas está cada vez mais difícil fazer ela aceitar um "não".

Charlie é um garotinho inteligente e que sempre encanta todo mundo com o seu jeitinho fofo, mas por não receber a atenção suficiente da Beca, fica assim, grudadinho em mim o tempo todo, e eu não reclamo, tenho adolescentes em casa também e querendo ou não... Sinto falta de crianças.

Depois de vários minutos conhecendo o quarto junto ao Charlie, descemos para a sala, onde o nosso pai estava com a Esmé.

— Gostou do seu quarto? — ele pergunta assim que me vê.

— Gostei, é lindo. Obrigada, pai.

— Por nada, meu amor. E esse chicletinho, não quer mais largar a irmã não, é? — ele fala bagunçando os cabelos do Charlie que se esconde no meu peito.

— A Beca não gota mais de mim... Só a Luna.

Troco um olhar com o meu pai e ele suspira baixinho, eu apenas acaricio os cabelos do nosso caçulinha, que tem os mesmos olhos que eu e o papai, azuis, cristalinos, e que muitas vezes ficam tão claro que chegam a parecer brancos.

— Já decidiu a faculdade que quer fazer, filha?

Paro por alguns segundos antes de dar uma resposta, resposta essa que venho pensando desde a minha discussão com o Noah.

— Sim, pai... Quero cursar gastronomia na Espanha.

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Comments

Wal Laranjeira

Wal Laranjeira

Eu não entendo porque o Noah tá assim, ele sempre foi muito aberto pra falar qualquer coisa com o pai dele ( Pedro), eu acho que ele deveria sentar e conversar com o Pedro, dizer que ele ama luna.

2024-02-11

7

Irene

Irene

Que maravilha o Renan se aproximou da filha‼️👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

2024-02-29

2

Rafa Ribeiro🏄🏽

Rafa Ribeiro🏄🏽

ferrou...
Luna na Espanha complica tudo, @Bia Moraiss

2024-02-14

1

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