LUNA...
Está doendo... Ah, como dói...
Sinto as mãozinhas do Charlie no meu rosto, e só aí percebo que estou chorando.
— Luna... Xolano?
— Não é nada, meu pimpolho... Vamos brincar, tá bom?
Ele balança a cabeça concordando continua agarradinho em mim. Desço os dois lances de escadas, e vou até a área infantil da casa, fica numa sala a parte, mas com uma porta que dá direto na sala de jogos.
Entro e encontro os meus irmãos gêmeos jogando videogame, a Lili e o Bento amam fazer tudo juntos, por mais que a Lili sempre tenha sido a extrovertida da dupla dinâmica, e o Bento o tímido, eles se completam e sempre fazem tudo juntos.
— Oi Lili e Bê — dou um beijo em cada um.
— Oi Lu — eles falam em uníssono — oi Lie.
Deixo eles jogando em paz e vou até a parte onde tem os brinquedos infantis para o Charlie, ficamos brincando por bastante tempo, e para mim foi até bom, pois, consegui me distrair, a conversa entre mim e o Noah ainda está martelando na minha mente.
— Lu, a mamãe tá chamando pra jantar — ouço o Bê tocar no meu ombro e saio de um transe que nem tinha percebido que tinha entrado, procuro o Charlie e não vejo ele — tá com a Lili... Estamos sozinhos aqui já fazem uns... — ele olha para o pulso — cinco minutos.
— O quê?!
— Você parecia perdida nos seus pensamentos, maninha... Aí não quisemos te atrapalhar... O Lie até dormiu brincando no tapete... — me jogo exausta — o Noah fez m*rda não foi?
Olho para o Bento, o meu irmão de 14 anos, mas que é um prodígio quando o assunto é ler as pessoas. Respiro fundo, sabendo que ele não vai acreditar em qualquer mentirinha que eu conte a ele.
BENTO MENEZES JONES, 14 ANOS.
— Não vou contar para a Lili... — levanto uma sobrancelha — o quê?! Eu também guardo segredos dela. Nunca contei a ela que nós dois fugimos quase toda noite para jogar escondido.
— Eu te deixava sem o bolopudim por uma semana.
— Viu só?! — dou risada dele e conto ao meu irmão sobre o beijo, e o acordo só por cima, e por fim... Conto sobre o que sinto — Eu posso bater nele? O papai me ensinou dar socos, por causa de uns garotos que estavam tirando sarro de mim na aula de experimentos.
— Não quero que você bata no seu irmão por minha causa.
— Mas ele te tratou como as piranhas e baiacu que ele pega... Eu acho é pouco o gelo que você tá dando nele. Agora foi que entendi porque você fica tão tensa na mesa de jantar, e é sempre a primeira a sair.
Bato o meu joelho no dele e assinto meio sem jeito. Ficamos mais uns dois minutos olhando para a cara um do outro, e seguimos para a sala de jantar, onde todo mundo já estava na mesa, o Charlie quando me viu correu para o meu colo, não tem jeito, ele só quer ficar comigo, quando está aqui.
CHARLIE DANTAS LIMA, 3 ANOS.
— Voxe votou.
— Voltei, meu amorzinho.
Pego ele no colo — de novo — e depois de jantar, — ajudando ele — subi para o meu quarto, coloquei um pijaminha nele e vesti o meu, quando já estava indo deitar, ouço uma batida na porta.
— Quem é? — pergunto, pois, se for o Noah, vou passar a chave.
— Sou eu — ouço a voz do Bê, ele põe a cabeça para dentro do quarto — vim dormir aqui, posso?
Sorrio para ele, quando ele entra, mando travar a porta para o caso do Noah querer entrar mais tarde, ele me entende e trava, vindo deitar comigo e o Charlie que já estava quase dormindo, de tanto que brincou.
Dormimos os três agarradinhos, o Lie entre eu e o Bê, enquanto eu abraçava os dois.
.
ALGUNS DIAS DEPOIS...
Estou em casa, numa quarta a tarde, passeando pela internet no notebook, quando uma notificação chega no meu e-mail, abro e vejo ser da Uniword, a faculdade em que fiz a inscrição.
"Parabéns, senhorita Luna Raquel Menezes L. Jones, por ter sido aceita no nosso corpo docente do próximo semestre de gastronomia. O início das aulas será no dia 13 de janeiro. Compareça ao nosso campus para preencher a confirmação da sua inscrição até o dia 14. Bem vinda a nossa fraternidade!"
Eu gritei, pulei e dancei por todo o meu quarto, felicíssima por ter conseguido entrar para a minha tão sonhada faculdade. Corro do meu quarto, gritando pelos meus pais, enquanto ligo para o meu outro pai.
— O que aconteceu filha? — vejo o papai vor correndo do jardim, com um garfo de jardinagem na mão — Ouvi os seus gritos lá da horta...
— Oi filha — ouço o meu outro pai falar ao telefone, chamada de vídeo — estou saindo do escritório agora, aconteceu algo?
— EU CONSEGUI!!! PAPAI, PAI, EU CONSEGUI, entrei para a Uniword!!!
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Atualizado até capítulo 22
Comments
Sophy
Aí que felicidade Luna, pulei junto com ela ❤
2024-02-15
2
Andreza Cristina Cunha
Deixa ele sofrer um pouquinho 😂 mais não judia não AUTORA faz eles se acertar depois kkkk sem ninguém pra atrapalhar eles 😉
2024-02-14
1
Maria Luiza
mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais mais 😘
2024-02-14
1