Capítulo 12

Júlia:

Deixei minha mãe com a mãe da Eva. Não contei nada para ela, ninguém sabia que iria virar acompanhante de luxo, por enquanto não queria que ninguém soubesse. Com o dinheiro que ainda me restava, fui para um hotel que não era tão caro, e próximo ao lugar do evento.

Lá eu poderia me arrumar, me maquiar e ficar maravilhosa para essa noite. Eu já tinha reservado e faltando algumas horas fiz o check in. Eu mesmo fiz meu cabelo e maquiagem, caprichei bastante, acabei já próximo do horário.

Tive que comprar outro chip e deixar como contato só para me comunicar com os clientes, o José me orientou que seria melhor assim, para não terem meu número pessoal. Ficaria aguardando a mensagem do homem que eu acompanharia. Quem contrata os serviços na agência tem acesso a fotos da garota contratada, ou seja, ele me conhecia previamente, eu pelo contrário não sabia muitas informações, além de que o cara não era daqui e sim Russo.

Esperei um pouco e recebi a mensagem, bem formal e nada demais. Ele estaria me esperando em frente ao local, eu só precisava atravessar uma rua, o hotel que eu estava era quase em frente.

Peguei o elevador e assim que desci, caminhei com passos elegantes e firmes para fora, a movimentação em frente ao espaço de evento era incentivadora, o luxo e riqueza emanava no ar. Nunca imaginei que eu pisaria em um lugar desse um dia, não quando eu ainda estou com minha conta pobre.

Tinha várias pessoas, fotógrafos e entrevistadores, pelo visto aqui vai ser frequentado por pessoas da mais alta classe. Parei em frente e olhei em volta, um homem de terno preto veio em minha direção, ele tinha fones no ouvido então deduzir que seria algum segurança.

— Angela? — ele pergunta parando perto de mim.

— Sim. — respondo nervosa pois é meu nome fictício.

— Espere aqui.

Ele se dirige até um carro que estava parado em uma fila imensa de carros, a rua praticamente tinha sido fechada para esse evento, se tinha estacionamento com certeza estaria lotado.

Acompanho o homem pelo olhar e ele fala com alguém no carro, de lá sai um homem alto e musculoso, ele se aproxima com passos largos e para perto de mim, ele é bonito, mas não senti nada além de medo, seu olhar era amedrontador.

— Está com medo de mim bela moça?

Ele pergunta e nem parece Russo, fala perfeitamente minha língua. Fiquei nervosa com a sua pergunta, minha cara amedrontada estava tão perceptível assim? Disfarcei a minha expressão tentando parecer o mais calma possível.

— De forma alguma.

Ele sorriu e estendeu o braço, segurei e entramos. Aquele luxo todo me deixava irradiada.

Sentir a sensação de estar sendo observada, olhei em volta encontrando os olhos do observador. Era Cristian, que me olhava fumegante, era como se estivesse sentindo sua irá de perto. Como que essa cabeça minha achou que não seria o mesmo evento a qual ele me chamou? A situação seria menos complicada se eu não tivesse usando o vestido que ele enviou para mim.

Pensando bem, quem compraria um vestido caríssimo desse e daria para uma estranha? Isso é coisa de pessoas psicopatas e ele de algum jeito descobriu onde eu morava. Deveria ter medo, já assisti aquela série onde o cara observa e controla a vida da mulher toda.

Tentei ignorar o Cristian, que me acompanhava com o olhar não se importando com a presença masculina ao meu lado, olhava de relance e via ele me olhando mesmo quando estava conversando com algumas pessoas.

Eu parecia um troféu ambulante andando ao lado desse homem e forçando sorrisos enquanto segurava o braço dele. Meu coração disparou quando ele caminhou em direção ao Cristian.

— O que achou dos Estados Unidos Murilo? — Cristian pergunta desviando o olhar de mim para ele, eu tento a todo custo não encara-lo.

— Lugar maravilhoso e as mulheres daqui então. — o cara que acabei de descobrir o nome fala olhando para mim.

— Realmente, as mulheres daqui são bonitas e existem umas muito atrevidas também. — Cristian me encara e eu queria sair correndo. — É a sua namorada?

Ele continua olhando para mim, mas pergunta para o cara.

— Não faça perguntas íntimas demais, ela é minha acompanhante é só isso que precisa saber. Mudei os planos dá nossa reunião de negócios, tenho assuntos mais importantes a tratar.

Ele fala e saimos andando, eu tenho que acompanhar né. Vou junto com ele, mas ele vai indo para uma parte afastada de todos. Um corredor que não tinha ninguém, comecei a ficar com medo.

O homem que eu acredito ser segurança dele, para na entrada do corredor. Eu paro no meio do caminho e ele me puxa para andar.

— Venha comigo.

Balanço a cabeça em negação estancada no lugar morrendo de medo, então ele me puxa com força, abre uma porta e faz eu entrar.

— Eu paguei pelos seus serviços.

— Houve um engano senhor, eu não fui contratada e paga para isso. — falo tremendo de medo porém tentando ser firme.

— Se o problema é dinheiro eu pago.

Ele fala abrindo a calça e tira seu p@u para fora. Além de medo, estou nervosa e pensando como vou sair daqui.

— Se ajoelhe e me chupe delícia.

Cristo Deus onde eu me meti? Dou passos para trás balançando a cabeça, não restando escapatória cair sentada em uma poltrona que tinha lá, ele para na minha frente colocando seu p@u perto do meu rosto.

— Não tenho mais paciência, faça logo o que eu pedi!

Ele segura meus cabelos me levando para colocar a boca naquilo, eu não abri a boca e ele pressionou mais. Eu só tive a reação de abrir e morder seu p@u com toda a força que eu consegui.

— Vagabunda!!

Com ele afastado de mim devido a dor, eu sair correndo daquela sala desesperada, mas alguém me segurou.

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