Capítulo 15

Júlia:

Levantei-me da cama. Verificando meu celular, e vi mensagem da Sônia mãe de Eva, perguntando onde eu estava, e essas mensagens eram de duas horas da manhã. Eu tinha dito que chegaria meia noite no máximo. Tinha falado que trabalharia servindo em um evento. Foi a mentira que contei.

Depois de olhar minha imagem no espelho. Sai de casa, indo para a casa ao lado. Eva, vinha saindo.

— Onde você estava? — ela pergunta.

— Você nem iria acreditar se eu contasse.

— Minha mãe tá chateada, porque você mentiu para dormir fora. Ela viu pela janela quando um carro muito chique te trouxe.

Eu iria responder. Mas a mãe da Eva saiu de dentro da casa, com uma cara brava.

— Entre Júlia, vamos conversar aqui dentro.

— Minha mãe tá bem?

— Ela ainda está deitada, mas já se alimentou, entre.

Concordei e entramos. Ela pede para sentar e nos sentamos no sofá.

— Teria sido melhor se tivesse me dito que dormiria fora. Não me importo de fazer um favor, mas não gosto que mintam.

— Eu não menti, aconteceu apenas um imprevisto.

— Está se relacionando com alguém rico?

Engoli seco. É ruim lidar com pessoas fofoqueiras, fora o que os vizinhos já devem está pensando, já que é a segunda vez que um carro de alto padrão para na porta da minha casa.

— Não estou. Agradeço de verdade o favor. Me dê o número da conta, vou mandar um valor como tinha dito. — me levantei. — Onde está minha mãe?

— Tome cuidado com o que tá fazendo Júlia. Você não é a minha filha, não vou lhe dá um sermão como se fosse sua mãe. Só digo, que pense bem antes de tomar qualquer decisão.

— Eu estou ciente e por dentro de qualquer coisa que eu fizer, ou decisão que eu tomar.

Ela não me disse nada, e a Eva também só me olhava. As duas se levantam e me conduzem para o quarto, acordo minha mãe e fomos embora. Não estava nem aí para o que ela estava pensando de mim.

— Vamos tomar banho mãe?

— Sim.

Ela fala de uma forma lenta, minha mãe está cada vez pior. Poucas palavras, não tem quase interação nenhuma. Fico me perguntando se é só depressão ou ela está com alguma outra coisa.

Levei ela para o banheiro a ajudando a tomar banho. Minha mente não para de pensar na proposta que aceitei, e apesar de ter aceitado, ainda me questiono se realmente vou prosseguir com isso.

Meu lado digno me diz que eu estou fazendo algo muito errado. Não que eu irei achar ruim ser tocada pelo Cristian, ele é atraente e ser mais velho do que eu, pouco importa, ele deve ser bem experiente.

Senti minha parte íntima pulsar e umedecer, lembrando quando ele tocou minha coxa. Nunca fiquei com mais ninguém depois do ensino médio, minha vida virou um caos nesse mesmo ano e eu tive logo que me virar, vender doces, picolés e outras coisas para consegui um dinheiro. Ainda assim não posso dizer que eu não proporcionava meu auto prazer, me tocando por conta própria, mesmo não sendo a mesma coisa.

Chacoalhei a cabeça para afastar esses pensamentos, eu estava ficando muito úmida lá em baixo, e era constrangedor está me sentindo assim enquanto seco os cabelos da minha mãe.

— Vou fazer o almoço mãe, fica aqui.

Sai do quarto quando ela só concordou, ela concorda sempre só não interage mais e conversa pouco.

Quando estou na cozinha, alguém bate palma no portão, quando saio na porta e Kevin. Ele quase não vem aqui, já veio me cobrar foi.

— Entra. — falo ainda da porta, o portão estava sem cadeado e ele entra e eu fecho a porta.

— Eu vou te pagar, não precisa vir me cobrar.

— Eu não vim te cobrar. Vim dizer para pegar tua mãe e arrumar um lugar para ir.

— Como é que é?

Só vem bomba na minha vida que eu nem me abalo mais.

— Teu pai só faz besteiras, o caveira não vai perdoar a dívida dele não, é muito dinheiro, ele queria matar seu pai e todos vocês.

Falei que nada me abala mais, nem senti efeito nenhum ao ouvir isso.

— Não tenho nenhum lugar para ir, Kevin.

— Tu não tá entendendo porr4! Eu convenci ele a pegar essa casa como pagamento. É a casa ou ele quer matar vocês todos, não entende isso não?

Suspiro e me sento no sofá, que merda em.

— Fala com ele que vou pagar.

Kevin passa a mão pelos cabelos nervoso e me olha.

— De onde tu vai tirar 200mil Júlia!? Essa casa nem vale esse valor todo, tu não sabe o trabalho que deu para convencer o caveira.

Olho para Kevin que está com olhar preocupado. Ele é meu irmão e eu vou ser grata a ele por tudo.

— Você foi a única pessoa que me consolou quando eu precisei, e o caveira me acolheu como um pai. Eu tô entre a cruz e a espada, mas não posso perder minha irmã. — Kevin fala sentando ao meu lado.

— Pede a ele mais alguns dias, eu tenho como pagar. — digo.

— Como?

— Eu vou pagar, manda ele esperar.

— Onde você tá se metendo?

— Não importa Kevin, se eu disse que vou pagar é porque vou, se não pagar pode deixar ele me matar.

Senti um calafrio ao falar isso e lembrar que quase morri.

— Olha lá o que tu vai fazer em?

— Eu sei o que eu estou fazendo.

Na realidade eu não sabia, mas acabei de ter certeza que não iria desistir da proposta de Cristian.

Decidi que iria aproveitar tudo, a viagem, as noites com ele, aceitaria tudo que ele quisesse fazer comigo. Iria curtir tudo como se minha vida não estivesse essa bagunça. Ah se eu iria, faria isso só de raiva.

Cansei!!!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***