Capítulo 20. Tomando Posse

Todos os funcionários puderam assistir ao evento através de um link especial, que foi passado a eles com antecedência e puderam assistir o vídeo do projeto vencedor e todos os que participaram, reconheceram o talento do vencedor.

Marluce chegou ao seu departamento e seu chefe, Dimas, já estava esperando. Sorriu e começou a aplaudir e todos que estavam presentes, aplaudiram juntos, parabenizando-a. O diretor chegou um um buquê de flores e entregou a ela.

— Parabéns, Marluce. Preparamos um coffee break para você, venha.

Ela o seguiu até a sala de reuniões e amesa estava farta. Todos vieram participar e cumprimentá-la, o que foi uma surpresa para ela.

— Muito obrigada a todos. Eu pensei que me acusariam de tirar vantagem…

— Pensamos nisso, mas depois de vermos o vídeo maravilhoso que fez, não tinha como negar o seu talento.

Haviam alguns que tinham somente interesse, pois sabiam que ela montaria sua equipe e esperavam que com o apoio do presidente a sua namorada, eles tivessem melhores oportunidades.

Marluce sabia que nem todos eram sinceros e que sempre haveria invejosos, mas estava feliz em comemorar com todos e principalmente, saber que seu esforço conquistou aquela posição que ela tanto queria.

A herança não era importante para ela, talvez saber quem era e como era sua família, fosse muito mais importante do que a empresa e ter muito dinheiro. 

A conquista de sua posição com o esforço de seu trabalho, era uma proeza que todos almejavam. Subir na carreira com seu próprio esforço. Estava crescendo e daqui para frente, conseguiria contratos maiores e formaria sua própria pasta de clientes.

A comemoração encerrou e todos voltaram ao trabalho, ela foi para a sala do diretor, para conversarem sobre seu novo posto.

— Sente-se, Marluce. De acordo com seus últimos trabalhos, creio que você prefere trabalhar com empresas alimentícias, estou certo?

— Na verdade, todos os trabalhos me foram indicados, não os escolhi. Prefiro trabalhar com propaganda e marketing digital, diretamente com empresas de varejo.

— Entendo, você precisará de especialistas em várias áreas, como administração, pesquisa de mercado, artes, etc… seu setor já está sendo preparado, sugiro que vá ao RH e comunique a eles a qualificação dos funcionários que deseja. Parabéns e boa sorte.

Ele se levantou e estendeu sua mão para cumprimentá-la, novamente. Ela retribuiu, agradeceu e saiu. No caminho, encontrou com Michele, que lhe comunicou que o CEO a esperava em sua sala. Ela subiu e como sempre, Douglas abriu a porta, antes que ela batesse.

— Bom dia, seja bem vinda, vencedora! — cumprimentou-a Douglas.

— Bom dia, Douglas.

Ela entrou e Ronald sorriu e levantou-se para recebê-la, enquanto Douglas se retirava. Ela a abraçou pela cintura e rodou com ela.

— O que você está fazendo? Me coloque no chão. — disse ela, reclamando, mas divertindo-se com ele.

— Minha doidinha, parabéns e obrigado por me fazer tão feliz.

Colocou-a no chão e tomou posse de sua boca gostosa. Marluce retribuiu o beijo, sentindo suas línguas se provarem num bailado de prazer. Seu corpo arrepiou e sua intimidade umedeceu. 

Se deixou levar pelo momento e nem percebeu quando ele a deitou no sofá. Sentiu o peso dele sobre ela, seus lábios em seu pescoço e a mão apertando seu seio. Gemeu e ergueu seu quadril para se roçar nele e de repente, alguém abriu a porta e ela soltou um gemido, saindo em seguida.

Foi como um balde de água fria.

Marluce despertou da paixão, empurrou Ronald com força e ele caiu no chão.

— Ái! O que foi? — levantou-se devagar.

— Alguém entrou…

Ele franziu a testa, contrariado, enquanto ela se ajeitava no sofá. Percebeu que quase fizeram amor no sofá do escritório e não dava para continuar assim.

— Desculpe, me descontrolei. — passou a mão pelo cabelo e ajeitou a roupa. 

Ele foi até a escrivaninha, abriu a primeira gaveta e pegou uma caixinha de veludo azul, voltou e se ajoelhou na frente dela.

— Meu amor, você aceita se casar comigo?

Ela havia se ajeitado e surpreendeu-se com o pedido dele, tão fora de contexto. Ele percebeu a surpresa dela e explicou:

— Eu esperava a convidar para jantar em um restaurante especial para esse tipo de pedido. Mas depois do que aconteceu agora, não consigo esperar. Você me aceita, com todos os meus defeitos e essa correria em que vivo?

Marluce sorriu e  não pensou para responder:

— Sim, aceito, mas você também terá que me aceitar como sou e com a minha bagagem.

Ele sorriu, quase chorando, pegou o anel e colocou em seu dedo, parecendo estar com medo de que ela voltasse atrás. Ela estendeu a mão para apreciar o anel em seu dedo.

— É lindo!

— Era da minha avó, ela me deu para dar a minha futura esposa. Ficou lindo em seu dedo e deu certinho.

Era um anel de ouro branco, com um brilhante cor de rosa no centro, rodeado de pequenos brilhantes simples em volta.

— Sim, sua avó devia ser uma pessoa muito especial.

— Ela era, aprendi muito com ela. Minha mãe sempre gostou muito de festas e eventos e eu ficava com minha avó. Minha mãe sempre quis esse anel, até hoje ela procura por ele, mas foi para você, que minha avó o deu.

— É uma herança que continuará passando de geração em geração, eu amo isso e vou cuidar bem dele.

Uma batida na porta foi ouvida e Douglas entrou.

— Desculpe, senhor.

Ronald levantou-se, sorrindo e comunicou:

— Estamos noivos.

Os olhos de Douglas quase saíram das órbitas, mas ele logo se controlou e parabenizou os noivos.

— Quer que traga a champanhe, senhor?

— Não, estamos em horário de trabalho, comemoraremos a noite.

— Sim, senhor.

— Por agora, vamos empossar nossa nova chefe de departamento.

Marluce estava como os que sonham, nas nuvens. Prosseguiu com todos os preparativos para sua nova equipe, conheceu a área que Ronald mandou preparar para ela, um andar abaixo do dele e chegou ao final do expediente, como se fosse um autômato.

Foi para casa e se arrumou para esperar por Ronald, que a levou para jantar no restaurante mais romântico da cidade, no alto de um hotel cinco estrelas, de onde podiam ver parte da cidade e o mar.

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