Capítulo 9

Cristian:

Estava saindo da empresa, olhei a rua agitada como sempre foi. Essa é a rua mais movimentada do grande centro da cidade, além dos vários pontos comerciais. Minha empresa é praticamente frente ao shopping que é bem frequentado.

Ao olhar para o lado, a alguns metros de distância, uma mulher chamou a minha atenção e tinha a impressão de conhecer - lá de algum lugar. Ela estava em frente a uma loja de grife feminina. O jeito que ela parecia hipnotizada por algo na vitrine me deixou curioso. Por algum motivo resolvi me aproximar, ela estava tão aérea que mesmo meus passos firmes em sua direção não foram suficientes para chamar sua atenção. Conforme me aproximei, vi que era a garota que me atendeu na cafeteria e por coincidência eu ainda pensava na possibilidade de ter ela na minha cama.

Eu cheguei a uma distância curta de mais ou menos um metro, estava perto demais para voltar atrás, antes de eu ter qualquer reação, ela se virou com tudo, se chocando contra meu corpo e quase caindo. A segurei, de princípio parecia não ter me reconhecido, mas percebi que sim e deixei evidente que também lembrava dela.

Trocamos algumas farpas e nos poucos minutos pude perceber que ela é bem respondona. Eu gosto assim minha garota malcriada.

Ela foi embora e minha curiosidade ainda continuou para saber o que ela olhava com tanta admiração. Vi que tinha apenas um vestido na vitrine, elegante e ao mesmo tempo singelo. Ela tinha bom gosto, entrei na loja e uma atendente veio logo me atender.

— Senhor Miller, que surpresa está por aqui.

— Quero levar aquele vestido da vitrine.

Ela sorri largamente, provavelmente a comissão vai ser boa por essa peça.

— Me acompanhe por favor, senhor! Gostaria de olhar sapatos e acessórios?

— Por enquanto só o vestido.

Ela tira o vestido da vitrine, dizendo que era exclusivo e único, embalou tudo, passei meu cartão e ela me entregou a sacola.

— Ótima escolha senhor Miller, sua namorada ou esposa irá amar.

Agradeci e sair da loja. Mal sabe ela que eu não tenho nem namorada ou esposa, não penso em mudar isso, ou penso?

Caminhei em direção a empresa, David estava em frente e me olha confuso, eu praticamente não saio, e quando saio é sempre com seguranças. Não posso vacilar, não depois dos últimos acontecimentos.

— Quem vai ser a sortuda? — David pergunta apontando para a sacola que indicava ser uma loja feminina.

— Vou precisar de um favor e que investigue uma pessoa.

— Cara, já estou de saída. Quem quer que seja a mulher que alcançou o senhor intocável e derreteu o coração de gelo, vai ter que esperar até amanhã. — ele fala com sarcasmo tocando em meu ombro.

— Quer saber, vou fazer a prévia da investigação eu mesmo.

David balança a cabeça e caminhamos para o estacionamento.

— Falando sério agora, quem é essa mulher?

— A única que conseguiu chamar a minha atenção de uma forma diferente, que eu ainda vou descobrir.

— Ainda continua tendo os pesadelos?

David é meu melhor amigo, ele me conhece bem e sabe todos os meus desabafos. Solto o ar preso, ele me conhece ao ponto de saber que eu não vou querer falar sobre isso.

— Até amanhã!

Ele se despede de mim indo em direção ao seu carro. Me deixando parado ali, olhando para o nada.

Pesadelos me atormentam, eu não tive culpa. Não, eu não tive, apesar de ter uma quantidade de morte considerável nas costas, eu não tinha o poder de escolha, a decisão não foi minha. Eu nunca faria mal a ela, eu a amava.

Agora depois de tanto tempo essa garota chamou a minha atenção de uma forma, que sentir-me desafiado a tê-la. Mesmo quando jurei que não iria investir em mulher alguma, além de uma transa por desejo carnal, por isso muita das vezes eram garotas de programas a satisfazer esse desejo.

Eu jurei que passaria bem longe do amor. Mas cá estava eu, gastando vinte mil em um vestido para uma garota que mal conheço, e não se tratava da quantia que não vai fazer nem cócegas na minha conta, e sim da intenção. Já que estava disposto a conquistar-la de alguma forma. Olhei para a sacola em minha mão e suspirei me questionando o que eu estava fazendo.

Entrei no carro e coloquei a sacola no banco de trás. Dispensei o motorista e dirigi até a cafeteria que tinha ido outro dia. A dona como sempre quis ficar me adulando. Ofereci um bom dinheiro para ela me passar as informações sobre a garota, ela ficou séria e parece não ter gostado nada.

— O senhor ficou interessado naquela menina? — ela pergunta séria.

— Ela tem quase vinte anos pelo que você me informou, não é nenhuma garotinha.

— Deveria procurar mulheres mais experientes para satisfazer os seus desejos. — ela fala sensualmente. Tento manter o controle, em todo canto tem mulheres tentando me seduzir e confesso que isso é um pé no saco.

— Obrigado pelas informações, passar bem.

Me levanto e saio de sua sala, ela me segue me chamando.

— Ei! E o dinheiro? Você disse que pagaria, eu não posso dá informações de pessoas que trabalham ou já trabalharam comigo, foi um acordo e quero o pagamento que você falou.

Não falei? Essas mulheres só pensam em dinheiro.

— Não se preocupe, sou um homem de palavra. Alguém irá trazer para você em espécie.

Saí rapidamente e entrei no meu carro, não queria nenhum vínculo com ela, nem que fosse por uma transferência bancária. Guardei os papéis que ela me deu com as informações básicas.

Deixaria com o David para descobrir mais coisas. Por hora, eu só precisava saber seu nome completo e endereço, e tinha essas informações em mãos.

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Comments

Kelly Sartorio

Kelly Sartorio

espero que ele a ajude

2024-04-12

11

Vanedrigues

Vanedrigues

acho q vai ser uma furada essa,agência q ela entrou.

2024-03-19

0

Vera Lúcia

Vera Lúcia

legal

2024-03-03

0

Ver todos

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