Capítulo 13

Júlia:

Aquele cara que era segurança do homem que eu acompanhava, me segurou. Me levando de volta a sala, ele estava lá fechando sua calça e me olha como se quisesse me matar.

— Algum problema chefe? — pergunta ainda me segurando.

— Mate-a!

Meu corpo começa a tremer involuntariamente.

— Foi um mal entendido, me desculpe. — falo com a voz falha e ele me olha com mais ódio.

— Leve essa vadia para fora, a mate e se livre do corpo dela. — ignora minhas desculpas e aquele cara me arrasta para fora.

— Desfaça essa cara de medo meu anjo, será rápido.

Meu Deus eu vou morrer! Estou indo para morte!

Ele me segura e tenta parecer que não estava me levando a força quando passamos pelo pessoal. Vejo Cristian do lado de um homem olhando em volta como se estivesse procurando alguém. Quando nossos olhares se encontram, ele estreita o olhar e olha para o segurança que me segura. Ele fala algo no ouvido do rapaz que estava ao seu lado. E não o vi mais, quando senti a pancada do vento frio nos meus braços.

— Não me mate, por favor!

Estávamos do lado de fora e meu medo aumentava de saber que estava indo para morte. Minha mãezinha, vou morrer e deixar minha mãe, meus esforços foram todos em vão.

Caminhamos um pouco e ele me leva para um beco deserto e sem saída e me força a ajoelhar, saca uma arma e aponta na minha direção. Fecho os olhos e ouço o tiro. Adeus mãe, me perdoa.

Respiro fundo... espera! Eu estou respirando? Ouço o tombo de algo se esborrachando no chão, quando abro os olhos o cara que estava prestes a me matar estava caído, e tenho a visão de alguém caminhando em minha direção guardando uma arma na cintura.

Era Cristian!! Quem ele é?

A adrenalina tinha sido demais para meu corpinho, lembro apenas de ter visto a escuridão.

**

Acordo assustada quando o barulho do tiro ecoou em meus ouvidos. Percebo que não estava mais naquela cena horrenda e sim em um quarto, sento-me, deparando com o olhar penetrante de Cristian. Ele estava sentado em uma poltrona ao lado da cama e sem camisa, não consegui controlar meus olhos que admiraram aquele corpo definido, forte e com algumas tatuagens que me deixaram atraída e excitada.

— Nadou, nadou, tentou fugir de mim e caiu na minha rede, peixinho!

Engoli seco e me ajeitei para sentar sem tirar os olhos dele, foi aí que percebi que estava apenas de peças íntimas, puxei rapidamente o cobertor para me cobrir e Cristian riu.

— O que fez comigo? — pergunto.

— Além de te salvar? Nada, ainda.

Ele se levanta, caminha em minha direção e se senta na cama.

— Bela enrascada você se meteu em.

— Não sei quem é você, e nem o que faz para ter matado aquele cara, mas agradeço por ter me salvado, agora quero ir para a minha casa.

Cristian puxa a coberta de mim arremessando longe e não sei porque eu deixei, o olhar dele parece que me hipnotizava. Ele coloca uma de suas mãos na minha coxa alisando e olhando nos meus olhos, eu não sinto medo nenhum e sim minha pele se arrepia naquela área.

— Soube que estava trabalhando como acompanhante de luxo, é verdade?

— S-sim.

Cristian se afasta e volta a se sentar na poltrona, eu estava me sentindo intimidada e ele percebeu.

— 50 mil!

50 mil o que gente.

— Hã?

— 50 mil, por cada noite que será minha.

Eu não tava acreditando que tinha ouvido aquilo, contudo me senti tentada, era muito dinheiro.

— Não entendi que tipo de pergunta é essa. — claro que eu havia entendido.

— Em que mundo você vive? Estou oferecendo dinheiro para te comer, de todas as formas possíveis. — ele deu um sorriso cafajeste.

— Eu não sou garota de programa e nem vendo meu corpo.

 — Não irá se tornar uma, será exclusivamente minha.

— Não! Agradeço de verdade que tenha me salvado. Mas eu quero ir embora daqui.

— Não vou lhe obrigar, mas independente do tempo minha proposta estará de pé e tenho certeza que será minha.

Ele falou com tanta convicção, que até eu acreditei.

— Bom, preciso ir, tem funcionários fazendo o café da manhã, pode comer antes e o motorista levará você para casa, ele vai te entregar meu número caso mude de ideia.

Então já era pela manhã, eu passei a noite aqui. Pai amado, será que ele ficou me olhando quase nua?

— Você mora aqui?

Ele estava quase saindo do quarto, parou na porta e parecia pensando se respondia ou não.

— Não, é apenas meu apartamento. Mulher nenhuma tem acesso a minha casa.

Suspirei, a frase dele deixava claro que eu não tinha importância nenhuma, aqui devia ser o lugar onde ele trazia mulheres, e eu era só mais uma na lista das que ele queria ter em sua cama.

— Onde está meu vestido?

Ele me olha desacreditado.

— Meu vestido!

— Deve ficar uma gracinha em você, mas você me deu ele. — ele olha sem acreditar que eu estava fazendo uma piada dessas.

— Tem outra roupa para você aí que mandei trazer, aquele vestido vai ficar comigo. Quem sabe um dia você mereça ele de volta, ou até um melhor que aquele.

Cristian saiu e eu apenas levantei e tomei um banho, tinha produtos de higiene lá, de marcas que eu nunca tinha ouvido falar e devia ser algo sofisticado. Após o banho vesti um vestido e uma sandália baixinha que tinha no closet já que não tinha outra escolha.

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