Carson chegou ao seu quarto, entrou, fechou a porta atrás de si e levou a mala para o closet. Só então percebeu que o quarto estava ocupado e alguém estava tomando banho. Foi até as roupas penduradas e constatou que eram femininas.
Pegou-as e cheirou, reconhecendo o perfume e estranhando o fato dela estar ali.
— Será que ela resolveu aceitar a proposta de casamento? Talvez tenha reconhecido que será um bom negócio, afinal, deve ser dispendioso criar um filho sozinha.
Ouviu o som da água do chuveiro parando e com um sorriso malicioso, esperou ela sair.
Gina havia chegado em casa, falado com seu filho e cansada, foi tomar um banho. De maneira alguma, passou pela sua cabeça, que encontraria Carson, ainda mais que ele também se mudaria para lá.
Refrescada pelo banho, secou-se e vestiu o roupão atoalhado, amarrando o cinto, sem se preocupar em fechar bem. Enrolou os cabelos com uma toalha, para ajudar a secar e saiu para o closet.
— Áááááhhhhh! — gritou ao quase trombar com a figura masculina, grande e imponente, parada em sua frente.
— Olá, Gina. — disse ele, segurando em seus braços, para ela não cair, devido ao impulso de tentar se esquivar dele.
— O quê faz aqui?
— Eu que pergunto: o que faz aqui no meu quarto, resolveu aceitar minha proposta?
— O quê?
A mente dela deu um nó, “ quarto dele? Proposta? Do quê ele está falando? “
— Esse quarto é meu e vim morar com meu pai, por causa de sua saúde.
Ela olhava para ele, estática, ainda sem entender. Ele moraria junto com eles? No mesmo quarto? Não!
— Me solta! — livrou-se dele com um puxão e se afastou, precisava pensar com clareza e sentir o aroma másculo do homem, não estava ajudando.
— Então, o que você faz aqui?
— Seu pai pediu que viéssemos e Jason aceitou, pois queria muito conhecer o avô.
— Então, o velho armou mais um de seus planos. Mas por quê este quarto?
— Ele disse que eu podia escolher e esse pareceu o mais confortável.
Ela estava de costas para ele, fechando bem o roupão ao redor de seu corpo e ele se aproximou por trás e sem tocá-la, falou bem junto ao seu ouvido:
— Vai ficar e dormir comigo?
O susto a fez se mover desajeitadamente e desequilibrou-se, fazendo com que ele, por instinto, a envolvesse com os braços, para evitar uma queda.
Ele gostou da sensação de tê-la nos braços e a estreitou mais, enfiando o rosto em seu pescoço, cheirando e beijando.
Gina, sentindo o corpo dele, junto ao seu, arrepiou-se e lembrou da noite horrível que passou anos atrás. Tentou se soltar, mas ele agarrou-a com mais força, não querendo perder a sensação prazerosa que o corpo dela junto ao seu, lhe dava.
Ela mordeu.
— Ái!
Ele se afastou, depois de soltá-la, olhando para seu antebraço sangrando, com a marca da mordida dela, que se virou para o encarar, raivosa.
— Idiota, estúpido, como ousa? Pelo jeito, não mudou nada, continua um estuprador.
— E você virou uma cadela… não sou estuprador… desejo você, só isso.
— Só isso? Só isso? Desde quando se pode ir pegando o que se deseja? Qual é o seu problema?
Ele foi para o banheiro para a pavat a ferida e ela ficou sem saber o que fazer. Precisava se vestir, mas não tinha coragem de fazer isso com ele ali. Não estava acreditando que ele a forçou mais uma vez. Pegou uma roupa e saiu do quarto, entrando em outro qualquer e se arrumou.
Carson lavou sua ferida e vou a marca perfeita dos dentes dela, impressa em sua carne. Ficaria uma bela marca o que o livrou das diversas que ele deixou no corpo dela.
— Tsi, tsi, tsi, parece uma bela vingança. Mesmo assim, não deve aliviar o que fiz. Droga!
Procurou a caixa de primeiros socorros e desajeitadamente, limpou e fez um curativo, cobrindo a marca para que ninguém visse. Saiu do banheiro e não a viu mais. Foi procurá-la, precisava resolver quem ficaria com o quarto.
Carson estava tão acostumado a lidar só com homens, que não sabia ser gentil com as mulheres. Não passou por sua cabeça, ceder o quarto para ela e eu tar uma confusão. Seria até uma maneira de aplacar a ira dela contra ele, mas ele não conseguia raciocinar dessa maneira, acostumado a pegar tudo que queria e nunca ceder.
Gina desceu e foi direto ao escritório do velho e entrou sem bater.
— Seu velho tratante, o que pensa que está fazendo?
— Gina! O que aconteceu?
— Aconteceu que seu filho está aqui, dentro do quarto que escolhi, reivindicando seus direitos. O que você tem na cabeça, para planejar algo tão sórdido?
— O que tem de sórdido em querer casar um filho? Vocês já se uniram da forma mais íntima entre um casal, até já têm um filho, por quê não legalizar isso?
— Não somos um casal, ele me estuprou, qual a parte disso você não entendeu?
Nestor não sabia o que seu filho havia feito e nem o que o motivou. Examinou o rosto vermelho da mulher revoltada e viu que ela dizia a verdade. Como homem, não entendia os sentimentos dela e ponderando sobre o assunto, achou que ela podia perdoar e dar uma chance ao seu filho, afinal, já haviam se passado quase sete anos, deu tempo para esquecer.
Gina percebeu pelas diversas expressões do velho, que ele estava ponderando a situação e pelo que conhecia dele, como o machista que era, não daria importância ao ocorrido. Então exigiu:
— Se ele ficar, Jadon e eu vamos embora.
Nestor sentiu uma pontada no coração e levou a mão ao peito, fazendo uma careta de dor, que assustou Gina. Carson entrou no escritório e viu seu pai passando mal, gritou por Gomes e correu para tentar socorrê-lo, mas não sabe a o que fazer.
Como da outra vez, Gina viu Gomes entrar e aplicar a medicação que logo fez efeito.
— Eu já avisei, senhorita, que ele não pode ter emoções fortes.
Carson ficou perplexo, foi a primeira vez que viu seu pai passar mal e foi assustador.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Expedita Oliveira
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2025-03-17
0
Euridice Neta
Esse velho machista e manipulador e manipulador acha que tudo tem que ser como pensa e quer que tem que decidir se vão ou não ficar juntos são eles!
2024-12-26
2
Ameles
e que culpa tem ela se ele aprontar e não aguenta as consequências
2024-08-12
1