Capítulo 11

Júlia:

Alguns dias se passaram e o José tinha razão, não demoraria para eu ser chamada para acompanhar algum homem. Decidi usar um nome fictício: Angela. Achei melhor assim.

Estou super nervosa, já está tudo encaminhado. Peguei um vestido muito chique na agência com o voucher que o José dá, as meninas de lá que fiz o treinamento são super amigáveis e me ensinaram tudo e mais um pouco.

Amanhã é o evento e hoje é sexta, fui na agência apenas pegar o vestido.

Por um momento paro para pensar onde meu pai deve está, dessa vez ele sumiu mesmo, antes ele passava dois ou três dias fora e vinha em casa, nem que fosse para pegar dinheiro como fez aquele dia, ou algum fofoqueiro da rua sempre falava que o viu em algum lugar. Mas depois daquele dia, não vi o mais.

Tentei não me preocupar. Estava chegando em casa, com o vestido embalado, quando ao longe vi um carro muito luxuoso parado em frente a minha casa. Fiquei curiosa para saber do que se tratava.

Quando me aproximei, um homem de terno preto e óculos escuros sai de dentro do veículo. Parei em frente ao portão quando ele se aproximou.

— Senhorita Júlia Smith? — ele pergunta.

— Sim, sou eu. — eu estou com medo e vem logo meu pai na cabeça, será que veio me dá uma notícia ruim?

— Tenho uma encomenda para você?

— Para mim? Mas eu não pedi e nem encomendei nada.

O cara entra no carro ignorando o que eu falei e volta com duas caixas na mão.

— Senhor, deve ter avido algum engano, eu não encomendei nada disso.

— Não há engano nenhum senhorita, meu patrão mandou para você e pediu para te entregar esse bilhete. — ele entrega um envelope e quando iria abrir e ver o bilhete o rapaz me interrompe.

— Senhorita, ele disse para você ler a sós. Onde posso colocar as caixas?

— Como vou receber algo sem saber quem é?

— Ele disse que saberia quando ler o bilhete e disse que não aceita não como resposta. Posso levar as caixas para dentro?

— Mas... como... — o homem a minha frente me interrompe mais uma vez e parece nervoso não sei porque.

— Olha senhorita, apenas receba, não posso de jeito nenhum voltar com essas caixas, depois pode ler o bilhete e fazer o que quiser, não vai ser mais comigo, mas se não segui a ordem do meu chefe minha cabeça vai rolar.

— Sua cabeça vai rolar? Como assim, é algum tipo de código para demissão?

O cara solta uma gargalhada e eu ainda fico sem entender.

— Por favor senhorita Smith, onde posso deixar essas caixas? — ele fecha o sorriso tentando manter novamente sua postura séria.

— Tá bom, vou abrir e você deixa no sofá. — abro o portão, ele para atrás de mim, antes de permitir que passe me viro para ele.

— Se for algum golpe para tentar me sequestrar ou fazer alguma coisa comigo, saiba que eu faço sua cabeça rolar, literalmente. Entendeu? — tentei colocar medo nele, porém ele gargalhou de novo e depois se recompôs maís uma vez.

— Sim, senhorita.

Deixei que passasse, ele colocou as caixas no sofá e logo se despediu e foi embora. Sentei-me no sofá e peguei o envelope, ao abrir comecei ler o que tinha escrito.

"Quero que use para me acompanhar em um evento, pode parecer inapropriado o convite vindo de quase um estranho, mas garanto que não vai se arrepender se aceitar. Não aceito não como resposta Peixinho! Esteja pronta amanhã às oito, um carro vai está preparado para levá-la esse horário na porta da sua casa. Não irei força-la a me acompanhar, mas espero que a resposta seja sim, caso não queira, dispense o motorista, mesmo eu ficando muito triste se o carro voltar sem você"

— Que loucura é essa? Esse cara é louco meu Deus.

É aquele cara: Cristian Miller. Como vou apenas entrar em um carro, ir acompanhar ele sem saber o que vai acontecer depois?

Apesar que o que vou fazer no evento amanhã é isso, acompanhar um estranho. Céus!

De qualquer forma não daria para acompanhar ele, pois tenho o compromisso amanhã e preciso desse dinheiro. Como vou fazer para dizer não? Também preciso devolver esses pacotes, não sei o que é, ou melhor, não custa abrir já que era pra mim mesmo.

Ao abrir a maior caixa fico em choque! Não acredito é aquele vestido! O vestido que eu fiquei tão encantada. Qual a chance de eu usar esse vestido amanhã e o evento que o Cristian queria que eu o acompanhasse não fosse o mesmo. Quantos eventos teria na cidade amanhã?

A chance de ser o mesmo evento é grande, como vou chegar com o vestido que ele mandou para a minha casa e com outro cara?

Cristo! Mas esse vestido é muito lindo, seria um desperdício eu não usar-lo. Abri a outra caixa e tinha um par de sapatos perfeitos. Olha, esse Cristian tem bom gosto.

Não vai ter jeito, vou ter que usar esse vestido.

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Comments

Kelly Sartorio

Kelly Sartorio

acho que será ele que ela vai acompanhar

2024-04-12

9

Sueli Oliveira

Sueli Oliveira

Acho ela bem ambiciosa, tudo bem que ela não tem dinheiro, tá passando por muitas provações,mas aí aceitar ganhar dinheiro fácil, desejar usar roupas caras, e meio estranho, pq uma jovem de 19 anos pode arrumar trabalho

2024-04-06

3

Micilene Maria

Micilene Maria

Acho que o cliente vai ser ele mesmo

2024-03-24

0

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