CAPÍTULO 14... LUNA

LUNA...

— Olha... Luna. Enquanto você estava no banheiro, a Dany me disse quem você é... E antes que você tenha certeza sobre o que está nos propondo... Temos que ser sinceras.

— Tudo bem.

— Eu sou acompanhante de luxo, trabalho numa agência registrada, faz dois meses, e a Dany, é garçonete de um restaurante do centro. Nós moramos nesse... "Muquifo", como dizia a nossa avó, porque foi o único lugar que encontramos, acessível o suficiente para nós duas, já que pagamos a faculdade que é uma fortuna — ela faz uma pausa — você deve se perguntar "mas como você é acompanhante de luxo e não tem dinheiro para morar num lugar melhor?"... Bom, como eu disse, só tem dois meses que trabalho nisso, então o dinheiro que ganho lá, ainda não é muito, pois, os clientes ainda preferem as mais "experientes", e você deve saber o valor da mensalidade da faculdade, e acredite, a minha é o dobro da Dany por ser uma área diferente, o que ganhei no primeiro mês mal deu para pagar as duas primeiras mensalidades, minha e da Dany, já que é uma exigência deles. O pagamento dela foi para os nossos livros e o aluguel.

— O dinheiro desse mês foi para comprar umas roupas melhores e comida, o aluguel, de novo, e o que sobrou, quando tiramos o do Uber e metrô, guardamos um pouco para se precisarmos de algo — a Dany termina, o rosto molhado de lágrimas — a nossa vida é complicada demais, Luna... Somos pobretonas comparadas a você, não teríamos nem como te ajudar no aluguel, que deve ser um rim.

— Não estou pedindo que me ajudem nas despesas, é o meu pai quem paga tudo — reviro os olhos e elas dão risada — ele fez questão de deixar tudo pago, meninas, e eu tenho um cartão só para as despesas de casa, então não se preocupem com me ajudar em pagar nada, acreditem, o meu pai não vai se importar com estar ajudando vocês duas a realizarem os seus sonhos.

Elas duas começam a chorar agora, e em seguida me abraçam, quase me derrubando.

— Isso é um "aceito"? — elas dão risada e concordam — ótimo, então vamos pegar as coisas de vocês e levar para o meu carro o mais rápido possível, porque tem cinco pessoas ansiosas querendo conhecer vocês.

— Cinco? — Dany me pergunta com os olhos arregalados.

— Meus três irmãos e os meus pais.

Elas abrem um sorriso, cada uma, e me abraçam de novo. Nós almoçamos e enquanto eu e a Dany arrumamos tudo, a Sofhy se arrumava para ir para a faculdade, que era a mesma que eu e Dany, só que ela estudava na parte da tarde.

Quando estava tudo pronto, não eram muitas coisas, elas ainda quiseram levar alguns objetos pessoais e não vi problema nisso, uma hora depois estávamos na estrada, voltando para o campus, a Spfhy chegou quase em cima da hora, mas com um sorriso no rosto.

— Agora vamos para nossa casa — falo apertando a mão da Dany e ela sorri com os olhos cheios de lágrimas.

.

Já no apartamento, levamos as quatro malas para os devidos quartos, que eram iguais, Dany ficou com o ao lado do meu, e deixou o da ponta para a irmã, arrumamos alguns itens de cozinha junto aos meus, e depois, banho.

— Estou cansada... Ainda bem que hoje é a minha folga — Dany fala sentada ao meu lado no sofá — Luna...

— Oi.

— Porque fez isso por mim e a minha irmã? Você nem nos conhece...

— Senti uma conexão com vocês, Dannyela. E vamos combinar que vocês estavam mesmo precisando de uma mãozinha.

— Tem razão kkk

Ligo a tv num aplicativo de filmes e assistimos bastante, quando era por volta das 17:30, fomos fazer o jantar. Tinha muita coisa na despensa, então abusamos da nossa criatividade, no fim, fizemos um banquete.

Depois que a Sophya chegou, jantamos, e eu liguei para a minha família, a minha mãe atendeu no primeiro toque, conectei no notebook e assim que vi o rosto da minha mãe na tela, enchi o olho de lágrima, estava com tanta saudade...

— Oi, filha, Rick, a Luna está na linha chama os meninos — ouço o meu pai gritar por eles — exagerado.

— Oi, minha princesa — papai fala sorrindo ao aparecer na câmera ao lado da minha mãe — quem são essas duas princesas ao seu lado?

— Essas são Dany e Sofhy, papai. Minhas mais novas amigas.

— Bem vindas a nossa família, queridas — a minha mãe é quem fala com um sorriso no rosto.

— Obrigada, senhora.

— Ah, menina! Senhora está no céu! Podem me chamar de tia, minhas filhas. Aqui somos todos família, não precisa formalidade não — o sorriso da minha mãe é enorme.

— O mesmo vale para mim. Quero ninguém me chamando de senhor não, tio, pai. Já as tenho como filhas, de qualquer forma.

As meninas sorriem ainda mais. O Noah é o primeiro dos meus irmãos, a aparecer na chamada em família, sinto o meu coração disparar, e um sorriso instantâneo desenhar o meu rosto.

— Oi, princesa — o seu sorriso me desmonta inteira.

— Oi, príncipe... — o seu sorriso aumenta.

— Prazer, meninas, a Luna já me falou sobre vocês o dia todo, principalmente sobre a Dany, qual das duas é ela?

— Sou eu kkkk, mas o que foi que ela falou? — Dany fala toda envergonhada.

— Primeiro... Que tinha conhecido uma divindade, mas que tinha perdido ela de vista e não sabia como encontra-la de novo. E depois... Passou vários minutos falando sem parar sobre ter duas novas melhores amigas.

Sorrio quando as meninas dão um sorrisinho de canto. Os meus gêmeos preferidos aparecem na tela, empurrando o Noah, e eu dou risada, apresento eles as meninas, e o Bento ficou radiante quando falei que elas iam morar comigo.

— Graças a Deus, estava tentando pensar numa desculpa desde que chegamos aqui, para poder convencer o papai a ir ficar com você aí. Mas já que agora você tem duas amigas, então vou ficar bem mais aliviado — o meu caçulinha fala, me fazendo sorrir.

— Eu sei que você não vive sem mim, pirralho — ele dá risada concordando, as meninas saem do meu quarto alguns minutos depois, e eu fico conversando com a minha família.

No fim, quando todos saíram, o Noah me ligou no celular, e pude ficar olhando para ele por um bom tempo, tirando um pouco da saudade que eu estava.

— Estou com saudade... Queria você aqui... Me acostumei a dormir com você.

— Eu sei... Eu também sinto muito a sua falta... Mal consegui dormir noite passada.

Toco o colar de borboleta que ele desenhou, e vejo um sorriso no seu rosto, quando percebe o anel no meu dedo.

— Você está usando ele...

— Estou. O meu namorado me deu como uma lembrança do que vivemos em segredo... Então... — ele sorri, um sorriso amarelo, não um daqueles que iluminam a minha alma.

— Quero poder oficializar isso o mais rápido possível...

Sorrio com a ideia de poder finalmente encarar o nosso relacionamento sem o medo de sermos julgados. Conversamos mais alguns minutos e desligo, ligo para o papai Renan e converso com ele, contando como foi o meu dia, e sobre as meninas, ele ficou super feliz por mim, mas como o Charlie estava na escola, não pude ver o meu pimpolho.

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Comments

LMCF

LMCF

Linda a história..

2024-04-18

0

Maria Helena Ferreira Tomaz

Maria Helena Ferreira Tomaz

🌻🌻🌻🌻

2024-02-21

3

Maria Helena Ferreira Tomaz

Maria Helena Ferreira Tomaz

❤️❤️❤️

2024-02-21

2

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